Manual da Redação orienta a conduta de jornalistas nas redes sociais

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Uma das novidades da última edição do Manual da Redação da Folha é a inclusão de orientações para o comportamento profissional dos jornalistas nas redes sociais.

Em sua quinta e mais ampla versão, o manual estabelece diretrizes de conduta ética que os profissionais devem seguir tanto no ambiente offline quanto no online para que a sua credibilidade e a do jornal não sejam colocadas em risco. Para a Folha, a credibilidade é o maior patrimônio do jornalismo.

O Manual recomenda que os profissionais tenham em mente que, nas redes, a imagem pessoal tende a se misturar com a profissional, e por isso desencoraja a manifestação de opiniões sobre assuntos da sua área de cobertura e de preferências partidárias ou futebolísticas. “Ainda que o jornalista declare que aquele perfil é pessoal, ele pode ter sua isenção questionada”, diz a secretária-assistente de Redação Giuliana Vallone.

Folha reconhece que a presença de seus jornalistas nas redes sociais é importante para a identificação de pautas e personagens, mas alerta que todo conteúdo compartilhado na internet “é público, nunca vai desaparecer, e pode ser facilmente tirado do contexto de forma maliciosa”, como explica a repórter especial Vera Guimarães, uma das integrantes da Comissão do Manual.

Publicado desde 1984 e disponibilizado para o público externo, o Manual da Redação da Folha (edPublifolha, 488 págs., R$ 67,30) chega a sua nova edição dividido em quatro partes. Na primeira, consta o Projeto Editorial do jornal; na segunda, as normas éticas e práticas para a atuação jornalística; na terceira, as regras de padronização da escrita; na quarta, os anexos temáticos que reúnem informações básicas sobre assuntos recorrentes no noticiário.