Folha recebe nova turma de Treinamento em Jornalismo de Saúde
A distância, como impõe a pandemia do novo coronavírus, mas nem por isso menos empolgados, os nove selecionados para o programa de Treinamento em Jornalismo de Saúde iniciaram o curso na última segunda-feira (5).
A Folha recebeu 1.620 inscrições para a atual edição do programa, patrocinada pelo Laboratório Roche e pela Rede D’Or São Luiz e coordenada por Francesca Angiolillo, repórter especial do jornal.
Ao longo de cinco semanas, eles terão aulas e palestras, por meio de videoconferência, com profissionais da Folha, jornalistas especializados na cobertura da área e convidados, que abordarão temas como o funcionamento do SUS, o risco de novas pandemias, saúde mental e legislação.
Conheça a seguir os novos trainees.
Ana Paula Lisboa, 28
Cursou jornalismo na Universidade de Brasília —mesma cidade em que nasceu. Desde criança, tinha paixão por escrever poemas e brincar de ser jornalista. Atualmente, é subeditora no site Eu, Estudante do Correio Braziliense. Seus sete anos na profissão lhe renderam experiências com as quais ela não sonhava, como trabalhar para o jornal Der Tagesspiegel, em Berlim, na Alemanha. Mas se engana quem pensa que ela parou por aí: seu próximo passo é se aventurar em um mestrado fora do país.
Bruno Vaiano, 24
Cresceu entre livros e música na capital paulista. Estudou jornalismo na Universidade de São Paulo, mas no início não se identificou muito com o curso. Tudo mudou quando fez um estágio na revista de divulgação científica Galileu. Foi ali que ele se descobriu repórter e se encantou pela profissão. Agora na Superinteressante, Bruno deseja demonstrar à sociedade brasileira a importância da ciência e acredita que o programa de treinamento pode ajudá-lo a realizar esse sonho.
Gabriela Bonin, 21
É apaixonada por boas histórias e comidinhas saudáveis. Interessada na área da saúde, mas sem vontade de seguir os passos do pai, que é pneumologista, ela escolheu a comunicação como ferramenta para discutir diferentes assuntos e hoje estuda jornalismo na USP. Ex-estagiária do Le Monde Diplomatique Brasil, ela espera, com a experiência na Folha, ampliar sua capacidade de cobrir, especialmente, temas relacionados a alimentação. No futuro, em paralelo à profissão, sonha ter seu próprio café.
Gabriella Soares, 23
Nasceu em São Paulo e cresceu em Taboão da Serra, nos arredores da capital paulista. Aos 12 anos, pôs na cabeça que queria ser jornalista. Não mudou de ideia: formou-se na Universidade Estadual Paulista e desde então se dedica à defesa dos direitos humanos —seja entrevistando refugiados para uma agência da ONU, seja produzindo textos em parceria com moradores de rua. Defende um jornalismo pé no chão, mais próximo das ruas e dos problemas dos leitores.
Giulia Granchi, 23
Formou-se em jornalismo pela Cásper Líbero e teve a certeza da escolha de profissão quando a colocou em prática. Estagiou na revista Boa Forma e, hoje, é repórter no VivaBem, canal de saúde e bem-estar do UOL. A vida saudável também faz parte de sua rotina pessoal, e Giulia não vê a hora de poder voltar a jogar bola e ir à academia. O assunto, no entanto, não a restringe dentro do jornalismo, e ela quer estudar para um dia escrever reportagens nas mais variadas temáticas.
Henrique Artuni, 21
Vê no jornalismo um meio para explorar diversas áreas. Como ele tem feito, aliás. Formado pela Cásper Líbero, foi editor de arte da revista Esquinas, da faculdade. Em seu trabalho de conclusão de curso, vencedor do Prêmio Cásper Líbero 2020, tratou da conexão entre vida e obra de Carlos Drummond de Andrade. Tem experiência na cobertura de cinema, mas considera que o jornalismo em saúde tem papel muito importante não só em momentos de crise como também no cotidiano.
Juliana Gonçalves, 34
Fez parte da primeira turma de cotistas raciais da Universidade Estadual de Londrina. Hoje é repórter na Prefeitura de Londrina, cobrindo sobretudo a área de saúde, mas já na adolescência arregaçava as mangas para ganhar seu sustento. Fez de tudo um pouco, de auxiliar de estoque a atendente de balcão. Desde os 14, porém, após enfrentar com o pai uma fila interminável num hospital público, sabia que queria ser jornalista para dar voz aos que não a têm.
Juliana Mesquita, 26
Foi a primeira pessoa de sua família a cursar faculdade. Formou-se jornalista em 2015, na sua cidade natal, Bauru, pela Universidade Sagrado Coração, com bolsa do ProUni. É também técnica em mecânica automotiva pelo Senai. Hoje mora em São Paulo, após um ano trabalhando e estudando nos EUA. Apesar da vergonha das câmeras, é comunicativa e teve um programa de rádio na faculdade. De lá para cá, escreveu para sites e revistas sobre esporte e saúde, tema no qual espera se aprimorar.
Pedro Martins, 21
Escreve desde adolescente. Começou aos 13, no Potterish, portal brasileiro dedicado à série Harry Potter, do qual hoje é editor. No ensino médio, publicou textos sobre autores brasileiros no Guardian, em um projeto cultural do jornal britânico. Está terminando a faculdade de comunicação na Universidade de Ribeirão Preto, cidade onde mora, e faz estágio no G1. Ciente da relevância do jornalismo para a sociedade, dedica-se a esse dever enquanto espera pela sua carta de Hogwarts.