Rede de jornalistas sugere adotar expressão ‘emergência climática’ para se referir à crise ambiental
A Covering Climate Now, rede que compreende veículos comprometidos em aperfeiçoar a cobertura de mudanças climáticas, sugeriu aos jornalistas que passem a adotar a expressão “emergência climática” para pautas que abordem temas relativos à crise ambiental.
O manifesto divulgado pela rede afirma que “é o momento do jornalismo reconhecer que vivemos uma emergência climática”, e que essa é uma afirmação científica, não política.
Assinaram o documento, até 29 de abril, veículos como o inglês The Guardian, o italiano La Repubblica, a versão em inglês do canal Al Jazeera, entre outros.
O texto ainda destaca que cientistas como James Hansen, principal estudioso da Nasa sobre mudança climática, e que se aposentou da agência em 2013, e David King e Hans Schellnhuber, ex-consultores dos governos britânico e alemão, já atestaram que o mundo vive uma emergência climática.
“Por que ‘emergência’? Porque as palavras são importantes. Para preservar um planeta habitável, a humanidade deve agir imediatamente”, afirma o manifesto da Covering Climate Now.
O documento aponta que a cobertura da mídia da Covid-19 pode ser considerada como um modelo, já que, “guiados pela ciência, os jornalistas descreveram a pandemia como uma emergência, relataram seus impactos devastadores e combateram a desinformação”.
“Precisamos do mesmo compromisso com as pautas sobre clima”, conclui.