Agência brasileira conecta jornalistas a produção científica do país

Lançada na quarta-feira (12), a Agência Bori foi criada com o intuito de facilitar a conexão entre jornalistas de todo o país e o conhecimento produzido por cientistas brasileiros.

A iniciativa é das jornalistas Ana Paula Morales e Sabine Righetti, com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e do Instituto Serrapilheira, organização sem fins lucrativos de apoio à pesquisa e divulgação científica no Brasil.

A Agência Bori faz um levantamento em bases de periódicos acadêmicos para selecionar estudos de cientistas brasileiros e escolher aqueles que são considerados de maior interesse público.

A equipe da Bori então entra em contato com os pesquisadores para checar se eles concordam com a divulgação, para tirar dúvidas e para dar orientações sobre como atender a imprensa.

Os estudos selecionados são disponibilizados na plataforma da agência, junto com um texto explicativo e o contato de pelo menos um dos cientistas responsáveis pelo estudo.

Inspirada em plataformas semelhantes dos Estados Unidos e da Europa, como o EurekAlert! e o AlphaGalileo, a Agência Bori foi batizada em homenagem a Carolina Bori (1924-2004), primeira presidente mulher da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).

Parte dos artigos encontrados na Bori – três pesquisas inéditas por semana – estará sob embargo, ou seja, os estudos serão disponibilizados para os jornalistas cadastrados na agência antes da publicação nos periódicos.

Nesses casos, devem ser respeitadas as datas em que as notícias sobre o artigo poderão ser divulgadas pela imprensa. A medida serve para garantir que os jornalistas tenham o mesmo tempo para produzir suas reportagens.

O cadastro na Agência Bori, gratuito e aberto a jornalistas de todas as áreas, pode ser feito no site.