Com 44 anos de existência, o jornal El País lança, neste mês, sua campanha de assinaturas digitais.

Soledad Gallego-Díaz, diretora do jornal, relembra em artigo que, em abril de 1976, o El País surgia com a seguinte campanha publicitária: “Fazer o País não é fácil”. O slogan se referia à Espanha, que iniciava seu processo de transição para a democracia e ao novo jornal, que estava submetido a normas profissionais rigorosas. “Quando nasceu, pedimos a vocês que fossem à banca e pagassem 10 pesetas. Hoje voltamos a pedir o seu apoio.”

O jornal, que tem sede em Madri e está presente em outras cidades da Espanha, tem 380 jornalistas. O veículo tem redações também na Cidade do México, com 23 jornalistas, e em São Paulo, com 15 jornalistas que editam as matérias em português.

Os leitores poderão assinar a edição digital global pagando 1 euro no primeiro mês e 10 euros nos próximos. Os leitores do Brasil vão ter um preço diferente (ainda não divulgado) para acessar as notícias em português. Para os não-assinantes, serão disponibilizados 10 artigos por mês gratuitamente.

Em 2019, o faturamento do El País com publicidade digital foi maior do que com a impressa.

Segundo Gallego-Díaz, fazer o El País em uma era impactada pela internet continua impondo dificuldades que exigem adaptações. “O mundo digital e as novas tecnologias aplicadas à informação mudaram de cima a baixo as ferramentas com as quais trabalhamos, o modelo de negócios da empresa, a maneira de nos relacionarmos com nossos leitores, o âmbito, imensamente mais amplo, que podemos alcançar”.