Com nova abordagem nas mídias sociais, ProPublica ‘enfrenta’ Trump
Quando Sean Spicer, secretário de imprensa da Casa Branca, chamou o ProPublica de “blog de esquerda, tentando deslegitimar suas reportagens sobre as mudanças nas regras de administração de um trust de Donald Trump, o site de jornalismo investigativo estava pronto para devolver na mesma moeda.
“Já que trabalhamos com fatos, decidimos que responderíamos com alguns”, tuitou o ProPublica em 3 de abril. Essa foi a primeira de uma série de 16 postagens seguidas no microblog, com fatos sobre como o site cobra responsabilidade de agentes públicos.
Nos dois últimos tuítes, o ProPublica citou nominalmente Sean Spicer, perguntando-lhe se ele gostaria de saber alguma outra coisa, além de agradecer ao secretário de imprensa da gestão Donald Trump pelos novos seguidores.
Esse tipo de ação é parte de um esforço concentrado do site — que começou à época da eleição de Trump– para renovar sua estratégia de engajamento em mídias sociais.
“Estamos numa era em que há muita desinformação, muito absurdo. Falar sem rodeios, mas de uma maneira justa e precisa é perfeitamente apropriado para a realidade atual”, diz Eric Umansky, editor-adjunto do ProPublica ao Nielman Lab.
Umansky comanda uma equipe de engajamento que se reveza semanalmente para tomar conta das redes sociais do site –antes, apenas uma pessoa, fixa, era responsável pelo trabalho.
O site pede a seus funcionários para que destaquem as partes mais chamativas de suas matérias –sejam elas aspas, alguns parágrafos etc. O repórter que estiver na função de engajamento na semana transforma esses destaques em histórias atraentes nas mídias sociais.