Espírito olímpico de 2012 continua vivo em Londres
POR LEONARDO SANCHEZ
Uma das maiores preocupações de um país prestes a sediar um grande evento internacional é transformar investimento em legado. É o que o Brasil tem enfrentado desde o fim da Copa, em 2014, e precisará encarar novamente após as Olimpíadas de 2016.
Última sede dos Jogos, Londres recebeu um investimento público de cerca de 9,3 bilhões de libras (R$ 52 bilhões) nas vésperas de 2012. Três anos depois, os ingleses provaram que é possível promover um evento desse porte sem criar os chamados “elefantes brancos.”
Uma visita ao velódromo, no Parque Olímpico, é prova disso. Construído com cerca de 100 milhões de libras (R$ 560 milhões), o espaço ficou praticamente inalterado após os Jogos. Ele continua sediando eventos de ciclismo importantes, mas nas horas vagas fica aberto para o público, que com cerca de 35 libras (R$ 196) e um pouco de experiência, pode aproveitar a sua pista de madeira.
Enquanto isso, algumas salas são alugadas para clínicas de fisioterapia e outras são transformadas em academias de spinning, em uma região revitalizada exclusivamente para os Jogos.
Tudo isso para permitir que a população — e também os turistas — aproveitem o VeloPark e mantenham vivo o espírito olímpico.