Novo em Folha https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br Programa de Treinamento Tue, 07 Dec 2021 12:48:26 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Projeto estudantil da USP abre curso gratuito de comunicação e cidadania https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/07/27/projeto-estudantil-da-usp-abre-curso-gratuito-de-comunicacao-e-cidadania-2/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/07/27/projeto-estudantil-da-usp-abre-curso-gratuito-de-comunicacao-e-cidadania-2/#respond Mon, 27 Jul 2015 20:47:28 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=3598 O Projeto Redigir é uma organização estudantil fundada por alunos de jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da USP. Mantido por voluntários de toda a universidade, ele abre semestralmente seu curso de Comunicação e Cidadania com ferramentas da língua portuguesa.

As aulas, gratuitas, abordam gramática e redação, além de debates sobre temas atuais. Pode se inscrever qualquer pessoa com mais de 16 anos e que tenha concluído o ensino fundamental. Os candidatos são selecionados com base em critérios socioeconômicos.

“Ensinamos que a língua é algo vivo. Nas aulas, educandos e educadores trabalham juntos”, diz Sara Baptista, do núcleo de Comunicação. Os encontros acontecem semanalmente na faculdade.

Nos dias 31/7 e 1/8, as inscrições devem ser feitas presencialmente na Cidade Universitária. O resultado será divulgado em agosto, quando as aulas começarão. Mais informações no site do Redigir.

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Em 2014, o Projeto Redigir comemorou 15 anos de existência. (Crédito: Projeto Redigir/Facebook)
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Tendência mundial, integração de TI a Redações ainda é lenta no Brasil https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/06/15/tendencia-mundial-integracao-de-profissionais-de-ti-a-redacoes-e-lenta-no-brasil/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/06/15/tendencia-mundial-integracao-de-profissionais-de-ti-a-redacoes-e-lenta-no-brasil/#respond Mon, 15 Jun 2015 21:46:51 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=3270 Em abril deste ano, durante uma palestra na Universidade da Califórnia, o editor-executivo do “Washington Post”, Martin Baron, anunciou que a Redação do jornal contava com 47 profissionais de tecnologia trabalhando junto aos jornalistas, 43 a mais do que há quatro anos.

Esse movimento acontece em outros jornais pelo mundo. “The New York Times”, “Chicago Tribune” e “The Guardian” e o pequeno “La Nación”, da Costa Rica, já contam com equipes integradas de desenvolvedores e jornalistas.

Para promover a aproximação entre as áreas, surgem iniciativas como o programa Knight-Mozilla, que dá bolsas a desenvolvedores, hackers e especialistas em dados para que passem uma temporada nas Redações de grandes jornais, como “The Guardian”, “NYT” e o próprio “Post”, que é referência no quesito integração de profissionais de tecnologia à Redação.

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Profissional de Tecnologia da Informação trabalhando em um servidor. (Crédito: Eimantas Buzas/Shutterstock)

Com um orçamento generosamente maior do que o comum para desenvolver projetos, o jornal financia a formação em jornalismo de jovens desenvolvedores.

No Brasil, esse tipo de parceria ainda é rara. Para Marcelo Träsel, professor da PUC-RS e pesquisador na área de jornalismo guiado por dados, a tendência mundial de aproximação entre esses profissionais esbarra no momento difícil dos jornais. “Aqui essa integração é mais complicada no cenário atual, em que os veículos estão reduzindo as Redações e não contratando”, diz.

O jornal “O Estado de S. Paulo” tem uma equipe que conta com um programador, um cientista político e um jornalista (Estadão Dados). O grupo produz conteúdo jornalístico a partir de bases de dados, em formatos que misturam texto, mapas e gráficos interativos. “A pauta não parte da agenda comum do jornalismo nem de uma hipótese do repórter, mas sempre de uma base de dados”, afirma o jornalista José Roberto Toledo.
Na Folha, três profissionais da editoria de Arte fazem a programação e o design dos principais projetos multimídia, como as séries “Tudo Sobre”.

A integração com os programadores começa a acontecer em outros especiais, como no recente “Mad Men – A Série e a Notícia”, em que um profissional da TI participou da elaboração desde a primeira reunião de pauta e para o qual foi criado um template novo. “A integração TI-Redação é uma prática que precisa ser aprofundada”, defende Leonardo Cruz, editor do site da Folha.

“É difícil encontrar profissionais capacitados simultaneamente em tecnologia e jornalismo. É preciso trabalhar para formar pessoas com esse perfil para integrar times que possam pesquisar novas formas de fazer jornalismo. Juntar esses dois tipos de profissionais no mesmo ambiente somente para garimpar dados é desperdício de talentos”, diz Fernando Nemec, diretor de Tecnologia da Folha.

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Sozinhos, números absolutos podem trazer informação imprecisa ou errada https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/07/02/sozinhos-numeros-absolutos-podem-trazer-informacao-imprecisa-ou-errada/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/07/02/sozinhos-numeros-absolutos-podem-trazer-informacao-imprecisa-ou-errada/#respond Wed, 02 Jul 2014 17:26:29 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2366 Os números são traiçoeiros –especialmente os absolutos que, sozinhos, não dizem nada ou ainda podem passar uma informação errada.

Quer ver?

Durante o 2º Treinamento em Ciência e Saúde da Folha fizemos um levantamento sobre casos de dengue nos países mais visitados pelos brasileiros.

O exercício fazia parte de uma apuração para um especial sobre dengue produzido pela turma, que foi publicado no último final de semana (leia aqui).

A novidade é que a dengue está se aproximando de países mais frios, onde não chegava antes. Os EUA, país mais visitado pelos brasileiros, passaram a registrar casos da doença em 2010.

Pois bem. Os números absolutos mostraram que os EUA registraram 543 casos da doença no ano passado. Já o Chile, que também é um destino comum de turistas brasileiros, teve 39 casos.

Então os EUA têm mais casos de dengue do que o Chile? Não, de forma nenhuma.  Para saber qual país tem mais incidência da doença é preciso considerar a população total.

Os EUA têm 313 milhões de pessoas; o Chile tem 18 milhões. Proporcionalmente, os EUA registram um caso para cada 576 mil pessoas, enquanto o Chile registra 1 caso para cada 461 mil.

Agora já dá para ter uma ideia de que a incidência da doença é maior no Chile do que nos EUA. Mas a informação ainda não está totalmente clara.

DENOMINADOR COMUM

Uma boa saída para simplificar a informação para o leitor é usar um denominador comum. Por exemplo, a incidência de uma determinada doença a cada 100 mil pessoas de um determinado país. É assim que a OMS (Organização Mundial da Saúde) faz suas contas.

Seguindo esse cálculo vemos que os EUA têm 0,17 caso para cada 100 mil pessoas e o Chile tem 0,21 caso por 100 mil pessoas. Não fica mais claro?

Mas essa incidência é alta ou baixa? Precisamos, agora, de uma comparação para dimensionar os dados. Eu tenho uma boa: o Brasil tem 734 casos de dengue para cada 100 mil pessoas. Ou seja: incidência altíssima de dengue.

A comparação usando um denominador comum é muito mais clara, mais informativa e até mais impressionante do que os dados divididos pela população total.

Já os números absolutos lá do começo do texto, sozinhos, não dizem muita coisa –e ainda podem levar a conclusões equivocadas.

 

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Leitor mais especializado em um assunto será leigo em outro tema https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/06/23/mesmo-o-leitor-mais-especializado-tambem-e-leigo/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/06/23/mesmo-o-leitor-mais-especializado-tambem-e-leigo/#respond Mon, 23 Jun 2014 09:00:15 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2333 O trainee do Programa de Treinamento em Jornalismo em Ciência e Saúde da Folha Gabriel Alves, 28, é biomédico, doutorando e estudante de matemática. Ou seja: ele é  um cientista.

Mas isso não significa que ele domine todas as áreas da ciência. Ele tem dificuldade, por exemplo, em física.

Conheça os trainees de Ciência e Saúde

Trainees contam por que escolheram Ciência e Saúde

Essa discussão é importante porque, no jornalismo científico, costumamos dividir o mundo entre “cientistas” e “leigos”. Mas não podemos nos esquecer de que cientistas também são leigos em áreas da ciência que eles não dominam.

Quando nosso trainee-cientista lê uma reportagem de Ciência+Saúde da Folha, ele pode não conhecer o tema abordado. Por isso, é importante que todas as reportagens partam do princípio de que seus leitores são leigos naquele assunto.

Pedi que o Gabriel escrevesse um texto sobre a questão de ser leigo em ciência, mesmo sendo também um especialista. O resultado está abaixo!

A mais nobre das ciências

Gabriel Alves

Paper (papel, em inglês) é como são chamados os trabalhos publicados em revistas científicas e são constituídos basicamente de um amontoado de muita informação amarrado pela tentativa de se extrair dali uma história inédita. Não me crucifiquem antes da hora. Eu adoro papers. Já até escrevi alguns.

Depois de me formar biomédico, tive o desejo de continuar minha formação acadêmica. Tive que ler muitos papers. Mas sempre que queremos ler um que não é da nossa área ou de áreas correlatas há necessidade de muita força de vontade e esforço intelectual. Mais fácil, quase sempre, é pedir ajuda pra alguém.

Por esse raciocínio, faz muito sentido que o jornalista de ciência busque, quase sempre, a opinião de especialistas para reportar, da melhor forma possível, novos estudos e descobertas. “Especialistas em tudo” nunca foram abundantes. Ao contrário, polímatas como Leonardo da Vinci sempre foram raríssimos.

Se me perguntassem no que eu sou especialista, eu teria de explicar minha tese de doutorado (a ser defendida em breve) e dizer que sei um pouco mais do que a média das pessoas numa subsubsubárea da biologia. Eu queria ser menos “especialista” e um pouquinho mais parecido com Da Vinci.

Decidi fazer matemática para aprender a linguagem universal das ciências. E a física, a mais nobre das ciências (segundo alguns físicos), nunca poderia ser uma disciplina tão correlata e ao mesmo tempo tão indecifrável. Qualquer tentativa de aproximação acadêmica era uma autoflagelação intelectual. Talvez eu goste da física como mistério, assunto de bar.

Mesmo sabendo cálculo, formalizado por Newton e Leibniz para descrever a natureza (no grego φύσις – physis, daí física), nunca deixei a física “contaminar” meu universo matemático. Talvez tenha sido um defeito do curso, de não nos obrigar a cursar disciplinas de física, mas agora eu me reservo o direito de ser ignorante, além de outros assuntos, também na nobre ciência.

Se papers de sociologia e geografia são difíceis, os da física, pra mim, ainda são os piores. O que consola é que existem pessoas que gostam (e entendem) física.

A tarefa do jornalista de ciência é achar alguém que consiga, além de arrancar significados daquelas equações e teorias, também transmitir os segredos do universo para seres humanos comuns, indignos de se aproximar de tanta nobreza.

 

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Da menor das partículas ao Universo: trainees de Ciência e Saúde discutem cobertura de física https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/06/20/2317/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/06/20/2317/#respond Fri, 20 Jun 2014 20:13:08 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2317 Uma das principais atividades do Programa de  Treinamento em Ciência e Saúde da Folha é o contato com os cientistas.

Durante o treinamento, os trainees aprendem a conversar com pesquisadores de diversas áreas, a encontrar pautas jornalísticas no trabalho feito pelos cientistas e a “transformar” a informação científica e médica em texto jornalístico.

Trainees contam por que escolheram Ciência e Saúde

Conheça os trainees de Ciência e Saúde da Folha

Eles também trabalham com leitura de paper, produzem textos, discutem ética científica e ética jornalística,conversam com profissionais da área de ciência e saúde e com jornalistas experientes da Folha.

O programa dura um mês e tem patrocínio da Pfizer.

Em uma dessas atividades, os trainees da 2ª turma do Treinamento em Ciência e Saúde da Folha visitaram o IFT (Instituto de Física Teórica) da Unesp. O objetivo foi conversar com físicos de várias áreas sobre os seus respectivos trabalhos e, depois, discutir a informação científica recebida.

Foi um dia intenso. Física talvez seja uma das áreas do conhecimento mais complexas e amplas: vai da menor das partículas aos estudos do universo.

Uma das trainees, a estudante de jornalismo Daniela Bernardi, 24, fez um texto interessante com base na experiência, que reproduzo abaixo.

Vale a leitura!

Acelerador de cérebro

Daniela Bernardi

Talvez eu não tenha pensado tanto em física durante todo meu ensino médio como fiz durante a visita ao Instituto de Física Teórica da Unesp.

Sim, estudei aquelas fórmulas de Newton, de gravitação e de campo magnético.  Mas a visita levantou assuntos que meus professores nunca cogitaram abordar em sala –mesmo porque eles não estavam presentes no currículo escolar.

Logo de cara, falamos sobre física das partículas elementares, com o professor Rogério Rosenfeld. Essa primeira apresentação até que fluiu na minha cabeça.

Consegui entender o básico da teoria por trás do LHC, o acelerador de partículas que ficou conhecido pela descoberta do bóson de Higgs –a partícula que forma todas as demais partículas (não vou chamá-la de “partícula de Deus” para não revoltar os cientistas).

Em seguida,  física nanoscópica, com Alexandre Reily Rocha. Sabe a tela da televisão em que você vai assistir à Copa? Então, a modernização dela está ligada a essas estruturas cada vez menores e mais rápidas e eficientes. Da sala da sua casa, essa tecnologia pode ir direto para o estudo do seu genoma. Com ela pode-se identificar os polimorfismos nos seus genes, como diabetes e câncer.

SUPERCORDAS

Quando eu achava que a teoria não podia ficar mais difícil, o físico americano Nathan Berkovits introduziu o que seriam as supercordas.

“Mas melhor nem começar a explicação porque é difícil discutir o assunto com leigos”, disse o cientista. Eu que não vou discordar. Antes do lanchinho, outro estrangeiro, o italiano Riccardo D’Elia Matheus, ainda passou o conceito de ondas gravitacionais. Algo ainda muito distante da minha realidade, eu diria.

Saímos da sala com tantas teorias na cabeça que nem o cafezinho ajudou a organizar as novidades. Meu cérebro latejava de informações. E ainda tinha mais.

Conhecemos o Núcleo de Computação Científica do IFT-Unesp, onde está o Sprace (São Paulo Research and Analysis Center).

MODERNIDADE

O armazenamento de dados em nuvem é tão moderno que nem parece estar em uma universidade pública brasileira, muitas vezes marcada pela burocracia e pelo sucateamento.

Ainda tivemos a oportunidade de conversar com Sérgio Novaes, físico brasileiro envolvido no projeto LHC, e com a física Sandra Padula, que mostrou alguns projetos de educação na área.

O dia repleto de novidades foi importante para sentirmos a dificuldade que o jornalista que cobre ciência pode enfrentar ao abordar temas tão complexos.

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Trainees de Ciência e Saúde contam por que escolheram o programa https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/06/16/trainees-de-ciencia-e-saude-contam-por-que-escolheram-o-programa/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/06/16/trainees-de-ciencia-e-saude-contam-por-que-escolheram-o-programa/#respond Mon, 16 Jun 2014 21:38:55 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2279 A 2ª turma do Programa de Treinamento em Jornalismo de Ciência e Saúde começou no dia 2 de junho e tem atividades até o próximo dia 27 de junho.Nesse período, os trainees trabalham com leitura de paper, produzem textos, discutem ética científica e ética jornalística,conversam com profissionais da área de ciência e saúde e com jornalistas experientes da Folha .
O programa tem patrocínio da Pfizer.

Neste ano, a turma tem sete integrantes. São quatro jornalistas e estudantes de jornalismo e três de outras áreas: uma engenheira química, um biólogo e um biomédico.

A composição da turma dá um resultado bem interessante e debates muito produtivos sobre ciência e saúde, jornalismo e jornalismo de ciência e saúde.

foto da turma
Os trainees de Ciência e Saúde da Folha  (Eduardo Anizelli/Folhapress)
 
Em um desses debates, pedi que cada um deles me explicasse por que decidiu fazer o Treinamento em Ciência e Saúde da Folha. As respostas foram bem interessantes.
FAMÍLIA DE MÉDICOS
A estudante de jornalismo da USP Daniela Bernardi, 24, contou que sempre teve interesse por assuntos de saúde.Ela é filha de médicos e irmã de uma estudante de medicina.”As conversas dos jantares sempre abordaram esse tema.”

Já a jornalista gaúcha Marilice Amábile Pedrolo Daronco, 33, disse que todo jornalista tem um pouco de cientista.”Não usamos tubos de ensaio, não somos capazes de isolar uma molécula e nossos ‘laboratórios’ funcionam à base de papel, caneta e boas ideias. Mas, como os cientistas, somos movidos pela curiosidade.”O biomédico e estudante de matemática Gabriel Andrade Alves, 28, veio parar no Treinamento por motivos bem diferentes.

Ele conta que decidiu fazer o treinamento para entender “a transposição do conhecimento científico, muitas vezes bastante técnico e restrito, para a população”.

O programa teve quase 500 inscritos para o processo seletivo, que aconteceu em maio.

Isso representa cerca de 25% do total de inscritos para o programa de Treinamento em Jornalismo Diário da Folha, que já tem 25 anos de tradição e dura quatro meses (a próxima turma começa em agosto e as inscrições já terminaram).

E você? Também tem interesse pelas áreas de Ciência e Saúde? Conte para a gente o motivo!

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Conheça os trainees de arte por meio de infográficos que eles fizeram https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/05/14/nossos-trainees-de-arte-por-meio-de-artes-que-eles-proprios-fizeram/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/05/14/nossos-trainees-de-arte-por-meio-de-artes-que-eles-proprios-fizeram/#respond Wed, 14 May 2014 19:11:45 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2257 Os trainees de jornalismo gráfico fizeram um exercício interessante a pedido do editor-ajunto de Arte da Folha, Mário Kanno.

Cada um deles fez um infográfico com informações pessoais. A ideia foi exercitar um programa específico bastante usado na produção de infográficos.

Clique em cada uma das imagens para conhecer os nossos artistas!

 

ANA CLARA PACHECO

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ANGELO DIAS

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ANDRÉ KISNER

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DIEGO BORGES

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FERNANDO MOLA

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GIOVANA BRESSANI

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RENATA MELLEU CIONE

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TATIANA HARADA

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]]> 0 Depois do “enter”: o que acontece quando a edição fecha https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/04/25/depois-do-enter-o-que-acontece-quando-a-edicao-fecha/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/04/25/depois-do-enter-o-que-acontece-quando-a-edicao-fecha/#respond Fri, 25 Apr 2014 13:26:23 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2243 O trainee Giovanni Bello escreveu um relato bem interessante sobre o que acontece depois que o jornal fecha e o trabalho na gráfica começa. As fotos também são dele!

Depois do “enter”

Existe um lugar onde as notícias tomam forma: a gráfica.

Jornalistas levantarão as orelhas para a afirmação, mas, no fim das contas, é nas rotativas que o trabalho da Redação toma forma física. No caso da Folha, isso acontece no Centro Tecnológico Gráfico Folha, em Santana de Parnaíba (40 km a oeste da capital).

Nós, da turma de  Treinamento Integrado (jornalismo diário e jornalismo gráfico), visitamos o CTG-F no último dia 3 para entender o que acontece depois que apertamos o “enter” na Barão de Limeira.

São 25 mil metros quadrados de gráfica e uma média de 300 mil exemplares diários.

Fomos recebidos pelo diretor industrial do CTG-F, Luis Antonio de Oliveira, que nos deu um panorama do que veríamos.

Explicou os horários, as substituições de última hora e a logística de transporte do jornal.

CAMINHO

Seguimos o caminho das páginas da Folha. Na sala de pré-impressão, é feito o controle do que chega da redação.

Se tudo estiver certo, as chapas de alumínio foto-sensíveis são processadas. No caso das páginas coloridas, são quatro chapas, uma para cada cor do sistema CMYK (ciano, magenta, amarelo e preto).

Dali, elas seguem para a rotativa, onde irá imprimir as páginas do jornal em uma velocidade máxima de 70 mil cópias por hora. O sistema de impressão utilizado pela Folha é o offset, que permite que muitas folhas sejam impressas em um tempo menor.

MEGA-OPERAÇÃO

Em uma sala especial chamada “quiet room” (em inglês, “sala silenciosa”), funcionários verificam a qualidade da impressão e fazem os ajustes necessários em tempo real. A sala não é nada silenciosa, no entanto.

Técnicos analisam a distribuição de cores pela página e o alinhamento da impressão.

Para nós,  leigos, tudo certo e bonito, mas eles têm olhos treinados.

Quando algo não está certo, é preciso corrigir o erro o mais rápido possível, porque a rotativa não para.

Pausar a impressão e retomá-la depois é custoso e demorado, o que atrasaria a entrega para as regiões mais distantes do país. Enquanto as diferenças são acertadas, as edições defeituosas são descartadas.

Depois do controle de qualidade, os jornais são separados em fardos e recebem uma identificação. Separados de acordo com o caminho que seguirão, são levados por caminhões ou avião, dependendo do lugar do país.

Essa mega-operação de produção de notícias,impressão e distribuição dos jornais acontece o ano inteiro, todos os dias, sábado, domingo ou feriado.

Para a Folha, essa é a rotina desde 1921. Nós, trainees, começaremos em breve.

Até logo!

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Turma de Treinamento Integrado da Folha

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Pequeno passo para um repórter, salto gigante para um trainee https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/03/27/pequeno-passo-para-um-reporter-salto-gigante-para-um-trainee/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/03/27/pequeno-passo-para-um-reporter-salto-gigante-para-um-trainee/#respond Thu, 27 Mar 2014 22:15:52 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2228 As trainees Ione Aguiar e Renata Melleu são as autoras da primeira matéria publicada pela turma atual de Treinamento Integrado (jornalismo diário e jornalismo gráfico) da Folha.

Elas foram responsáveis por uma página inteira de Ciência+Saúde no sábado 22 de março. A pauta, sugerida por elas, foi peculiar: um projeto que quer colonizar Marte em 2025.

Leia: Brasileira passa para 2ª fase de seleção de projeto para ir a Marte

Depois da publicação, pedi para as duas escreverem um depoimento para o Novo em Folha contando a experiência.

A Renata Melleu, que ficou sem dormir na noite anterior ao fechamento pensando nas possibilidades de arte, conta que a principal angústia era saber que a matéria “seria lida pelo Brasil inteiro.”

“Eu me sentia como um esquilo-hiperativo-estressado, tamanha a responsabilidade de publicar minha primeira capa no maior jornal do país, mas ao mesmo tempo orgulhosa e realizada.”

A Ione Aguiar escreveu um depoimento muito divertido sobre a experiência, que reproduzo abaixo.

Parabéns, meninas!

Um pequeno passo para um repórter, um salto gigantesco para um trainee

Fiquei sabendo que estava incumbida de fazer uma reportagem para Ciência+Saúde com um “high five” da Sabine Righetti, editora-adjunta interina do Treinamento. “Sua pauta foi aprovada. Mais tarde conversamos”, comemorou, antes de me cumprimentar com um simpático toque de mão.

A trainee Renata Melleu, minha parceira de missão, foi encarregada de produzir infográficos para complementar o texto sobre a Mars One, organização que promete enviar humanos a Marte até 2025.

Passada a euforia da boa notícia, minha cabeça foi assombrada por uma revoada de fantasmas. E se eu não conseguir entregar meu texto a tempo? E se ninguém me der entrevista? E se a ombudsman fizer um “especial Ione” após a publicação?

Mais tarde naquele dia, Renata e eu ficamos sabendo de mais detalhes: a reportagem seria capa de sábado ou domingo e deveria ter cerca de 35 cm — no jornal, os textos são medidos por centímetros, e não por caracteres.

Para quem escreve, é pouco. Para quem lê, é muito. O exercício de síntese é um dos desafios de escrever em um jornal.

Instruções dadas, passei a trabalhar na pauta. Foram 46 e-mails trocados, mais uma dezena de ligações e um zilhão de pesquisas em sites e bases de dados. Conforme fui aprofundando minha apuração, foi diminuindo meu medo de errar.

No dia do fechamento, a editoria determinou que o texto teria mais de 50 cm. Para quem havia escrito quase 1 metro, a decisão não foi um problema e sim uma solução.

Nenhum dos meus temores se confirmou: todas as fontes deram ótimas entrevistas e consegui entregar tudo com calma.

Mais ou menos uma hora depois, enquanto devorava temakis em um restaurante a 5,1 km do prédio da Folha, recebi uma ligação da Alessandra Balles, responsável pelo Treinamento.

Ela precisava do link de um vídeo citado no texto para a versão on-line da reportagem. “Publicar é assim mesmo”, disse ela, num misto de piada e puxão de orelha.

Da minha estreia nas páginas da Folha, ficaram duas lições:

1 – Acredite na sua pauta. Quanto mais você apura, mais segurança tem para defendê-la.

2 – Nem tudo acaba quando termina. Mesmo depois de entregar o texto, podem surgir dúvidas emergenciais.

 

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O que define um bom especialista? https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/03/14/o-que-define-um-bom-especialista/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2014/03/14/o-que-define-um-bom-especialista/#comments Fri, 14 Mar 2014 21:07:47 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=2206 Nesses dias, em uma conversa com os trainees, surgiu uma pergunta interessante: o que define um bom especialista?

Ou seja: como escolhemos a pessoa com quem vamos conversar para analisar, comentar ou explicar um fenômeno sobre o qual estamos escrevendo?

As respostas da turma foram bem interessantes.

A ideia geral é que o especialista é alguém com notável conhecimento sobre um determinado assunto.

Mas isso não se traduz necessariamente em uma pessoa que tem acúmulo de títulos.

“Um pescador é tão especialista quanto um oceanógrafo. Cada um a sua maneira, mas ambos especialistas”, diz Giovanni Bello, trainee do programa.

Isso significa que dependendo da reportagem e da sua abordagem, é mais válido ouvir um ou outro (ou ambos).

“A depender do assunto, um acadêmico pode ser inútil.”

ESCOLHA

E como escolher um bom acadêmico? Um economista, um biólogo, um médico para comentar um fenômeno?

Para a trainee Ione Aguiar, um bom acadêmico tem uma combinação de reconhecimento entre seus pares e aprofundamento em um assunto específico.

Trocando em miúdos: um bom químico é aquele que a própria ciência, que tem suas próprias metodologias de avaliação, valoriza.

O bom especialista também deve ter o guarda-chuva de uma instituição: médico de um determinado hospital, professor de tal universidade, especialista de tal instituto de pesquisa.

E importante: não adianta conversar com alguém famoso, mas pouco reconhecido academicamente.

Um exemplo?

“Ninguém consulta o dr. Robert Rey (o doutor Hollywood) em reportagens sobre medicina”, explica Aguiar.

NOVOS NOMES

Depois de encontrar boas fontes é preciso encontrar, de novo, boas fontes.

Explico.

Não adianta conversar sempre com os mesmos especialistas em direitos da criança, em finanças pessoais ou em aquecimento global. Eles tendem a dizer sempre a mesma coisa.

Temos de diversificar, encontrar novos nomes, pesquisar, conversar com especialistas de fora da sua cidade ou até mesmo do seu país.

Se você é estudante de jornalismo ou jornalista, como faz para encontrar bons especialistas? Comente!

 

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