Os jornalistas e a vida
Por Leandro Vieira, trainee da turma 55
O blog “Novo em Folha” perguntou a Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha, o que um jornalista deve fazer para iniciar bem na profissão. Resposta: “Cada um precisa e saberá encontrar seu próprio caminho. É importante que ele estude uma língua estrangeira, vá ao cinema e ao teatro, ouça música, viaje, visite museus e, principalmente, leia bons livros. O estoque de influências assimiladas nessa fase não se desfaz nunca; depois, haverá tempo para vivências práticas”.
Clóvis Rossi, colunista da Folha, sobre o mesmo assunto, disse: “Deve introjetar profundamente a ideia de que jornalismo é o exercício de quatro verbos: ler, ver, ouvir e contar. Logo, treinar 24h por dia esses quatro verbos é o melhor caminho não só para começar mas para continuar”.
Os dois relatos mostram um mesmo caminho: quem quer entrar no mundo do jornalismo deve ter a sensibilidade de ler a vida. O jornalismo é um ofício, um modo de relato, mas em si não gera conteúdo, que deve vir dos fatos relevantes para a vida das pessoas.
E contará melhor os fatos quem souber usar os verbos listados por Rossi como antenas para captar as mensagens da arte e das experiências citadas por Otavio Frias Filho. Enfim, além de produzir lides, elaborar pautas e saber entrevistar, o jornalista, desde seu início na profissão, deve praticar o verbo viver.
Falou quase tudo, esqueceu de completar, só não pode ser pau mandado; cada jornalista tem que ter aptidão, enxergar e escrever o que sente, não o que os outros mandam que escrevam; o povo sente e percebe, quando algo está fora do foco!