Plataforma mapeia mulheres que protagonizam a produção científica brasileira

O projeto Open Box da Ciência, lançado em fevereiro, mapeou 250 pesquisadoras para dar visibilidade à produção científica feita por mulheres no Brasil. A iniciativa é da organização de mídia Gênero e Número.

Para chegar aos 250 nomes, o projeto criou um algoritmo para analisar dados extraídos da plataforma Lattes e estabelecer uma pontuação para cada pesquisadora a partir de critérios como a quantidade de artigos publicados, a ordem de autoria e os prêmios recebidos.

As pesquisadoras foram divididas em cinco grandes áreas de conhecimento: ciências biológicas, ciências exatas e da terra, ciências da saúde, ciências sociais aplicadas e engenharias.

As 50 primeiras mulheres de cada categoria estão ranqueadas como as protagonistas da produção científica em suas áreas.

O Open Box da Ciência também levantou dados para analisar a representatividade racial entre as cientistas brasileiras.

De acordo com os dados do Censo da Educação Superior 2018, analisados pelo projeto, as professoras doutoras negras na pós-graduação representam apenas 2,4% das docentes no Brasil.

Reportagens, entrevistas e perfis das pesquisadoras estão disponíveis no site do Open Box da Ciência. A plataforma apresenta, ainda, uma espécie de calculadora para que as leitoras possam ter uma noção aproximada de suas posições na escala da produção científica do país.