O centro à noite

rbotelho

Por Clara Velasco, trainee da turma 55

Apesar de ter deixado a Baía de Todos os Santos em 2007 e, desde então, ter adotado São Paulo como morada, nunca tive interesse em participar da Virada Cultural. Achava legal quem ia, mas não gostava da programação e continuava focada nas festinhas indies da Augusta.

Consegui não ser escalada para trabalhar na Virada nos lugares em que trabalhei com jornalismo até o ano passado – mas em 2013 não deu. E lá fui eu para o centro na noite deste sábado, pensando que o momento de enfrentar a festa finalmente tinha chegado.

Agora, depois de muitas horas mal dormidas, de correria para escrever o texto no celular e mandar para a Redação antes que o próximo show começasse e de diversos metrôs lotados, penso que avaliei mal a Virada.

O que importa não é a programação – mas, sim, perceber o quanto a cidade tem a oferecer. Andar no centro à noite, com várias pessoas passeando ao seu redor, é algo quase esotérico. Me fez pensar o quanto não conhecemos o lugar onde moramos – e como certos preconceitos podem nos privar de experiências interessantes como esta.

Como forasteira nesta cidade tão grande, posso dizer que me tornei um pouquinho mais paulistana ao participar da Virada Cultural – mesmo que apenas trabalhando.

Comentários

  1. Então esta senhora não viu o lixo nas ruas, o abandono de fachadas de casas e prédios, a escuridão da pouca iluminação pública e a bandidagem solta assaltando e matando no centro da cidade…

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