Jornalista: um profissional que lida, sim, com números

Sabine Righetti

Erra quem diz que escolheu ser jornalista porque não gosta de números. Eles estão na maioria das reportagens.

Os números e sua interpretação podem transformar dados em uma história a ser contada.

A comparação entre um indicador ao longo do tempo pode sinalizar, por exemplo, se a quantidade de analfabetos aumentou ou caiu.

Ou se os pedidos de patentes no Brasil estão evoluindo.

E se o gasto público de um determinado setor está crescendo.

Dificilmente uma boa história, mesmo que não venha dos números, fique livre deles.

Comparações e porcentagens estão em todos os lugares.

Quer ver?

Trago alguns trechos de matérias que estão agora, nesse momento, destacadas na home da Folha:

Manchete (Poder):  “Eles são acusados de atuar num esquema segundo o qual a Alstom pagou R$ 23,3 milhões, em valores atualizados, para fornecer equipamentos para três subestações elétricas da Eletropaulo e EPTE”

Destaque 1 (Cotidiano): “O percentual de operadoras que se mantêm no rol de sanções, porém, é maior. Das 47 punidas nesta semana, 31 (66%) já estavam na lista anterior de suspensões.”

Destaque 2 (Mercado): Os Estados que fecharam 2013 no azul – veja o infográfico da matéria

Um jornalista que não gosta dos números precisa pelo menos aprender a domá-los. Caso contrário, será vítima deles.

 

ps’ Esse post surgiu de uma conversa com o jornalista e ex-trainee Pedro Henrique Kuchminski, que hoje trabalha na Editoria de Treinamento da Folha

Comentários

  1. A utilização de dados e estatísticas não só ajudam na apuração do jornalista como podem originar gráficos, tabelas e infográficos. A disposição de números em algumas matérias torna a leitura chata e lenta, problema que a união de texto e arte pode resolver.

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