Não, não e não

Paula Leite

Na semana do Direito, os trainees Lara Stahlberg e Tiago Ribas aprenderam uma lição que também vale para outras coberturas: insistir e não desistir diante do primeiro não (nem do segundo, nem do terceiro…).

Na semana passada, apurando um caso de latrocínio, nos dividimos e enquanto um foi para a 3ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda, o outro checou informações na redação.

Ao chegar lá, a cartorária afirmou que o processo estava em segredo de justiça e que não seria possível vê-lo. Apesar da negativa, seguimos falando com a assessoria do fórum e com o advogado de uma das partes para tentar ter acesso ao processo.

Já perto do horário de fechamento descobrimos que, na verdade, o processo não estava em segredo de justiça, mas apenas o mandado de busca e apreensão anexado a ele.

Conseguimos que o assessor do fórum falasse com a juíza responsável pelo caso e foi pedido que o cartório retirasse esse mandado do processo para podermos ler o documento.

O pingue-pongue entre os órgãos às vezes gera desencontros e desinformações, especialmente por conta de pessoas que não entendem bem como as coisas funcionam.

Temos que ser persistentes, checando as informações por tantas fontes quanto for possível e não nos contentarmos com a primeira resposta – e muito menos com o primeiro não.