Quem não tem pauta é pautado

izabela moi

Por Gastón Guillaux, 23, trainee da turma 54

 

Desde a semana passada, “redação” deixou de ser, para mim, uma palavra que apenas se referia ao ato de escrever e passou a designar, também, uma ocupação.  Mais do que isso, Redação agora virou sinônimo de “ambiente de trabalho”.

Há algo mágico em ver o esforço coletivo de centenas de pessoas que, reunidas em um mesmo lugar, concentram suas energias na apuração de informações que darão forma, num curto espaço de tempo, àquilo que virá a ser o jornal impresso do dia seguinte _e que será lido por milhares de pessoas espalhadas por todo o país.

Numa das atividades do treinamento aprendi com a Paula Leite, editora-adjunta da editoria, como, de maneira geral, as atividades dentro da Redação estão estruturadas. Podemos dividi-las em dois eixos: o de produção e o de edição. O pauteiro toma as rédeas do primeiro eixo, o editor do segundo.

Paula foi pauteira de “Mercado” e nos introduziu nos meandros desse ofício. Além de chegar cedo ao jornal e apurar o que foi publicado na concorrência e em outros veículos, ela também indicava quais assuntos eram prioritários e, com isso, distribuía as pautas entre os repórteres.

Assim, para escapar do mantra “quem não tem pauta é pautado”, um repórter precisa estar sempre atento a tudo o que acontece à sua volta. Quem sabe não encontrará em alguma esquina a pauta que lhe permita pautar-se a si mesmo?

Temos feito diversos exercícios que nos ajudaram a lapidar melhor as nossas ideias e as sugestões de pautas. Começo a entender melhor como funciona a produção de um jornal.

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