Massinha de modelar
Por Adriana Farias, redatora do caderno “Cotidiano”
Pautada para fazer os infográficos do caderno especial “Escolha a Escolha”, a designer Carolina Daffara, 28, estudou os temas que seriam tratados e pensou em um jeito diferente de abordá-los, tanto no impresso quanto no on-line.
Ela escolheu massinha! A mesma que a gente usava na escola para modelar aquela cobrinha desengonçada, mas que todos os pais achavam lindas.
“Como é um caderno especial, tivemos mais tempo para criar do que se fosse uma pauta para o fechamento do dia, e foi isso que possibilitou investir num material como a massa de modelar, que precisa de mais tempo para ser trabalhado do que uma ilustração feita no computador, por exemplo”, conta ela, que é formada em artes visuais pela Unesp.
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Na conversa abaixo, Carolina explica um pouco mais sobre esta criação que teve o objetivo de ajudar o leitor com mais uma fonte de informação.
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Como foi a criação dessas ilustrações com massinha?
Tive algumas ideias de usar materiais relativos à educação infantil e elas resultaram nas massinhas. A partir desta escolha, tive um tempo de adaptação ao material, de testes, de errar um pouco no processo pra chegar até a produção final. Fiz os bonequinhos sozinha, mas tive a ajuda da equipe de fotografia da “Folha” e do “Agora” para passá-los para o papel e alguns colegas também ajudaram com sugestões.
Como foi passar para o papel? Você usou algum software?
Como é uma massinha quase bidimensional, eu scaneei. Depois, fotografei em casa. Mas ficou uma droga, rs. Daí pedi ajuda pro pessoal da foto aqui na Redação. Eles fotografaram com fundo branco, me mandaram as imagens e eu dei uma tratada no Photoshop, mexi mais no contraste, porque para ser impresso o fundo tem que estar branco mesmo, chapado. Se tiver com o fundo meio acinzentado, isso sai na impressão.
Como esse tipo de arte pode enriquecer a reportagem?
Acredito que agrega em diversas esferas do nosso trabalho, pois cria-se mais uma camada de informação. As ilustrações em geral são utilizadas para ambientar o caderno, acrescentar outros dados que não estão no texto, representar as ideias contidas. Se tivesse escolhido outro jeito de ilustrar, isso tudo já seria transmitido, mas, nesse caso, o próprio material usado conversa com a pauta. É uma maneira de enriquecer a informação que está sendo transmitida.
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Veja outras artes em massinha da Carolina, como uma calculadora interativa para os pais estimarem os gastos com a educação dos filhos e a estrutura de uma escola.
O caderno “Escolha a Escola” foi coordenado e editado pela jornalista Daniela Mercier, com reportagens de Rayanne Azevedo, Úrsula Passos, Sabine Righetti e minhas. O projeto visual é de Clayton Bueno. Veja aqui .