Entendendo direito

rbotelho

Por Giulia Lanzuolo e Yajna Moreira, trainees da turma 55

Há uma semana recebemos um e-mail aterrorizante: leiam a apostila, vistam-se como se fossem visitar a avó do namorado no interior de Minas, não saiam à noite, cuidado para não voltar para a Redação em um saco plástico. O autor é Gustavo Romano, responsável pelo curso de direito dos trainees da Folha.

Ao ler a apostila elaborada por Romano adquirimos uma visão global das esferas de poder do Brasil, da tramitação das leis, do direito penal, entre outros assuntos do universo jurídico.

O aprendizado não fica na teoria. Depois de cinco horas de aula pela manhã, vamos para as ruas. Às 13h saímos, e às 17h um texto precisa estar nas mãos de Romano, como em um fechamento real. Se o texto não ficar pronto, não tem jornal.

Já escrevemos sobre projetos de lei. As apurações foram feitas na Câmara Municipal e na Assembléia Legislativa. O objetivo, de acordo com o professor, é criarmos desenvoltura para encarar políticos e entender o que seus gestos significam.

O segundo passo foi decifrar os processos criminais. Aprendemos com isso que, muitas vezes, a desonestidade e a desinformação reinam nos fóruns da cidade. O que é revelia? E um despacho? Embargo de declaração? Pouco a pouco, os termos técnicos passam a fazer parte do nosso vocabulário. Ainda assim, dúvidas podem surgir. Nem por isso podemos deixar de questionar a fonte.

Por último, percebemos a importância de agradecer diariamente às fontes pelo tempo dedicado. Somos orientados a telefonar para todos os entrevistados no fim do dia. O que pode parecer estranho tem como objetivo cativar a fonte. Afinal, o gari de hoje pode ser o ministro de amanhã.

Comentários

  1. Não entendi muito bem a referência à “desonestidade”. A utilização de termos técnicos (revelia, despacho, embargos de declaração) no direito significa ser desonesto ?

    Att.,
    Servidor público que trabalha no fórum.
    (ps: Gari também é profissão – Boris Casoy que o diga)

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