Ler jornal é o pão nosso de todos os dias
Por Leonardo Vieira, 24, trainee da turma 54
No entanto, resolvi dar ouvido ao professor e, a partir do segundo período da faculdade, fiz a assinatura do jornal da minha cidade. De início, lia apenas a parte de política, o que me tomava eternos 40 minutos diários. Haja paciência!
Meu interesse foi aumentando com o tempo. Sem quase notar, eu já passava os olhos pelas páginas de economia, cultura. Tentava entender até os editais de licitações de órgãos públicos.
Mas eu só pude perceber o real valor da leitura diária quando entrei pela primeira vez numa Redação. Não bastava escrever bem. A intimidade com o jornal, adquirida com a leitura diária, me permitiu apurar melhor, hierarquizar informações e propor pautas de acordo com perfil de cada editoria.
Sentia-me mais seguro quando um editor se aproximava de mim e pedia: “Resgata a história tal, dá uma ‘suitada’, puxa retranca para determinado assunto e esfria a pauta para domingo”. Jargões jornalísticos à parte, estar mal informado torna praticamente impossível nossa sobrevivência.
E na Folha não seria diferente.
Como bom carioca, meu maior desafio é chegar ao treinamento com o jornal já lido, às 11h da manhã. Desafio porque, antes disso, é preciso acordar cedo, tomar banho, lavar roupa, fazer barba, tomar café e pegar duas das quatro linhas do metrô, o que para mim é algo completamente exótico. Sem contar os nomes das novas ruas, bairros, autoridades e outras peculiaridades locais com que eu tenho de me acostumar. E para isso, novamente, a receita começa com “ler jornal”!
gosto de ver os novos talentos que vao surgindo. Redação simples, franca e que, na minha opinião, expressa o pensamento da maioria das pessoas, porque, eu mesma, que não sou do meio profissional, tenho muita dificuldade para ler jornal diariamente. Correrias da vida moderna!
Adorei o texto, as expressões e os jargões jornalísticos que foram utilizados. Com poucas palavras você conseguiu transmitir a ideia que nós, estudantes iniciais, sentimos quando entramos na universidade. Ao mesmo tempo, conseguiu passar a sensação de como são utilizadas as expressões do dia a dia e como são feitas as cobranças.
No seu “desabafo” também consegui ter a sensação dos meus primeiros períodos na academia, a ansiedade do primeiro estágio e como serão as próximas lutas.
Boa sorte! Tá no caminho super certo.