Diferentemente do que foi publicado…

rbotelho
Por Leandro Aguiar, trainee da turma 55
Folha é um jornal movido por suas obsessões, como publicar materiais exclusivos -furos, no jargão jornalístico-, certificar-se de que as partes expostas nas reportagens foram devidamente ouvidas e retratadas, o que chamamos de “outro lado”, e, mais do que editar notícias, analisá-las de maneira inteligente. Mas talvez a obsessão mais visível da Folha seja a de não cometer erros, ou ao menos cometê-los o mínimo possível.

Existe uma série de mecanismos no jornal para que esse objetivo seja atingido; entre eles há o Programa de Qualidade, com controle de erros e checagem de textos, e a figura do ombudsman.

A função do ombudsman, cargo hoje exercido por Suzana Singer, é refletir sobre o jornalismo produzido pela Folha e apontar eventuais desvios de rota. Nós, trainees, desde que começamos os trabalhos aqui na Folha, temos entre nossas tarefas colaborar com a ombudsman. Ou seja, temos de levantar um pouco mais cedo do que de costume, ler com atenção o jornal e assinalar para Suzana o que há de errado na edição daquele dia.

Mais do que disposição para acordar cedo, isso nos faz ler de modo crítico o jornal. Afinal, não interessa à Suzana se existe uma palavra grafada de maneira errada ou uma vírgula fora do lugar (embora o preferível seja que isto não aconteça); ela busca por falhas de apuração, erros factuais, reportagens com tons parciais ou sem “outro lado”.

Muitos erros são quase inevitáveis, mas, depois de passar meses procurando por eles no jornal, talvez cometamos menos quando chegarmos à Redação.

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