Ronda

rbotelho

Por Úrsula Passos, trainee da turma 55

Semana passada, nós, os trainees, começamos a frequentar a Redação aos fins de semana e feriados, para o plantão. Uma das minhas incumbências foi fazer a ronda.

Antigamente, antes da internet e quando se alugavam linhas telefônicas como se alugam casas, o jornalista saía de noite pela cidade visitando delegacias e procurando, quem sabe, por “cenas de sangue num bar da avenida São João”.

Hoje, fazer a ronda não exige sair às ruas, e ela não é feita apenas de noite. Agora, o jornalista precisa estar atento à internet, olhando páginas de jornais e portais de todo o Brasil, atualizando-as de tempos em tempos. Deve telefonar para polícia, bombeiros, delegacias e outros órgãos para saber o que está acontecendo. Se faz a ronda em torno de uma notícia específica, ele acompanha seu desenrolar ao longo do dia, ligando para hospitais, advogados, assessores.

A ronda do jornalista busca furos e detalhes para, quem sabe, como na música de Vanzolini, “dar na primeira edição”.

Em tempo, ainda não participamos do pescoção às sextas-feiras. Antes que me perguntem: não, não tem nada a ver com girafas o que acontece na Redação antes do fim de semana. E também ninguém é enforcado ou guilhotinado. Pescoção é quando o pessoal fica até mais tarde, de madrugada, preparando material para o jornal de domingo.

Ainda vou escrever uma música com os termos curiosos do jornalismo.