Novo em Folha https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br Programa de Treinamento Tue, 07 Dec 2021 12:48:26 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Trainees de Ciência e Saúde fazem guia de alimentação a partir dos 50 anos https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/07/09/trainees-de-ciencia-e-saude-fazem-guia-de-alimentacao-a-partir-dos-50-anos/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/07/09/trainees-de-ciencia-e-saude-fazem-guia-de-alimentacao-a-partir-dos-50-anos/#respond Thu, 09 Jul 2015 20:11:13 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=3518 Para seu projeto final, a 3ª turma de trainees de Ciência e Saúde produziu um guia de alimentação para pessoas com 50 anos ou mais. O especial “Alimentação 50+” foi publicado na quinta-feira (9/7) pela Folha.

São treze matérias tratando de assuntos desde como montar um cardápio saudável sem abrir mão do prazer, a companhia na hora das refeições até a discussão de mitos e verdades da nutrição, como os efeitos da dieta mediterrânea e do álcool no organismo.

A publicação completa pode ser conferida aqui. O Programa de Treinamento em Ciência e Saúde da Folha completou sua 3ª edição neste ano, com patrocínio institucional da Pfizer. Acompanhe a abertura de vagas do curso aqui no Novo em Folha.

 

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Advogados da Lava Jato criticam julgamentos na TV e delação premiada https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/02/27/advogados-da-lava-jato-criticam-julgamentos-na-tv-e-delacao-premiada/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/02/27/advogados-da-lava-jato-criticam-julgamentos-na-tv-e-delacao-premiada/#respond Fri, 27 Feb 2015 18:50:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2857 Por Adriano Maneo e Anna Rangel

As prisões preventivas e delações premiadas, usadas durante a investigação do escândalo da Petrobras, são irregulares e devem ser revistas. Essa é a opinião do advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, responsável pela defesa de Eduardo Leite, vice-presidente da construtora Camargo Corrêa.

“Foram presas 14 pessoas antes da denúncia e instauração de inquérito”, diz. “Se começarmos a prender por mérito, antes do processo, vamos nos igualar à população carcerária de 2,2 milhões dos EUA.”

Mariz, ex-secretário de Justiça e de Segurança Pública de São Paulo (1987-1991), condenou a delação premiada da forma como vem sendo conduzida na Operação Lava Jato, que revelou um esquema de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras, partidos políticos e construtoras.

Um dos advogados da empreiteira Odebrecht, Augusto de Arruda Botelho, foi ainda mais incisivo: “Acredito que foram torturados todos. A prisão injusta também é uma tortura”, afirmou.

As críticas foram feitas durante o seminário “A imprensa e o direito de defesa”, realizado pelo IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa), nesta terça (24), na sede da Folha, em São Paulo.

O IDDD, que tem como um dos fundadores o ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos (1935-2014), é composto de advogados e juristas que intercedem pelo direito de defesa por meio de atuação “pro bono” (atividade profissional voluntária e não remunerada) e de campanhas de conscientização.

Para Mariz, “hoje é mais difícil advogar do que na ditadura militar”, porque os direitos individuais e as garantias de cidadania vêm sendo violados com mais frequência.

VAIDADE

Os julgamentos televisionados também foram criticados pelos advogados. “Isso sequestra a vaidade. O juiz vira refém da mídia. A tendência é decidir o que ele acha que querem que ele decida”, afirmou Mariz. “Antigamente, um magistrado do Supremo Tribunal Federal não era aplaudido ou vaiado em uma pizzaria”, exemplifica Botelho.

Para Mariz, existe uma cultura de punição no Judiciário e nas forças de segurança brasileiras. “É arraigado, também entre os magistrados. A expectativa inicial é sempre a da detenção”, afirma.

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Conheça os trainees da 59ª edição do Treinamento em Jornalismo Diário https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/02/10/conheca-os-trainees-da-59a-edicao-do-treinamento-em-jornalismo-diario/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/02/10/conheca-os-trainees-da-59a-edicao-do-treinamento-em-jornalismo-diario/#respond Tue, 10 Feb 2015 19:40:44 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2811 A 59ª edição do Treinamento em Jornalismo Diário da Folha começou na última semana e segue até 3 de junho. Foram 2.897 inscritos no processo de seleção e 15 aprovados para participar do programa.

Ao longo dos próximos quatro meses, eles conhecerão todas as etapas de produção do jornal, farão exercícios de apuração e fechamento, terão contato com os jornalistas da Folha e aulas de direito, história, economia, vídeo e língua portuguesa, entre outras atividades.

Trainees_59

Conheça um pouco da nova turma de trainees:

ADRIANO MANEO

Adriano Maneo, 24, nasceu em São Paulo, mas é do mundo. Entre uma viagem e outra, se arrisca na música e na bola. Morou nos Estados Unidos, onde se formou em Ciência Política. De volta ao Brasil, trabalhou com relações governamentais e agora tenta a sorte no jornalismo. Isso tudo enquanto termina a faculdade de relações internacionais na PUC-SP. Tio coruja, tem paixão pelo sobrinho.

AMANDA MASSUELA

Amanda Massuela, 22 anos, nasceu em Sorocaba (SP) e chegou a São Paulo para cursar jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, onde se formou em 2014. Durante quase dois anos fez parte da redação da Revista CULT, período no qual teve a sorte de se embrenhar pela área cultural. Do interior, traz o gosto pela rua e por boas histórias – o que pretende traduzir em bom jornalismo na capital que aprendeu a amar.

ANNA RANGEL

Paulistana, formou-se em jornalismo na Cásper Líbero. Está terminando uma pós-graduação para em seguida retomar os estudos na segunda faculdade, Ciências Sociais, que em 2015 terá que esperar. Viveu na Finlândia por um ano, onde descobriu que gostava de explorar assuntos variados ao mesmo tempo, sem monotonia. Escreve sobre tudo, mas tem um carinho maior pela política internacional e pela gastronomia. Fora do horário comercial, é fotógrafa e cozinheira bem intencionada, porém bastante amadora.

CAROLINA LINHARES

Carolina Linhares, 23, nasceu em Belo Horizonte (MG) e se formou em jornalismo na USP. Trabalhou em um site educativo e foi estagiária da Folha antes de ser trainee. Gosta de viajar para ver o mundo e é fascinada pela cultura árabe. Ela quer saber tanto o que acontece nos países mais longínquos quanto na rua da sua casa.

CLÁUDIO GOLDBERG RABIN

Cláudio Goldberg Rabin, 30, é o primeiro gaúcho a se mudar para São Paulo e não levar chimarrão. Trabalhou com rádio, onde estagiou com aquele cara famoso por tomar um choque ao vivo na Festa da Uva, foi repórter de Zero Hora, morou um ano em Lisboa, onde estudou, e já foi para o Azerbaidjão. É obcecado por narrativas de longo formato, podcasts e Nelson Rodrigues.

DANIEL MARCONDES

Daniel Marcondes, 22, nasceu em Santos mas só se lembra de morar em São Paulo. Estuda direito na USP, mas seus interesses incluem literatura, economia e futebol. Pode ser encontrado todos os dias em estações de metrô de São Paulo.

DANIEL EMMENDOERFER DE CASTRO 

Daniel Emmendoerfer de Castro, 23, nascido e criado em Curitiba, formado em jornalismo pela Universidade Positivo e curso de especialização em Direito à Cidade e Gestão Urbana pela mesma instituição. Fica entusiasmado ao ler, falar e escrever sobre cidades. Costuma aceitar convites para jogar tênis e ir a estádios de futebol. Tem sempre um filme para assistir ou um livro que não pode deixar de ler. Pretende ensinar os colegas a falar vina, piá e penal.

FELIPE GIACOMELLI

Felipe Giacomelli, 26, nasceu e cresceu em São Paulo e desde pequeno já tinha o costume de folhear jornais. É formado em jornalismo pela UnB (Universidade de Brasília) e trabalhou por quatro anos cobrindo F-1 e os mais variados campeonatos do automobilismo mundial. A principal lição que tirou nesse período é que cada milésimo de segundo na vida é importante.

JOSÉ EMMANUEL SARINHO

José Emmanuel Sarinho, 27, nasceu em Santo André (SP). Estudou psicologia, mas preferia ler Drummond a ler Freud e hoje estuda letras na USP. Trabalhou algum tempo como professor de inglês. É normalmente sereno, exceto em alguns jogos do Corinthians, gosta sempre de agir de forma calma e pensada, adora armar e desvendar estratégias, talvez por isso uma das suas atividades preferidas seja jogar xadrez.

LAURA LEWER

Laura Lewer, 22, é de Juiz de Fora (MG) e formada em jornalismo pelo CES/JF. Não vai explicar por que escolheu a profissão porque não há espaço suficiente, mas pode afirmar que foi a melhor escolha que já fez. Não consegue ficar um dia sem ouvir música e reclamar de dor na coluna. Recém-chegada em São Paulo, sente saudades de casa todos os dias e espera aprender a atravessar as ruas da cidade até o fim do treinamento.

LEONARDO NEIVA

Leonardo Neiva, 23, nasceu em São Paulo e é formado em jornalismo pela USP. Já passou pelo G1 como estagiário e trabalhou em sites e assessorias de imprensa. Amante dos livros desde criancinha, cresceu ouvindo músicas do anos 80 no rádio da mãe e vem desenvolvendo uma paixão platônica pelo cinema. História, cotidiano e política são alguns de seus interesses.

MARCO LEMONTE

Marco Lemonte, 29, é paulistano e palmeirense fanático. Formado em ciências sociais pela USP, é atualmente mestrando do programa de História Social nesta mesma universidade, onde desenvolve pesquisa sobre a questão do nacionalismo étnico na União Soviética. Nômade e aventureiro, viajou de Buenos Aires a Manaus sem pegar nenhum avião no caminho. Também já passou um ano vivendo entre a Rússia e a Índia.

PATRICIA PAMPLONA

Patricia Pamplona é de Florianópolis (SC) e tem 23 anos. Acaba de concluir sua graduação em jornalismo na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), onde se descobriu fanática pela profissão. Passou por estágios em TV estatal e assessorias, mas sua paixão está na imprensa escrita. Além de café acompanhado de um bom livro.

PHILIPPE SCERB

Philippe Scerb, 24, é formado em relações internacionais pela PUC-SP e mestre em ciência política pela Sciences Po Paris. Depois de três anos fora do Brasil, voltou para ver o Corinthians na libertadores e dançar “beijinho no ombro”.

THIAGO AMÂNCIO

Thiago Amâncio, 21, nasceu em Uberlândia (MG), cresceu em Patos de Minas (MG), estudou jornalismo na UnB (Universidade de Brasília), e acabou de chegar em São Paulo para tentar a vida. Já passou por televisão universitária, produtora audiovisual, revista científica, rádio local, jornal impresso e não entende o problema do ketchup na pizza. Mas também não aceita que ele seja usado no pão de queijo.

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“Politicamente correto é um horror”, diz Denise Fraga https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/02/09/politicamente-correto-e-um-horror-diz-denise-fraga/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/02/09/politicamente-correto-e-um-horror-diz-denise-fraga/#respond Mon, 09 Feb 2015 19:08:26 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2802 Por Daniel Marcondes

O humor não pode ser grosseiro, mas o politicamente correto é um horror e cria uma “assepsia ridícula”. A opinião é da atriz Denise Fraga, 50, que participou de uma entrevista coletiva realizada pelos trainees da Folha nesta quinta-feira (5).

“O humor é transgressor e irreverente, mas acredito na delicadeza: a sutileza é o melhor do humor”, disse ela.

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A atriz, que durante cinco anos fez o quadro “Retrato Falado” no programa “Fantástico” da TV Globo, falou também sobre os seus três anos escrevendo uma coluna para a Folha.

Denise prefere se ver como um “ser escrevente” e não uma escritora. Em seus textos, busca esmiuçar algo que sempre a fascinou: o cotidiano. A matéria-prima para as suas crônicas é colhida nas ruas, em conversas de desconhecidos ouvidas por acaso ou em lembranças da convivência familiar. “O melhor é quando você tem muito a dizer sobre o evento mais banal.”

O assunto aparentemente pouco controverso de suas crônicas não evitou que ela esbarrasse em polêmica. No ano passado, em texto do dia 3 de agosto, criticou o modelo de escola ainda predominante e, ao exemplificar os problemas de ensino com a profundidade com que se estuda química no ensino médio, atraiu a revolta da Sociedade Brasileira de Química.

A atriz também comentou sobre a tecnologia e o seu impacto nas relações humanas, tema que algumas de suas crônicas já abordaram.  “Temo que as pessoas percam a capacidade de decodificar os pequenos códigos humanos, que não se saiba mais agir frente a frente”, disse.

Ao discorrer sobre o teatro, sua atividade principal, Denise Fraga avaliou que a lei Rouanet é “sensacional” como incentivo à cultura (“Torna possível o teatro hoje no Brasil”), mas afirmou que o estímulo pode produzir alguns vícios, como a despreocupação com a bilheteria. “Algumas produções já se pagam com a ajuda do patrocinador e, no limite, podem prescindir do público”, disse.

Tendo recentemente encenado “A Alma Boa de Setsuan”, de Bertolt Brecht (1898-1956), a atriz atuará em outra peça do dramaturgo alemão, “A Vida de Galileu Galilei”, em maio.

A leitura, para Denise, é fundamental não apenas para atores, mas para artistas e pessoas de modo geral. “Faz arte melhor qualquer pessoa que lê; vive melhor quem lê”, disse.

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Elio Gaspari aconselha jovem jornalista a criar seu próprio banco de dados https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/02/03/elio-gaspari-aconselha-jovem-jornalista-a-criar-seu-proprio-banco-de-dados/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/02/03/elio-gaspari-aconselha-jovem-jornalista-a-criar-seu-proprio-banco-de-dados/#respond Tue, 03 Feb 2015 19:39:59 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2798 A 59ª edição do Treinamento em Jornalismo Diário da Folha começou nesta segunda-feira, 2, com palestra do colunista Elio Gaspari, que falou sobre sua visão da profissão, lembrou alguns casos e deu vários conselhos aos ingressantes.

Após uma introdução bem-humorada, em que comentou as incertezas sobre o futuro do jornalismo (“Ninguém sabe para onde vai a profissão. Se você souber, pegue um avião para Nova York agora e venda essa informação, que você vai ganhar muito dinheiro”), Gaspari disse que o jornalismo se sustenta pela curiosidade. “Somos pagos para ser curiosos. Enquanto se tem curiosidade, o jornalismo é a melhor coisa do mundo. Quando essa curiosidade se torna um fardo, é porque se está no lugar errado.”

O colunista aconselhou os jovens a construírem um banco de dados próprio. Ele seleciona diariamente de cinco a dez reportagens de jornais e as armazena em seu computador, em um software que lhe permite pesquisar por palavra, data, local, etc. “No começo, só dá trabalho, mas, depois da ficha 500, você começa a perceber os resultados”, disse. Ele contou que muitas vezes é “editado” pelo seu banco de dados. “Tenho certeza de algo, procuro e não acho. É como se o computador me dissesse ‘quer escrever, vá em frente, mas eu não tenho isso aqui’.”

Outros conselhos de Gaspari:

  • Cuidado para não se tornar um jornalista de Google. As informações disponíveis ali para o jornalista são as mesmas para qualquer pessoa, que não precisa do repórter para obtê-las.
  • Cultive fontes da sua geração. Hoje elas podem ser apenas recém-formados, mas, daqui a alguns anos, ocuparão posições de comando.
  • Ex-ministros, ex-chefes de departamento, ex-comandantes são ótimas fontes. Os “ex”sabem muito e os aposentados estão esquecidos, enchendo os netos com suas conversas sobre água, energia, petróleo. Eles vão adorar falar com um jovem jornalista.
  • Jamais brigue com assessor de imprensa. Eles estão apenas fazendo o trabalho deles. Omitem informações, se necessário, porque são pagos para isso.
  • Não hostilize as novidades tecnológicas. Desprezar o uso de novas tecnologias é jogar oportunidades fora. Saiba o mínimo para que questões de tecnologia não virem obstáculos à apuração.
  • Não acredite na força do logotipo. Você é você, não a empresa para a qual trabalha. Tentar ganhar legitimidade pelo veículo em que está pode impedi-lo de criar sua própria legitimidade.
  • Sem antropofagia profissional. Os jornalistas de veículos concorrentes são mais colegas do que rivais. Prejudicar o trabalho de um concorrente não valoriza o próprio trabalho e queima relações que podem ser importantes no futuro.
  • Não desperdice tempo em redes sociais. Seu dia, como o do investidor Warren Buffet, tem apenas 24 horas. Em vez de navegar nas redes petista ou tucana, leia livros.
  • Nunca abra mão do contato pessoal com as fontes. Contato por telefone só funciona depois de uma relação estabelecida e o contato por e-mail não passa de dois monólogos em paralelo.

Questionado sobre o que o motiva a seguir escrevendo suas colunas, Gaspari disse: “Eu me divirto muito. No dia em que eu deixar de me divertir, vou prestar vestibular para odontologia”.

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Você passaria na prova para trainee da Folha? https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/11/03/voce-passaria-na-prova-para-trainee-da-folha/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/11/03/voce-passaria-na-prova-para-trainee-da-folha/#respond Mon, 03 Nov 2014 18:49:24 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2625 Quem quiser testar seus conhecimentos pode acessar a prova da primeira fase do concurso para trainee da Folha neste link.

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Sozinhos, números absolutos podem trazer informação imprecisa ou errada https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/07/02/sozinhos-numeros-absolutos-podem-trazer-informacao-imprecisa-ou-errada/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/07/02/sozinhos-numeros-absolutos-podem-trazer-informacao-imprecisa-ou-errada/#respond Wed, 02 Jul 2014 17:26:29 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2366 Os números são traiçoeiros –especialmente os absolutos que, sozinhos, não dizem nada ou ainda podem passar uma informação errada.

Quer ver?

Durante o 2º Treinamento em Ciência e Saúde da Folha fizemos um levantamento sobre casos de dengue nos países mais visitados pelos brasileiros.

O exercício fazia parte de uma apuração para um especial sobre dengue produzido pela turma, que foi publicado no último final de semana (leia aqui).

A novidade é que a dengue está se aproximando de países mais frios, onde não chegava antes. Os EUA, país mais visitado pelos brasileiros, passaram a registrar casos da doença em 2010.

Pois bem. Os números absolutos mostraram que os EUA registraram 543 casos da doença no ano passado. Já o Chile, que também é um destino comum de turistas brasileiros, teve 39 casos.

Então os EUA têm mais casos de dengue do que o Chile? Não, de forma nenhuma.  Para saber qual país tem mais incidência da doença é preciso considerar a população total.

Os EUA têm 313 milhões de pessoas; o Chile tem 18 milhões. Proporcionalmente, os EUA registram um caso para cada 576 mil pessoas, enquanto o Chile registra 1 caso para cada 461 mil.

Agora já dá para ter uma ideia de que a incidência da doença é maior no Chile do que nos EUA. Mas a informação ainda não está totalmente clara.

DENOMINADOR COMUM

Uma boa saída para simplificar a informação para o leitor é usar um denominador comum. Por exemplo, a incidência de uma determinada doença a cada 100 mil pessoas de um determinado país. É assim que a OMS (Organização Mundial da Saúde) faz suas contas.

Seguindo esse cálculo vemos que os EUA têm 0,17 caso para cada 100 mil pessoas e o Chile tem 0,21 caso por 100 mil pessoas. Não fica mais claro?

Mas essa incidência é alta ou baixa? Precisamos, agora, de uma comparação para dimensionar os dados. Eu tenho uma boa: o Brasil tem 734 casos de dengue para cada 100 mil pessoas. Ou seja: incidência altíssima de dengue.

A comparação usando um denominador comum é muito mais clara, mais informativa e até mais impressionante do que os dados divididos pela população total.

Já os números absolutos lá do começo do texto, sozinhos, não dizem muita coisa –e ainda podem levar a conclusões equivocadas.

 

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Quando a pauta “cai”, a casa não pode cair https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/06/24/quando-a-pauta-cai-a-casa-nao-pode-cair/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/06/24/quando-a-pauta-cai-a-casa-nao-pode-cair/#respond Tue, 24 Jun 2014 11:00:17 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2349 Por Marilice Daronco

Fomos furados.

O jargão jornalístico “ser furado”, ou seja, ver a matéria ou assunto pelo qual você batalhou tanto ser publicado, geralmente por outro veículo, antes de seu texto sair, é quase tão ruim quanto “dar uma barrigada” (publicar uma informação errada).

Pois nós fomos furados na nossa primeira semana de treinamento na Folha, com a publicação de um especial sobre aumento de resistência a vacinas por parte dos pais. Veja abaixo.

Pais contrários a vacinação preocupam médicos no país

Entre médicos, minoria resista e vacinas

Sarampo preocupa Saúde durante a Copa

Esse era exatamente o tema do trabalho final da nossa 2ª turma de Treinamento em Jornalismo de Ciência e Saúde da Folha. Falaríamos sobre o aumento do número de pais que não querem vacinar seus filhos como “gancho” (outro jargão) para falar sobre vacinas em si.  

Essa ideia surgiu depois de uma missão recebida já no primeiro dia de trainee, quando fomos convidados a pensar em um assunto para o nosso projeto final.

Como dizem, missão dada é missão cumprida. Ainda sem nos conhecermos muito bem, começamos a conversar para discutir que assuntos seriam interessantes.

Fizemos uma reunião e escolhemos assuntos que nos pareciam sensacionais. Depois, falamos com as editoras do Treinamento a respeito do projeto e descobrimos que todos os temas elencados eram ótimos. Mas não eram pautas.

O jeito foi tratar de encontrar um assunto que rendesse. E conseguimos: vacinas!

O que não sabíamos era que já havia repórteres do jornal trabalhando o mesmo tema que estávamos pesquisando. Já havíamos ligado para especialistas, feito pesquisa e contatos. Estávamos sonhando com lindas infografias. Tudo como manda o figurino.

FURO

A ideia era boa mesmo, tanto que rendeu textos, fotos, infografia e muito o que falar no especial publicado pela Folha. Até o fechamento deste post, a reportagem principal  do material sobre vacinas tinha quase 6 mil recomendações no Facebook. Mas, depois dessa, a nossa pauta “caiu”.

Tivemos de escolher entre dois caminhos: sentar e chorar ou escolher outro assunto bem interessante e recomeçar, praticamente do zero. E não dá para jornalista ficar sentado chorando no cantinho, então, fizemos como naquela antiga música: levantamos, sacudimos a poeira e demos a volta por cima.

O novo assunto que escolhemos é bem legal, e está dando o maior trabalho. Se tudo der certo, em breve estará nas páginas da Folha. Afinal, nada de sermos furados de novo tão cedo!

 

Marilice Daronco é trainee da 2ª turma de Treinamento em Jornalismo de Ciência e Saúde da Folha, que tem patrocínio da Pfizer

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Leitor mais especializado em um assunto será leigo em outro tema https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/06/23/mesmo-o-leitor-mais-especializado-tambem-e-leigo/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/06/23/mesmo-o-leitor-mais-especializado-tambem-e-leigo/#respond Mon, 23 Jun 2014 09:00:15 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2333 O trainee do Programa de Treinamento em Jornalismo em Ciência e Saúde da Folha Gabriel Alves, 28, é biomédico, doutorando e estudante de matemática. Ou seja: ele é  um cientista.

Mas isso não significa que ele domine todas as áreas da ciência. Ele tem dificuldade, por exemplo, em física.

Conheça os trainees de Ciência e Saúde

Trainees contam por que escolheram Ciência e Saúde

Essa discussão é importante porque, no jornalismo científico, costumamos dividir o mundo entre “cientistas” e “leigos”. Mas não podemos nos esquecer de que cientistas também são leigos em áreas da ciência que eles não dominam.

Quando nosso trainee-cientista lê uma reportagem de Ciência+Saúde da Folha, ele pode não conhecer o tema abordado. Por isso, é importante que todas as reportagens partam do princípio de que seus leitores são leigos naquele assunto.

Pedi que o Gabriel escrevesse um texto sobre a questão de ser leigo em ciência, mesmo sendo também um especialista. O resultado está abaixo!

A mais nobre das ciências

Gabriel Alves

Paper (papel, em inglês) é como são chamados os trabalhos publicados em revistas científicas e são constituídos basicamente de um amontoado de muita informação amarrado pela tentativa de se extrair dali uma história inédita. Não me crucifiquem antes da hora. Eu adoro papers. Já até escrevi alguns.

Depois de me formar biomédico, tive o desejo de continuar minha formação acadêmica. Tive que ler muitos papers. Mas sempre que queremos ler um que não é da nossa área ou de áreas correlatas há necessidade de muita força de vontade e esforço intelectual. Mais fácil, quase sempre, é pedir ajuda pra alguém.

Por esse raciocínio, faz muito sentido que o jornalista de ciência busque, quase sempre, a opinião de especialistas para reportar, da melhor forma possível, novos estudos e descobertas. “Especialistas em tudo” nunca foram abundantes. Ao contrário, polímatas como Leonardo da Vinci sempre foram raríssimos.

Se me perguntassem no que eu sou especialista, eu teria de explicar minha tese de doutorado (a ser defendida em breve) e dizer que sei um pouco mais do que a média das pessoas numa subsubsubárea da biologia. Eu queria ser menos “especialista” e um pouquinho mais parecido com Da Vinci.

Decidi fazer matemática para aprender a linguagem universal das ciências. E a física, a mais nobre das ciências (segundo alguns físicos), nunca poderia ser uma disciplina tão correlata e ao mesmo tempo tão indecifrável. Qualquer tentativa de aproximação acadêmica era uma autoflagelação intelectual. Talvez eu goste da física como mistério, assunto de bar.

Mesmo sabendo cálculo, formalizado por Newton e Leibniz para descrever a natureza (no grego φύσις – physis, daí física), nunca deixei a física “contaminar” meu universo matemático. Talvez tenha sido um defeito do curso, de não nos obrigar a cursar disciplinas de física, mas agora eu me reservo o direito de ser ignorante, além de outros assuntos, também na nobre ciência.

Se papers de sociologia e geografia são difíceis, os da física, pra mim, ainda são os piores. O que consola é que existem pessoas que gostam (e entendem) física.

A tarefa do jornalista de ciência é achar alguém que consiga, além de arrancar significados daquelas equações e teorias, também transmitir os segredos do universo para seres humanos comuns, indignos de se aproximar de tanta nobreza.

 

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Da menor das partículas ao Universo: trainees de Ciência e Saúde discutem cobertura de física https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/06/20/2317/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/06/20/2317/#respond Fri, 20 Jun 2014 20:13:08 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2317 Uma das principais atividades do Programa de  Treinamento em Ciência e Saúde da Folha é o contato com os cientistas.

Durante o treinamento, os trainees aprendem a conversar com pesquisadores de diversas áreas, a encontrar pautas jornalísticas no trabalho feito pelos cientistas e a “transformar” a informação científica e médica em texto jornalístico.

Trainees contam por que escolheram Ciência e Saúde

Conheça os trainees de Ciência e Saúde da Folha

Eles também trabalham com leitura de paper, produzem textos, discutem ética científica e ética jornalística,conversam com profissionais da área de ciência e saúde e com jornalistas experientes da Folha.

O programa dura um mês e tem patrocínio da Pfizer.

Em uma dessas atividades, os trainees da 2ª turma do Treinamento em Ciência e Saúde da Folha visitaram o IFT (Instituto de Física Teórica) da Unesp. O objetivo foi conversar com físicos de várias áreas sobre os seus respectivos trabalhos e, depois, discutir a informação científica recebida.

Foi um dia intenso. Física talvez seja uma das áreas do conhecimento mais complexas e amplas: vai da menor das partículas aos estudos do universo.

Uma das trainees, a estudante de jornalismo Daniela Bernardi, 24, fez um texto interessante com base na experiência, que reproduzo abaixo.

Vale a leitura!

Acelerador de cérebro

Daniela Bernardi

Talvez eu não tenha pensado tanto em física durante todo meu ensino médio como fiz durante a visita ao Instituto de Física Teórica da Unesp.

Sim, estudei aquelas fórmulas de Newton, de gravitação e de campo magnético.  Mas a visita levantou assuntos que meus professores nunca cogitaram abordar em sala –mesmo porque eles não estavam presentes no currículo escolar.

Logo de cara, falamos sobre física das partículas elementares, com o professor Rogério Rosenfeld. Essa primeira apresentação até que fluiu na minha cabeça.

Consegui entender o básico da teoria por trás do LHC, o acelerador de partículas que ficou conhecido pela descoberta do bóson de Higgs –a partícula que forma todas as demais partículas (não vou chamá-la de “partícula de Deus” para não revoltar os cientistas).

Em seguida,  física nanoscópica, com Alexandre Reily Rocha. Sabe a tela da televisão em que você vai assistir à Copa? Então, a modernização dela está ligada a essas estruturas cada vez menores e mais rápidas e eficientes. Da sala da sua casa, essa tecnologia pode ir direto para o estudo do seu genoma. Com ela pode-se identificar os polimorfismos nos seus genes, como diabetes e câncer.

SUPERCORDAS

Quando eu achava que a teoria não podia ficar mais difícil, o físico americano Nathan Berkovits introduziu o que seriam as supercordas.

“Mas melhor nem começar a explicação porque é difícil discutir o assunto com leigos”, disse o cientista. Eu que não vou discordar. Antes do lanchinho, outro estrangeiro, o italiano Riccardo D’Elia Matheus, ainda passou o conceito de ondas gravitacionais. Algo ainda muito distante da minha realidade, eu diria.

Saímos da sala com tantas teorias na cabeça que nem o cafezinho ajudou a organizar as novidades. Meu cérebro latejava de informações. E ainda tinha mais.

Conhecemos o Núcleo de Computação Científica do IFT-Unesp, onde está o Sprace (São Paulo Research and Analysis Center).

MODERNIDADE

O armazenamento de dados em nuvem é tão moderno que nem parece estar em uma universidade pública brasileira, muitas vezes marcada pela burocracia e pelo sucateamento.

Ainda tivemos a oportunidade de conversar com Sérgio Novaes, físico brasileiro envolvido no projeto LHC, e com a física Sandra Padula, que mostrou alguns projetos de educação na área.

O dia repleto de novidades foi importante para sentirmos a dificuldade que o jornalista que cobre ciência pode enfrentar ao abordar temas tão complexos.

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