‘Millenials’ são disputados por veículos de imprensa nos Estados Unidos
A “geração Y” ou “millenials”, dos que nasceram entre a década de 1980 e o final do século passado e que cresceram em um ambiente de forte desenvolvimento tecnológico, vem se tornando alvo prioritário dos meios de comunicação e dos anunciantes.
Segundo texto da revista “Politico Media”, os “millenials” são mais abertos a novas marcas, enquanto pessoas mais velhas têm hábitos arraigados e, em alguns casos, gastam menos que os jovens. Atualmente, a “geração Y” engloba cerca de 82 milhões de pessoas só nos Estados Unidos.
Empresas jornalísticas tradicionais, no entanto, ainda encontram dificuldades para vender versões digitais de seus produtos a essa faixa da população.
Alguns dos veículos de imprensa criados nos últimos anos, como “Vice”, “Buzzfeed” e “Vox Media”, já nasceram tendo como foco essa parcela do público. Ao mesmo tempo, empresas que existem há mais tempo vêm traçando estratégias, principalmente com uso de redes sociais, para atrair os “millenials”.
O artigo lista os veículos de comunicação americanos que os leitores da “geração Y” acompanham com maior frequência. Quem tem maior êxito nesse grupo é a rede de TV CNN, que atinge 71% dos “millenials”, segundo estudo feito pela empresa de análise de internet comScore, em junho deste ano. Em segundo e terceiro lugar, respectivamente, ficaram a rede Yahoo!-ABC News, com 64%, e o “Buzzfeed”, com 60%.
O site da “Vice” é o que detém a maior porcentagem de “millenials” dentro de sua audiência. Quase dois a cada três de seus leitores têm entre 18 e 34 anos. Em comparação, grandes empresas de comunicação, como o jornal “The New York Times” e o canal de TV NBC News, têm em média apenas um terço de sua audiência formado por “millenials”.
Criador de uma nova empresa jornalística voltada para os “millenials”, o site “The Outline”, Josh Topolsky diz que “esse é o público que está mudando o mundo agora”.
“Estou muito interessado em saber quais são as publicações que impactam essa geração, que falam com eles de forma inteligente, que respeitam seu apetite por mudanças e por viver em um grande mundo novo”, afirma.