A Fundação Getúlio Vargas lançou novo MBA online voltado para o estudo da comunicação no ambiente digital. Incubado na Diretoria de Análise de Políticas Públicas da instituição (DAAP), o curso une conteúdos sobre dados, consumo de informação e monitoramento das redes sociais.

Três módulos compõem o novo MBA: metodologias de pesquisa nas redes sociais; técnicas de assessorias de comunicação baseadas em análise de dados e empreendedorismo digital.

São 15 meses de curso com disciplinas que abordam ciência de dados, sociologia da comunicação, storytelling, antropologia do consumo e economia política das plataformas digitais.

As aulas, virtuais, têm início em 28 de outubro, e as matrículas estão abertas até o dia 21. O programa completo está disponível no site da FGV DAPP.

O objetivo é oferecer um espaço de formação continuada em comunicação com foco no ecossistema digital, a partir do diagnóstico de que muitas graduações e pós estão distantes do tema —ainda que ele seja latente no mercado de trabalho—, explica o coordenador-executivo do curso, Thomas Traumann, ex-repórter da Folha e ministro da Secretaria de Comunicação Social durante o governo de Dilma Rousseff.

São esperados profissionais em início da carreira e também os já inseridos no mercado de trabalho que desejam aprimorar conhecimentos sobre algoritmos e estratégias de comunicação.

Traumann acrescenta que outro pilar da iniciativa é discutir o papel da gestão e transparência de dados na democracia. “Hoje estamos em uma fase de negativismo sobre as redes sociais, mas também há como utilizá-las para boas políticas públicas.”

O curso é dirigido por Marco Aurélio Ruediger, chefe da FGV DAPP. No corpo docente estão profissionais como Pedro Abramovay (diretor para a América Latina da Open Society Foundations), Carol Pires (jornalista colaboradora do New York Times e da Rádio Novelo), Felipe Seligman (cofundador do site jurídico Jota) e Ana Lucia Guedes (coordenadora acadêmica da FGV DAPP).

O MBA é o pontapé inicial de um projeto maior da instituição, que pretende criar uma graduação em comunicação. O projeto está sob análise do Ministério da Educação, pasta responsável por autorizar o funcionamento de novos cursos superiores. A expectativa, diz Traumann, é de que seja possível realizar o primeiro vestibular em 2021.