CINEgenoma da USP debate filme ‘A Vida Imortal de Henrietta Lacks’ e a ética de pesquisa com células humanas

Foram as células do câncer de colo de útero de Henrietta Lacks que, após serem coletadas sem seu consentimento em 1951, originaram a indústria biomédica e possibilitaram avanços médicos importantes, como a vacina para poliomielite. O caso iniciou os primeiros debates sobre políticas e práticas de consentimento informado de pacientes para coleta e uso de material biológico.

Este será o assunto da 6ª edição do CINEgenoma, mesa redonda online promovida pelo Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da USP (genomaUSP) na quarta-feira, 17 de março, às 20h. O evento será transmitido através do YouTube.

A mesa discutirá o filme “A Vida Imortal de Henrietta Lacks” (2017) e os custos éticos-sociais ponderados quando a sociedade se depara com avanços científicos importantes.

​As células HeLa, batizadas pelas iniciais da doadora involuntária, foram usadas em avanços médicos importantes, como estudos sobre HIV, câncer e leucemia. A família de Lacks, de origem afro-americana e em condição de vulnerabilidade socioeconômica, nunca recebeu compensação financeira pela contribuição à indústria bilionária que se originou de suas células. ​

O filme dirigido por George C. Wolfe não será exibido durante o CINEgenoma, mas está disponível na plataforma HBO GO. A gravação da mesa redonda ficará disponível no canal do YouTube.

O genomaUSP é o maior centro de atendimento a pessoas com doenças genéticas da América Latina. Financiado pela FAPESP, realiza pesquisas em Genética Humana e Médica, disponibiliza aconselhamento e testes genéticos para a população e desenvolve atividades ligadas à educação.

*Essa nota foi escrita por Mahara Aguiar com a supervisão de Suzana Singer.