Confira o gabarito da prova online para o Programa de Treinamento em Jornalismo Cultural da Folha

A prova online para os candidatos do 1º Programa de Treinamento em Jornalismo Cultural da Folha aconteceu entre os dias 4 e 7 de outubro. Na avaliação, os candidatos precisaram responder à perguntas sobre conhecimentos gerais, português e inglês, além de escrever uma redação.

A questão cinco da prova de português foi anulada por erro no enunciado. A palavra “assim” não foi destacada, impossibilitando a resolução da questão.

Confira abaixo o gabarito da prova, com as respostas corretas em destaque.

 

1) A oficialização de Fernando Haddad como candidato a presidente da República pelo PT no lugar de Luiz Inácio Lula da Silva desfaz “um segredo de polichinelo”. Por que essa afirmação faz sentido?

a) Pelo menos desde janeiro, quando o Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmou a condenação de Lula pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, sabia-se que, salvo algum casuísmo jurídico, o líder máximo do partido não poderia concorrer.

b) A decisão em primeira instância tornou Lula inelegível nos termos da Lei da Ficha Limpa, que foi aprovada com amplo apoio da bancada petista e sancionada em 2013 pela então presidenta Dilma;

c) Lula passou os últimos meses afirmando, por meio de seus correligionários, que seria candidato. Ele tentava convencer o partido a aceitar Jaques Wagner como candidato à Presidência;

d) Pelo menos desde janeiro, quando o Supremo Tribunal Federal condenou Lula à prisão pelos crimes de corrupção e formação de quadrilha, sabia-se que, salvo algum casuísmo jurídico, o líder máximo do partido não poderia concorrer.

e) A decisão do Supremo Tribunal Federal tornou Lula inelegível nos termos da Lei da Corrupção Zero, que foi aprovada com amplo apoio das bancadas tucanas e peemedebistas e sancionada em 2013 pela então presidenta Dilma;

 

2) Morreu neste ano o ator Burt Reynolds:

a) que recebeu o Oscar de ator coadjuvante por Boogie Nights;

b) que foi um dos astros de ação e comédia nos anos 70 e 80;

c) que mostrou seu potencial dramático em Amargo Regresso, ao lado de Jane Fonda;

d) que estrelou sucessos como Loucademia de Polícia 1 e 2;

e) que foi premiado como melhor ator no último Festival de Veneza

 

3) Não tem o mesmo significado dizer que uma doença foi eliminada e erradicada. Essa afirmação está…

a) Correta, porque eliminar é diferente de erradicar. A varíola foi eliminada, mas não erradicada, por isso, é necessário tomar a vacina;

b) Incorreta, porque ambos os termos são aceitos pela Organização Mundial da Saúde para descrever doenças que não oferecem mais perigo;

c) Correta, porque, na erradicação, não são mais necessárias medidas para prevenir a volta do agente infeccioso. Na eliminação, há redução quase total da incidência da doença, mas ainda são necessárias medidas preventivas, como a vacina;

d) Incorreta, porque, com o progresso das vacinas e da medicina preventiva, ambos os termos viraram sinônimos;

e) Correta, porque os termos têm significados diferentes. O sarampo foi erradicado do mundo, por isso, as crianças não precisam mais serem vacinadas contra a doença.

 

4) Assinale a alternativa correta:

a) CHARLES DE GAULLE é o principal herdeiro do trono inglês, que obteve grande popularidade após se casar com Diana que era muito reconhecida por colaborar com instituições de caridade;

b) MAHATMA GANDHI foi considerado como a 14a reencarnação do Buda, e foi expulso do Tibet depois que a India ocupou este país;

c) WINSTON CHURCHILL foi um grande nome da revolução russa e um dos principais articuladores dos movimentos bolcheviques;

d) J.R.R. TOLKIEN foi um famoso escritor britânico (nascido na África), autor de “O Hobbit” e “O senhor dos Anéis”

e) MARTIN LUTHER KING foi um dos primeiros baixistas, pode-se dizer que ele introduziu o instrumento ao jazz.

 

5) Sobre o Fies está correto afirmar que:

a) sobram candidatos ao financiamento; cerca de 50% dos estudantes não conseguem crédito porque não há verba suficiente;

b) a alta adesão ao Fies se explica pelo fato de os jovens estarem interessados em um diploma universitário num momento de crise econômica;

c) faltam candidatos ao financiamento; a adesão é menor do que o crédito oferecido;

d) os recursos para o Fies vêm das universidades públicas;

e) o crédito oferecido tem o limite de pagar apenas 10% da mensalidade escolar

 

6) Ciro Gomes, candidato nas eleições deste ano:

a) está sendo processado pelo vereador Fernando Holiday integrante do MBL, por ter se referido a ele como “viadinho do mato”;

b) conseguiu vencer a disputa com Geraldo Alckmin e ganhou o apoio do chamado “centrão”;

c) ganhou o apoio do PSB, partido com o qual negociou por meses e que lhe deu mais tempo de TV;

d) escolheu como vice uma mulher, Manuela D’Ávila, para aplacar as críticas de que é machista;

e) propôs refinanciar a dívida de 63 milhões de consumidores a fim de limpar o nome deles do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).

 

7) O furacão Florence atingiu os EUA no dia 14 de setembro, provocando graves inundações e outros problemas. Por que o Brasil não precisa se preocupar com fenômenos como esse?

a) as chances de que isso aconteça por aqui são mínimas – a explicação é que a formação de um furacão depende de uma série de fatores que só foi registrada uma vez no país;

b) um dos principais “combustíveis” para a formação de um furacão são as águas frias do mar – que precisam estar abaixo de 0°C. No Brasil, não temos isso.

c) um fator necessário para a formação de um furacão é o cisalhamento ou tesoura de vento, como são chamadas as mudanças de velocidade ou direção das correntes. Os especialistas explicam que esse fenômeno só acontece nos países localizados na linha do Equador, o que não é o caso do Brasil.

d) porque no Brasil temos apenas a ocorrência de tufão, que é um fenômeno completamente diferente do furacão

e) porque são raros aqui, aconteceram, nos últimos 20 anos, apenas 10 vezes.

 

8) O primeiro beijo entre dois homens no horário nobre da Globo aconteceu em 2014. Assinale a alternativa correta:

a) desde então, isso se repetiu algumas vezes, recentemente em “Segundo Sol”, entre Lázaro Ramos e Fabio Assunção

b) o beijo aconteceu entre os personagens vividos por Thiago Fragoso e Mateus Solano em “Amor à vida”, de Walcyr Carrasco

c) neste mês, foi a vez da novela das 18h da Globo, “Vale Tudo”, exibir o beijo entre Luccino (Juliano Laham) e Olavo (Pedro Henrique Muller);

d) nunca houve beijo entre mulheres em novelas;

e) todas as afirmações acima estão corretas

 

9) Por que uma parte dos desempregados desiste de procurar trabalho?

a) por falta de dinheiro: para procurar emprego é preciso gastar, por exemplo, com transporte e cópias de currículos;

b) por se considerar incapaz para as funções procuradas no mercado;

c) por não conseguirem trabalho adequado às suas qualificações;

d) por serem muito jovens ou muito idosos e serem preteridos entre os candidatos;

e) todas as afirmações acima estão corretas

 

10) Entre as décadas de 30 e 60, o Rio de Janeiro era cenário de uma explosão cultural:

a) havia a arquitetura de Paulo Mendes da Rocha, Oscar Niemeyer e Mário Costa;

b) havia a poesia de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Vinicius de Moraes, moradores da cidade;

c) havia a literatura de Graciliano Ramos, Machado de Assis e Guimarães Rosa, que viviam na capital;

d) havia o teatro de Nelson Rodrigues e Gerald Thomas;

e) havia as crônicas de Rubem Braga, Otto Lara Resende e Mario Prata.

 

Português

1. A frase “Problemas foram encontrados em todos os arquivos” está corretamente transposta para a voz passiva pronominal em:

a) Encontrou-se problemas em todos os arquivos.

b) Alguém encontrou problemas em todos os arquivos.

c) Encontraram-se problemas em todos os arquivos.

d) Foi encontrado problemas em todos os arquivos.

e) Encontraram problemas em todos os arquivos.

 

2. Fernando Sabino disse uma vez que fez muitos cursos, mas ganhava a vida com o curso de datilografia. Posso dizer que ganhei a vida com o curso de datilografia do meu amigo Geraldo Mayrink. Conto.

Primeiro, lembro a todos: naquele tempo, os anos 1960, era perigoso ter amigos. Certos amigos. Você podia ser preso por conhecer pessoas, por permitir que um camarada da vida inteira passasse uma noite na sua casa apenas para descansar.

Numa noite, agentes que trabalhavam para o governo apanharam a mim e ao Geraldo em nossos locais de trabalho. Fomos levados num daqueles carros que se tornaram sinistros na época, espremidos entre dois agentes, com metralhadoras na mão e pistolas na cintura. Proibidos de falar um com o outro ou com eles.

Depois de interrogados longamente, separadamente, alternadamente, como nossas histórias se casaram, eles disseram que até poderíamos ser dispensados, mas teríamos de ficar até de manhã, esperando a turma que renderia a deles, para datilografar as informações dos nossos depoimentos. Nenhum deles sabia escrever a máquina, como se dizia.

Aí veio a presença de espírito do Geraldo. Ele se propôs, se não se importassem, a datilografar o que havíamos contado. Para surpresa nossa, aceitaram. Geraldo escreveu com aquela rapidez dos bons datilógrafos de dez dedos e dos jornalistas seguros, trocou pormenores com eles, finalizou, eles leram, passando o papel de uns para os outros, acharam o que estava o.k., nos libertaram e fomos embora. Salvos.

Na segunda passada (27/08/2012), fez três anos que o Geraldo morreu, e me lembrei dele, e de tudo isso. O bate-pronto dele e seu curso de datilografia nos salvaram do pior naquela noite.

Adaptado de Ivan Angelo, Revista Veja São Paulo, 05/09/2012, p. 154

Assinale a alternativa correta:

a) Frases curtas e recursos de pontuação conferem ao texto ritmo que reflete o ideal do gênero a que pertence, uma vez que o autor parece estar de fato conversando com o leitor.

b) Construções sintáticas como “nos libertaram” e “fomos embora” evidenciam a presença da norma culta da língua, denotando o caráter conservador do texto no uso da linguagem.

c) “Fez três anos que o Geraldo morreu” exemplifica uma das possibilidades de concordância do verbo “fazer” nesse emprego, pois também é abonada pela norma culta a forma “fizeram três anos”.

d) A expressão “bate-pronto” refere-se exclusivamente, no texto, ao modo de Geraldo, amigo do autor, datilografar rapidamente.

e) Em ” eles disseram que até poderíamos ser dispensados”, a partícula “até “denota temporalidade como em “ficaremos até a manifestação acabar”.

 

3. Em termos de coesão, coerência e uso adequado da linguagem, assinale a alternativa que apresenta a paráfrase mais adequada do trecho abaixo.

Fomos levados num daqueles carros que se tornaram sinistros na época, espremidos entre dois agentes, com metralhadoras na mão e pistolas na cintura. Proibidos de falar um com o outro ou com eles.

a) Os sinistros carros e agentes da época, com duas armas na mão e na cintura foram levados espremidos e proibidos de falar um com o outro ou com eles.

b) Sem podermos conversar ou falar algo, fomos levados nos amedrontadores carros da polícia com dois agentes armados, no meio dos quais estávamos espremidos.

c) Dois agentes com metralhadoras e pistolas, espremidos nos sinistros carros da época, estavam proibidos de falar conosco.

d) Com metralhadoras e pistolas na cintura, os dois agentes nos carros sinistros da época foram levados proibidos de falar com eles.

e) Espremidos e com pistolas na cintura, fomos proibidos de falar um com o outro ou com os dois agentes que estavam sinistros naqueles carros da época.

 

Texto para questões 4,5 e 6

Livro relembra os 70 anos do ‘Pearl Harbor’ brasileiro

Rodrigo Petry

O ingresso do Brasil na Segunda Guerra Mundial completa este mês 70 anos. Entre os dias 15 e 17 de agosto de 1942, um submarino alemão, batizado U-507, atacou cinco navios brasileiros na costa nordestina. Assim como os ataques japoneses à base norte-americana de Pearl Harbor, em 1941, foram determinantes para o ingresso dos Estados Unidos na Segunda Guerra, o episódio nas águas brasileiras da Bahia e Sergipe também provocou o envio das tropas brasileiras ao conflito mundial. Detalhes sobre estes acontecimentos são desvendados com o livro, recém-lançado, “U-507 – O Submarino que afundou o Brasil na Segunda Guerra Mundial”, do jornalista Marcelo Monteiro, com prefácio de Luis Fernando Verissimo.

A dimensão do drama humano dos ataques do submarino alemão está no fato de que ao longo de um ano de batalhas na Itália, para onde a Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi enviada, 465 soldados foram mortos. “Apenas naqueles três dias de agosto de 1942 foram 607 civis brasileiros mortos”, destaca o autor do livro, Marcelo Monteiro. Ele compara o episódio brasileiro ao ataque japonês a Pearl Harbor, que vitimou 2,4 mil norteamericanos. “Guardadas as devidas proporções, é claro, o U-507 é o nosso Pearl Harbor. Só que, nos Estados Unidos, todos conhecem o episódio, em detalhes. Aqui, no Brasil poucos sequer ouviram falar no U-507”, afirma.

Após os ataques com torpedos do submarino alemão U-507 aos navios na costa brasileira, o governo do presidente Getúlio Vargas, que até então mantinha o país em uma posição neutra em relação ao conflito global, foi obrigado a ceder à revolta popular que o episódio gerou, declarando guerra às nações do chamado bloco do “Eixo”, liderado pela Alemanha, Itália e Japão. Assim, o Brasil ingressou nos campos de batalha apoiando o bloco dos “Aliados”, liderados por Estados Unidos, antiga União Soviética e Reino Unido.

O livro-reportagem conta a história de alguns dos personagens que vivenciaram os torpedeamentos do U-507. Segundo o autor, a apuração começou pela busca, em especial, por uma das sobreviventes do navio Itagiba, um dos atacados pelo Eixo, em 17 de agosto de 1942. À época, com quatro anos, Walderez Cavalcante foi resgatada após permanecer horas boiando dentro de uma caixa de madeira. “Por mais de dois anos a procurei, a partir de catálogos telefônicos. Com mais de 74 anos, pensava eu, já havia morrido. Fiz, então, uma tentativa desesperada nas redes sociais e, para minha surpresa, lá estava dona Walderez, ostentando em seu perfil o orgulho de ter sobrevivido ao naufrágio”, diz Monteiro.

O livro resgata reportagens publicadas pela imprensa nacional durante a segunda quinzena de agosto de 1942, arquivadas em bibliotecas, museus e fundações em Salvador (BA), Valença (BA), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS). Em conjunto, vários documentos oficiais militares são apresentados, ajudando a explicar as razões que levaram o Brasil a entrar na guerra. “Em geral, se fala da consequência, da participação da FEB no front italiano, mas nunca se comenta a causa, ou seja, o que levou o Brasil a declarar guerra. O livro busca preencher essa lacuna”, explica Monteiro.

Além das notas oficiais expedidas pelos governos brasileiro e alemão, divulgadas pela imprensa da época, outra peça fundamental para apuração, diz o autor, foi o diário de bordo do U-507, assinado pelo comandante do submarino, com detalhes sobre o deslocamento e os registros dos ataques em águas brasileiras. Após três anos e meio de pesquisa, o autor questionou no livro algumas informações que se perpetuaram ao longo da história sobre o episódio, como a quantidade de disparos do submarino alemão a cada navio brasileiro, de ataques com metralhadoras e até saques às pequenas embarcações que resgatavam os sobreviventes.

Outro fato curioso seria a presença, nos navios, de “romeiros”, que seguiam para um Congresso Eucarístico, que aconteceria em setembro daquele ano, em São Paulo. “Tratando-se de um país extremamente religioso, é possível que tal boato não tenha sido erro de apuração jornalística, mas sim uma versão elaborada, propositadamente, com o sentido de aumentar ainda mais a revolta popular e consequente mobilização para entrada na guerra”, afirma, argumentando que dos cinco navios atacados, quatro faziam o sentido inverso, partindo da região Sudeste, e a outra embarcação estava carregada de sucata.

4. Presentes no título, as aspas simples têm por função:

a) instaurar efeito de sentido pelo emprego de linguagem simbólica, pela substituição de figuras de linguagem.

b) evidenciar apenas o emprego de linguagem figurada, pois se não fossem as aspas, não se instauraria o sentido figurado.

c) ressaltar a linguagem referencial, uma vez que se trata de nome estrangeiro.

d) reforçar o sentido figurado da expressão que, ao substituir um nome por outra denominação, dela transfere características para uma descrição com base nas qualidades do possuidor.

e) acrescentar informações com base no emprego de linguagem referencial, uma vez que não há transferência de sentido de um nome por outra denominação.

 

5. “Assim como os ataques japoneses à base norte-americana de Pearl Harbor, em 1941, foram determinantes para o ingresso dos Estados Unidos na Segunda Guerra, o episódio nas águas brasileiras da Bahia e Sergipe também provocou o envio das tropas brasileiras ao conflito mundial.” (primeiro parágrafo). *

A palavra destacada pode ser substituída, sem prejuízo de significado, por:

a) qualquer.

b) tal.

c) desse.

d) portanto.

e) modo.

 

6. Ao longo do texto, as aspas duplas são empregadas com distintas funções. No último parágrafo, são duas ocorrências. Aponte a função de cada uma delas, na ordem em que aparecem no texto:

a) reproduzir fala do autor do texto; acentuar tom irônico.

b) apresentar perspectiva satírica; ressaltar fala de Rodrigo Petry.

c) destacar ironia; evidenciar discurso direto do autor do livro.

d) demarcar a ideia de indivíduos andantes que viajam por muitos lugares; destacar fala do autor do texto jornalístico.

e) reforçar sentido de expressão sarcástica; demarcar discurso direto de Rodrigo Petry.

 

7. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:

a) ascensão – irascível – sucinto – reivindicar

b) cumeeira – previnido – maciço – ogeriza

c) impecilho – escassez – obseção – exegese

d) superstição – previlégio – recisão – coalizão

e) pezaroso – hesitar – inexorável – sucetível

 

8. Num dos provérbios abaixo não se observa a concordância prescrita pela gramática. Indique-o.

a) Não se apanham moscas com vinagre.

b) Casamento e mortalha no céu se talha.

c) Quem ama o feio, bonito lhe parece.

d) De boas ceias, as sepulturas estão cheias.

e) Quem cabras não tem e cabritos vende, de algum lugar lhe vêm.

 

9. Indique a alternativa correta.

a) Tratavam-se de questões fundamentais.

b) Comprou-se terrenos no subúrbio.

c) Precisam-se de datilógrafas.

d) Reformam-se ternos.

e) Obedeceram-se aos severos regulamentos.

 

10. Assinale a única frase incorreta.

a) Não lhe obedecerei mais, pois já me sinto adulto.

b) Não nos foi possível assistir a todas as comemorações militares

c) Prefiro ser livre a prender-me a uma milionária.

d) Onde você vai hoje? — Vou a todas as ruas comerciais da cidade.

e) Custa-me crer que ele seja assim.

 

Inglês

Read the article and answer the questions below.

LIBERAL California is on its way to becoming the first American state to mandate gender diversity in companies at board level. A bill approved by the state senate on August 30th requires publicly traded firms headquartered in California to have at least one woman on their boards by the end of next year. By 2021 they would be required to give women at least 40% of board seats. “It’s not only the right thing to do. It’s good for a company’s bottom line.” So said Hannah-Beth Jackson, one of the senators who proposed the bill. Some business leaders are unconvinced and are threatening to launch an appeal against the law. Are they right to worry?

It was Norway that pioneered the idea. From 2008 it obliged listed companies to have women in at least 40% of board seats or face dissolution. Over the next five years more than a dozen countries, mostly western European, adopted similar quotas. In Belgium, France and Italy firms that fail to comply can be fined, dissolved or banned from paying directors. Germany, Spain and the Netherlands prefer quotas without sanctions. Britain opted for guidelines, and names and shames companies that fall short. In some countries the share of women among directors of large companies has grown four- or five-fold since 2007.

Nearly two-thirds of public firms in California have fewer than two female directors. Opponents of quotas say that this reflects the scarcity of women in upper management. A quota, they warn, would see boards being stuffed with inexperienced, token women. Another concern is that a small number of highly qualified women, known as “golden skirts”, would be stretched thinly across too many boards. But in Europe, such fears have not been realized. In large listed European companies “golden trousers” are almost as common: 15% of male directors sit on three or more boards; 19% of female directors do. Worries that quotas would lead to the appointment of under-qualified female directors also appear misplaced. A study of Italy’s 33% quota found that female directors at the biggest firms were more likely than their pre-quota predecessors to have professional degrees and qualifications. Norway’s quota led to a similar outcome. Elsewhere the picture has been more mixed, though, with female directors appointed after quotas likely to be younger, less experienced and, in some countries, foreign.

Does any of this affect how well companies do? Some “snapshot” studies show that companies with more women on their boards have better returns and are less likely to be beset by fraud or shareholder battles. But causation is hard to prove. Studies comparing firms’ performance before and after quotas were introduced have been inconclusive. Some have found positive effects on firms’ results; others the opposite. One Italian study found an initial increase in stock price when female directors were elected to firms affected by the quota. But it found no effect on any of seven measures of firms’ performance, including profit, output, debt and return on assets. A French study offers one clue for why the addition of more women has not made a consistent difference. It concluded that the country’s new quota system led to changes in the way the boards made decisions. But there was no change in the substance of the decisions. It also found that the process did not change because the new members were women. It was because they were likely to be outsiders. Perhaps it is too early to judge the effect of quotas on companies’ performance. But if Europe’s experience offers any guidance, expectations that California’s new law could dramatically boost or hurt corporate performance are exaggerated.

Fonte: The Economist, 3 de Setembro, 2018, adaptado.

1) After reading the first paragraphs, which statements are true?

I. Even though some Western European countries have adopted quotas, they have different systems.

II. In some countries that adopted the quotas system, the percentage of women among directors of large companies has slightly grown.

III. Britain prefers to point out the companies who are following the quotas system, while countries like Belgium, France, and Italy prefer fines for companies that do not comply with their quota rules.

IV. The position of director in public firms in California is composed mostly of men.

a) I, II, III, IV

b) I, II, III

c) II, III, IV

d) I, IV

 

2) Read this part of the article: “Opponents of quotas say that this reflects the scarcity of women in upper management. A quota, they warn, would see boards being stuffed with inexperienced, token women.”

What do the opponents of quotas mean when they use the term “token women”?

a) women who are just a representation of the quota.

b) women who are unskilled.

c) women who are just goods.

d) women who are incompetent.

 

3) What does the article conclude about the use of quotas in boardrooms and its effect inside the companies?

a) It concludes that there are several examples of success in many European countries and that California will probably follow them.

b) It concludes that companies in Europe presented a substantial increase in stock prices, while profit, output, debt, and return on assets had low performance.

c) It concluded that so far there have been many studies in different countries indicating varied results, which is why it is hard to affirm that quotas will significantly improve or worsen corporate performances.

d) It concludes that quotas are hazardous specifically to places with a lack of competent and qualified female executives.

 

Read the article and answer the question below.

We hear a lot these days that modern digital technology is rewiring the brains of our teenagers, making them anxious, worried and unable to focus.

Despite news reports to the contrary, there is little evidence of an epidemic of anxiety disorders in teenagers. This is for the simple reason that the last comprehensive and representative survey of psychiatric disorders among American youth was conducted more than a decade ago, according to Kathleen Ries Merikangas, chief of the Genetic Epidemiology Research Branch at the National Institute of Mental Health.

There are a few surveys reporting increased anxiety in adolescents, but these are based on self‐ reported measures — from kids or their parents — which tend to overestimate the rates of disorders because they detect mild symptoms, not clinically significant syndromes.

So what’s behind the idea that teenagers are increasingly worried and nervous? One possibility is that these stories are the leading edge of a wave of anxiety disorders that has yet to be captured in epidemiological surveys. Or maybe anxiety rates have risen, but only in the select demographic groups — the privileged ones — that receive a lot of media attention.

But it’s more likely that the epidemic is simply a myth. The more interesting question is why it has been so widely accepted as fact.

One reason, I believe, is that parents have bought into the idea that digital technology — smartphones, video games and the like — are neurobiologically and psychologically toxic. If you believe this, it seems intuitive that the generations growing up with these ubiquitous technologies are destined to suffer from psychological problems. But this dubious notion comes from a handful of studies with serious limitations.

Some studies report an association between increased time spent on electronic communication and screens and lower levels of psychological well‐being. The problem is that they show only correlation. It is entirely possible that teenagers who are more anxious and unhappy to start with are more drawn to smartphones to deflect their negative emotions than their better‐adjusted peers.

Another group of studies use M.R.I. to examine the brains of young people who are “addicted” to internet video games, and report various structural and functional differences. For example, one study reported that a group of 17 teenagers with online gaming “addiction” had microstructural changes in various brain regions compared with a control group.

But, once again, these studies cannot tell us whether the brain abnormalities are the result of excessive internet use, or a pre‐existing risk factor for it.

What about the claim that smartphones can be literally addicting, like illicit drugs? This appears to be based on a few M.R.I. studies that show that kids with online gaming “addiction” have enhanced activation in their brain’s reward pathway when shown gaming images.

No surprise there. If I scan your brain while showing you whatever it is that turns you on — sex, chocolate or money, say — your reward pathway will light up like a Christmas tree. But that hardly means you are addicted to these things.

The real question is whether digital technology can produce the enduring changes in the brain that addictive drugs do. There is little evidence that this is the case. And while an alcoholic deprived of his drink can go into life‐threatening withdrawal, I have yet to see an adolescent in the emergency room with smartphone withdrawal — just a sullen teenager who wants his device back.

Considering all this, why do so many parents still insist that their teenager has a problem with anxiety? I fear that it reflects a cultural shift toward pathologizing everyday levels of distress.

There is a difference between an anxiety disorder and everyday anxiety. The first impairs people’s ability to function because they suffer from excessive anxiety even when there is little or nothing to be anxious about. The second is a perfectly normal and rational response to real stress. Teenagers — and people of all ages — will and should feel anxious occasionally.

Some would argue that young people today are more worried because the world is now in a more parlous state, what with intense competition for college and the lingering effects of the Great Recession, among other factors. Sure, but then that anxiety is an appropriate response to life’s challenges — not a disorder.

Of course this is anecdotal, but as a psychiatrist, I haven’t seen an increase in the number of patients suffering from true anxiety disorders, who need therapy and often medication to keep their affliction in check. What I have noticed is that more of my young patients worry a lot about things that don’t seem so serious, and then worry about their worry.

A few patients in their early 20s, for example, were under a lot of stress at work, and were alarmed by a few nights of poor sleep. None of them were clinically depressed, yet they were convinced that their insomnia would seriously impair their work or make them physically sick. All were surprised and easily reassured when I told them there was little cause for concern. Why, I wondered, didn’t they know this without me?

I got a clue when, for the first time a few years ago, I received a phone call from the mother of a teenage patient. She was concerned that her son was unhappy in the wake of a breakup with his girlfriend and asked me to call him to “check on him.”

Since there was nothing more than a vague worry about his unhappiness — a perfectly normal response to romantic disappointment — I told her that he could always contact me if he needed to.

Since then, I have received similar calls from parents worried about their teenagers’ ability to handle everyday adversity — for example, underperforming on a high‐stakes exam or failing to get a summer job.

These well‐meaning parents are conveying to their kids that their emotional responses to difficult but ordinary experiences are not to be taken in stride.

The truth is that our brains are both more resilient and more resistant to change than we think. The myth of an epidemic of anxiety disorder rooted in a generation’s overexposure to digital technology reveals an exaggerated idea about just how open to influence our brains really are.

Yes, our brain has evolved to learn and extract critical information from the environment, but there are limits to neuroplasticity. Even when we are young and impressionable, our brains have molecular and structural brakes that control the degree to which they can be rewired by experience (and these tighten as we age).

This is a good thing; without these limits, we would be at risk of overwriting — and losing — accumulated knowledge that is critical to our survival, to say nothing of our identity.

It’s good to keep in mind that the advent of new technology typically provokes medical and moral panic. Remember all those warnings that TV would cause brain rot? Never happened. The notion that the brain is a tabula rasa that can be easily transformed by digital technology is, as yet, the stuff of science fiction.

The New York Times, 7 de Setembro, 2018. Adaptado

4. “But this dubious notion comes from a handful of studies with serious limitations.”

Which word could replace “dubious” without losing its meaning in the context?

a) trustworthy

b) corrupt

c) unreasonable

d) unreliable

 

5. Which statements are correct about the author’s point of view?

I. he believes there is a lack of recent research involving youngsters and anxiety disorders.

II. the few surveys that report increased anxiety in adolescents cannot be taken seriously since they are not epidemiologically based.

III. He believes anxiety disorders have always been a myth.

IV. Anxiety rates have increased only among the wealthy adults.

a) I, II

b) I, II, IV

c) I, II, III, IV

d) I, III, IV

 

6. Choose the incorrect statement:

a) The author belittles studies that show intense activity in our reward pathway when our brains are teased by what makes us excited.

b) An alcoholic, when deprived of his drink, could die of reactions from the withdrawal.

c) Teenagers when suddenly deprived of his smartphone could have considerable psychological setbacks.

d) Anxiety has been bolstered by uncertain times in our world today, but, according to the author, it’s a perfectly normal response to this moment.

 

7. Read the excerpt below.

These well-meaning parents are conveying to their kids that their emotional responses to difficult, but ordinary experiences are not to be taken in stride.”

What does the author mean by this paragraph?

a) That these well-meaning parents are accepting that their kids are capable of dealing with their ordinary experiences as something normal.

b) That these well-meaning parents are telling their kids that their emotional responses to difficult shouldn’t be dealt with professional help.

c) That these well-meaning parents are convincing their kids that their reaction to their emotional problems should be delayed.

d) That these well-meaning parents are telling their kids that their emotional response to adversity should not be dealt as part of life.

 

Read the article below and answer the questions.

Even the occasional drink is harmful to health, according to the largest and most detailed research carried out on the effects of alcohol, which suggests governments should think of advising people to abstain completely.

The uncompromising message comes from the authors of the Global Burden of Diseases study, a rolling project based at the University of Washington, in Seattle, which produces the most comprehensive data on the causes of illness and death in the world.

Alcohol, says their report published in the Lancet medical journal, led to 2.8 million deaths in 2016. It was the leading risk factor for premature mortality and disability in the 15 to 49 age group, accounting for 20% of deaths.

Current alcohol drinking habits pose “dire ramifications for future population health in the absence of policy action today”, says the paper. “Alcohol use contributes to health loss from many causes and exacts its toll across the lifespan, particularly among men.”

Most national guidelines suggest there are health benefits to one or two glasses of wine or beer a day, they say. “Our results show that the safest level of drinking is none.”

The study was carried out by researchers at the Institute of Health Metrics and Evaluation (IHME), who investigated levels of alcohol consumption and health effects in 195 countries between 1990 to 2016. They used data from 694 studies to work out how common drinking was and from 592 studies including 28 million people worldwide to work out the health risks.

Moderate drinking has been condoned for years on the assumption that there are some health benefits. A glass of red wine a day has long been said to be good for the heart. But although the researchers did find low levels of drinking offered some protection from heart disease, and possibly from diabetes and stroke, the benefits were far outweighed by alcohol’s harmful effects, they said.

Drinking alcohol was a big cause of cancer in the over-50s, particularly in women. Previous research has shown that one in 13 breast cancers in the UK were alcohol-related. The study found that globally, 27.1% of cancer deaths in women and 18.9% in men over 50 were linked to their drinking habits.

In younger people globally the biggest causes of death linked to alcohol were tuberculosis (1.4% of deaths), road injuries (1.2%), and self-harm (1.1%).

In the UK, the chief medical officer Sally Davies has said there is no safe level of drinking, but the guidance suggests that drinkers consume no more than 14 units a week to keep the risks low. Half a pint of average-strength lager contains one unit and a 125ml glass of wine contains around 1.5 units.

While the study shows that the increased risk of alcohol-related harm in younger people who have one drink a day is small (0.5%), it goes up incrementally with heavier drinking: to 7% among those who have two drinks a day (in line with UK guidance) and 37% for those who have five.

One in three, or 2.4 billion people around the world, drink alcohol, the study shows. A quarter of women and 39% of men drink. Denmark has the most drinkers (95.3% of women, and 97.1% of men). Pakistan has the fewest male drinkers (0.8%) and Bangladesh the fewest women (0.3%). Men in Romania and women in Ukraine drink the most (8.2 and 4.2 drinks a day respectively), while women in the UK take the eighth highest place in the female drinking league, with an average of three drinks a day.

“Alcohol poses dire ramifications for future population health in the absence of policy action today. Our results indicate that alcohol use and its harmful effects on health could become a growing challenge as countries become more developed, and enacting or maintaining strong alcohol control policies will be vital,” said the report’s senior author, Prof Emmanuela Gakidou.

“Worldwide we need to revisit alcohol control policies and health programes, and to consider recommendations for abstaining from alcohol. These include excise taxes on alcohol, controlling the physical availability of alcohol and the hours of sale, and controlling alcohol advertising. Any of these policy actions would contribute to reductions in population-level consumption, a vital step toward decreasing the health loss associated with alcohol use.”

Dr Robyn Burton, of King’s College London, said in a commentary in the Lancet that the conclusions of the study were clear and unambiguous. “Alcohol is a colossal global health issue and small reductions in health-related harms at low levels of alcohol intake are outweighed by the increased risk of other health-related harms, including cancer,” she wrote.

“There is strong support here for the guideline published by the Chief Medical Officer of the UK who found that there is ‘no safe level of alcohol consumption’.”

Public health policy should be to prioritize measures to reduce the numbers who drink through price increases, taxation, or setting the price according to the strength of the drink (minimum unit pricing), followed by curbs on marketing and restricting the places where people can buy alcohol.

“These approaches should come as no surprise because these are also the most effective measures for curbing tobacco-related harms, another commercially mediated disease, with an increasing body of evidence showing that controlling obesity will require the same measures,” she wrote.

Ben Butler, a Drinkaware spokesperson, said: “This new study supports existing evidence about the harms associated with alcohol. Our research shows that over a quarter of UK adults typically exceed the low risk drinking guidelines and are running the risk of serious long term illnesses.”

But David Spiegelhalter, Winton professor for the public understanding of risk at the University of Cambridge, said the data showed only a very low level of harm in moderate drinkers and suggested UK guidelines were very low risk.

“Given the pleasure presumably associated with moderate drinking, claiming there is no ‘safe’ level does not seem an argument for abstention,” he said. “There is no safe level of driving, but government do not recommend that people avoid driving. Come to think of it, there is no safe level of living, but nobody would recommend abstention.”

The Guardian, 23 de Agosto, 2018. Adaptado

 

8. When the article affirms that the message from the authors of the Global Burden of Diseases study is “uncompromising”, it means:

a) the message is not completely definite.

b) it does not want to compromise.

c) it does not accept other possibilities.

d) it is oppressive in its content.

 

9. Choose the correct option:

a) alcohol in moderate levels could be healthy for people with heart diseases, diabetes and stroke.

b) drinking could lead to cancer, specially among women of middle-age, while men get away without much consequences.

c) young people can die of alcohol-related diseases such as tuberculosis and road injuries, but the percentage is low.

d). the risk of alcohol-related harm among younger people who drink one drink a day does not differ substantially from those who drink heavily.

 

10. Choose the correct affirmations.

I. The article compares alcohol, tobacco and obesity because the measures to combat them are quite easy and similar.

II. According to Ben Butler, way more than a quarter of adults in the UK are drinking more than the low risk drinking guidelines, consequently, putting themselves in danger concerning long-term illnesses.

III. According to David Spiegelhalter, he does not take the data so seriously, and contests the idea of safe levels, not only in drinking, but also in other activities such as driving.

a) I, II

b) II, III

c) I, II, III

d) III