Manual da Redação orienta a dar às coisas o nome que elas têm
Entre as orientações do Manual da Redação da Folha está a de dar às coisas o nome que elas têm, como manda o bom jornalismo.
A quinta e mais ampla edição do manual, que é disponibilizado também para o público externo, segue com o objetivo de traduzir em normas simples o tipo de jornalismo praticado pela Folha.
Sua função vai além da apresentação de orientações sobre o bom uso do português, ele oferece uma carta de princípios e práticas que são ferramenta para acompanhar e criticar o trabalho da Redação.
Segundo o coordenador da Comissão do Manual, Uirá Machado, a publicação “tem uma preocupação com o uso preciso das palavras e o caráter pejorativo que elas possam expressar”. Nesta edição, foram incluídas as questões de gênero, por exemplo.
E a Folha recomenda que o jornalista utilize a identidade declarada pela pessoa. Ao tratar de pessoas com deficiência, “A palavra objetiva abre as portas para o outro”, diz o colunista Jairo Marques.
E ao falar de velhice, de tortura e de morte, “a Folha não banaliza termos, mas não suaviza nada para atender a um grupo de interesse”, como explica a editora de Mundo, Luciana Coelho.
O Manual da Redação, publicado desde 1984, tem sua nova edição dividida em quatro partes. A primeira tem o Projeto Editorial da Folha; a segunda, as normas de conduta para os profissionais; a terceira, referências de estilo para aprimorar a escrita e a quarta, informações básicas sobre áreas presentes no noticiário.