Um almoço no metrô londrino

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Por Rafael Balago

Comer em movimento, no caminho entre uma pauta e outra, é frequente na vida de um repórter. Durante a visita a Londres, não fugimos à regra: um dos almoços foi feito a bordo do Tube, o colorido e extenso metrô local.

Enquanto comia meu sanduíche, percebi logo que não era o único: ao meu lado, uma mulher mordia um salgado enquanto mexia no celular. À frente, um homem se sentou, pegou uma salada caesar de uma sacola e começou a montá-la: tirou o molho de um sachê, os croutons de um potinho e usou talheres de plástico para misturar tudo.

Nas ruas da capital do Reino Unido, há muitas opções para quem quer almoçar sem parar numa lanchonete. Há redes especializadas em comida para levar que servem sanduíches, sopas, massas e frutas cortadas em potes. Esses produtos também são encontrados em supermercados, cafeterias e outros pontos comerciais.

Almoçar um lanche em vez de um prato completo tem origem cultural. Como o café da manhã tradicional britânico inclui alimentos ricos em calorias e proteínas como ovos, batatas, salsichas e bacon, a fome é menor no meio do dia.

Depois de terminar meu sanduíche, tomar um suco e comer um pedaço de bolo de sobremesa, sobrou um saco cheio de embalagens plásticas descartáveis, a serem deixadas na lixeira da próxima estação. Nela, quase não havia espaço para mais plásticos. Comer na rua economiza tempo, mas gera muito mais resíduos do que parar em um restaurante, onde pratos e copos podem ser lavados e reutilizados inúmeras vezes.

A Folha viajou a Londres a convite da missão diplomática britânica no Brasil.

Usuários em estação de metrô em Londres (Andy Rain/ EFE)
Usuários em estação de metrô em Londres (Andy Rain/ EFE)