Sobre o telefone celular
Por Yajna Moreira, trainee da turma 55
Jornalista é tipo médico (“tipo NET”, como diz a propaganda): tem que manter o celular ligado 24h por dia, sete dias por semana. Esse não é o meu caso. Ou melhor, não era.
Já no primeiro dia de treinamento, a Alessandra Balles, editora de Treinamento, disse que eu quase perdi a vaga por não atender o telefone. O interesse em ser contatado é do jornalista, não da fonte, do empregador ou do assessor de imprensa. Afinal, existem outros mil repórteres com o celular na mão prontos para garantir um “furo”.
Cada um tem o seu contratempo -pode ser o banho, o cinema ou uma viagem-, mas, ao ver uma chamada perdida, é OBRIGAÇÃO do jornalista ligar de volta o quanto antes. Vale correr para o orelhão, comprar um cartão que nunca mais será usado ou pegar o celular da amiga emprestado. O que não dá é deixar a oportunidade passar por descaso.
A agenda também é importante, seja a do celular, seja a de papel. No final da ligação, vale gravar o telefone do entrevistado. Um bom jornalista tem de ter contatos, afinal nunca se sabe quando irá precisar falar com uma pessoa novamente. Quem tem fonte tem informação. E quem tem informação tem emprego.