Onde os jornais ganham vida

aballes

Por Paulo Gomes, trainee da turma 56

Ontem tivemos a oportunidade de conhecer a gráfica da Folha, em Santana de Parnaíba (SP). Após todo o conteúdo do jornal do dia seguinte ser escrito e diagramado na Redação, os técnicos do Centro Tecnológico Gráfico-Folha (CTG-F, nome e sigla oficial do local) recebem os arquivos digitais por fibra ótica e começam a produzir as chapas para impressão –além da Folha, também são impressos ali o “Valor” e o “Agora”.

Quem não está ambientado a uma gráfica de grande porte, como eu, fica impressionado. Os 25 mil metros quadrados do CTG-F parecem o cenário de algum filme do 007. Largas bobinas de papel utilizadas nas máquinas pesam uma tonelada cada uma. Seu estoque é imenso, ocupando todo um galpão. “Poderíamos ficar um mês imprimindo jornal com o que temos aqui”, exemplifica um funcionário.

Dispostos todos juntos, um em cima do outro e enfileirados, os rolos formam uma cordilheira de muralhas no galpão. “Imagina se a empilhadeira desequilibra uma coluna”, diz um colega, brincando com o receio coletivo.

A tinta, como esperado, é em escala semelhante. Tanques com capacidade de 20 mil litros, identificados pela sua cor, estão dispostos lado a lado: preto, azul, vermelho e amarelo, as cores básicas de impressão.

Por volta das 21h30, as máquinas começam a rodar o jornal, em alta velocidade. O papel jornal em branco que há pouco estava enrolado nas bobinas agora já está correndo, impresso. Recém-gravada, a tinta parece mais viva, as cores mais vibrantes.

 Consegui ver algumas das notícias do dia seguinte. “Podemos pegar um?”, pergunta outra colega. Não podíamos. Doze horas depois, ao pegar o jornal, meu primeiro pensamento foi que o que tinha em mãos era a mesma edição que vi rodar.