Guia da Universidade de Columbia dá dicas para a cobertura de tragédias

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Desenvolvido pelo departamento de jornalismo da Universidade de Columbia (EUA), o projeto Dart Center for Journalism and Trauma dedica-se a ajudar jornalistas que poderão participar da cobertura de tragédias e de zonas de conflito.

Leia abaixo alguns dos conselhos dos jornalistas Joe Hight e Frank Smyth, membros do projeto:

1. Entenda que a sua cobertura de um evento traumático terá impacto sobre seus leitores, telespectadores ou ouvintes. Lembre que o tom da cobertura pode influenciar a reação da comunidade à tragédia.

2. Escreva histórias sobre a vida das vítimas e a sua participação na comunidade. Essas pequenas histórias devem falar sobre as vítimas: seus hobbies, o que as tornava especiais, e como suas vidas tinham efeito sobre as das outras.

Em muitos casos, parentes aceitam conversar quando percebem que o repórter está escrevendo esse tipo de história. Em 1995, após o atentado de Oklahoma, o jornal “The Oklahoman” chamou essas histórias de “Profiles of Life” (Perfis da Vida).

No atentado ao World Trade Center, em 11 de setembro de 2011, o “New York Times” nomeou essas reportagens de Portraits of Grief (Retratos da Tristeza).

Essas histórias podem ser publicadas diariamente até que todas as vítimas tenham sido destacadas.

3. Promova fóruns para saber o que as pessoas da comunidade estão pensando. Disponibilize o serviço de como é possível ajudar as vítimas. “Jornalistas e terapeutas enfrentam desafios semelhantes quando percebem que seus pacientes/fontes estão em risco de se machucarem ainda mais.

As técnicas podem ser diferentes, mas o objetivo é o mesmo: informar sobre formas de ajuda”, diz o médico Frank M. Ochberg, do comitê executivo do Dart Center for Journalism and Trauma.

4. Constantemente faça essa pergunta a si mesmo: “O que o público precisa saber e quanta cobertura é demais?”

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