New York Times demite editora após tuíte em apoio a Joe Biden

O jornal norte-americano The New York Times demitiu, na última quinta-feira (21), a editora freelancer Lauren Wolfe. O afastamento gerou repercussão por ter sido associado a um tuíte da jornalista em apoio a Joe Biden.

No tuíte, Wolfe escreve que ficou arrepiada quando viu o avião de Joe Biden pousar na base de Andrews, em Washington, um dia antes de sua posse.

A publicação foi alvo de críticas por agências de notícias e conservadores de direita, que associaram a fala da jornalista ao veículo, tachando-o como tendencioso na cobertura de política.

Wolfe estava encarregada de editar as matérias relacionadas à pandemia e notícias de última hora. Além de diversas ameaças online, a jornalista, que já passou por veículos como The Atlantic e The Guardian, chegou a ser seguida por um fotógrafo quando foi passear com seu cachorro.

Após críticas e especulações sobre a demissão, Danielle Rhoades Ha, porta-voz do jornal, deu entrevista para o Washington Post, negando o motivo do afastamento.

“Por motivos de privacidade, não entramos em detalhes sobre questões de pessoal, mas podemos dizer que não encerramos o emprego de alguém por causa de um único tuíte. Por respeito aos indivíduos envolvidos, não planejamos comentar mais”, disse.

De acordo com a política editorial do jornal, os funcionários são proibidos de se manifestar de forma que prejudique a reputação do veículo.

Apesar do fim do vínculo trabalhista e de toda discussão que a medida gerou, a jornalista reiterou, em um tuíte para seus apoiadores, que não cancelem a assinatura do NYT, elogiando a cobertura e os profissionais do jornal.