Confira 6 ferramentas do Google essenciais para jornalistas

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A maior ferramenta de busca do mundo revolucionou a forma como se faz jornalismo atualmente, mas o seu uso não se resume à caixa de pesquisa no topo da tela.

Cada vez mais, há formas inteligentes de buscar, organizar e selecionar informação através do Google e de seus aplicativos, que podem agilizar e melhorar o trabalho na Redação. Veja abaixo seis dicas de como usar o Google a favor de uma boa reportagem.

Logo do Google na sede da empresa em Mountain View, na Califórnia
Logo do Google na sede da empresa em Mountain View, na Califórnia

1. FOTOS DE SATÉLITE

É comum utilizar o Google Maps como fonte de imagens de satélite, mas o site não dispõe de imagens em alta resolução, o que é essencial para uso na versão impressa, por exemplo.

Para conseguir imagens melhores que as do Maps, é necessário usar o Google Earth Pro. Desde fevereiro de 2015, as licenças para acessar a versão profissional do Google Earth são gratuitas —antes, o serviço custava US$ 400.

Basta instalar a última versão do Google Earth. Quando o sistema pedir login e senha, insira seu email e a senha GEPFREE.

Na tela da interface principal do programa, um botão no centro superior da tela permite salvar a imagem e escolher a resolução desejada.

google earth
Google Earth

2. GOOGLE TRENDS

O Google Trends é a ferramenta que apresenta os termos mais procurados na busca do Google, cuja forma rudimentar foi lançada em 2006.

Desde o dia 18 de junho de 2015, os resultados do Trends passaram a ser atualizados a cada minuto.

“Queríamos reimaginar o Google Trends para a mídia”, disse Steve Grove, fundador do News Lab, espaço do Google para jornalistas.

A ideia é de que a ferramenta possa ser utilizada agora como um “detector de notícias em tempo real”.

Como a mudança é recente, algumas formas de explorar o Trends ainda não são tão conhecidas, como o Hot Searches, que mostra instantaneamente as buscas mais feitas no momento, por meio de uma visualização em quadros coloridos.

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Exemplo de visualização do “Hot Searches” do Google Trends

3. NEWS LAB

Recentemente, o Google criou um espaço para treinar jornalistas chamado News Lab. O site tem tutoriais de como usar ferramentas da empresa e ainda analisa as maneiras com que grandes veículos usaram esses aplicativos para produzir reportagens.

A equipe do News Lab também fez a curadoria de alguns temas pesquisados no Google Trends e deixou os dados disponíveis no Github, uma espécie de fórum colaborativo.

É possível usar esses dados para montar suas próprias visualizações. O último arquivo disponível compara as buscas feitas sobre jogos da Copa América com as buscas sobre a Copa do Mundo Feminina de futebol.

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Google News Lab

4. OPERADORES DE PESQUISA

A maioria das pessoas sabe que, para procurar expressões exatas no Google, basta usar aspas em volta das palavras. Há, no entanto, vários outros símbolos que ajudam a otimizar a busca além das aspas, chamados operadores de pesquisa.

Um operador bastante útil é o asterisco (*), um coringa que pode ser usado se houver dúvida quanto a um dos termos em uma expressão. Pode ser usado na hora de procurar uma citação sem saber ela por completo, como, por exemplo, “mudaria o * ou mudei eu?”.

Outro operador, o “site:”, permite buscar dentro de um site específico. Para procurar no site da Folha, por exemplo, basta inserir o comando “site:folha.uol.com.br” após o termo de busca (“Eduardo Cunha site:folha.uol.com.br”, por exemplo).

Exemplo de uso do operador de pesquisa "site:"
Exemplo de uso do operador de pesquisa “site:”

5. GOOGLE ALERTS

A ferramenta do Google Alerts é interessante para jornalistas que estão cobrindo um assunto específico e precisam de atualizações constantes.

É só escolher uma palavra chave (ex.: Kim Jong-un) e a frequência em que você deseja receber notificações (sempre que houver notícias, uma vez por dia ou por semana).

É possível determinar a língua das notícias e outros detalhes também.

Foto 4
Alerta do Google de notícias sobre Kim Jong Un

6. PUBLIC DATA

Órgãos públicos como a OMC, a OCDE e a Unicef alimentam uma base de dados mantida pelo Google, chamada de Public Data.

A ferramenta permite cruzar informações de vários tipos, formando tabelas e gráficos instantaneamente.

O aplicativo foi lançado em 2010 e aperfeiçoado ao longo dos anos para que qualquer pessoa consiga contribuir com dados. A intenção é que a base de dados se torne o mais extensa e versátil possível.

Gender Empowerment
Previsão da ONU do empoderamento de gênero pelo mundo nos próximos anos

Além das utilidades citadas acima, a lista de softwares e utilidades aperfeiçoadas pelo Google é ainda mais extensa. A empresa sempre divulga novas ferramentas.

O espaço do News Lab, o canal de vídeos do Google e a sua página do Facebook e do Twitter são boas formas de se informar sobre as novidades do buscador.