O primeiro plantão

Paula Leite

Hoje temos mais um post de um trainee da 53ª turma, dessa vez sobre a primeira participação deles em um plantão de verdade na redação. Quem escreve é o Trajano Pontes, que logo de cara teve que escrever sobre um tema que não conhecia.

O programa de treinamento inclui a participação em escalas de plantão nas editorias do jornal que têm fechamento diário. No último 1º de maio, tivemos o nosso primeiro e fomos distribuídos aos pares pelo jornal. Coube a mim e à Clara Roman passar a tarde em Ciência e Saúde.

Fomos recebidos pela editora-assistente, pela pauteira e por dois repórteres. Eles explicaram um pouco como funcionava a editoria em dias normais e em um dia de plantão como aquele. Também recebemos tarefas de redação de texto. 

Fiquei responsável por redigir uma notícia baseada em um artigo publicado no Jama (Journal of the American Medical Association). Como toda ciência biológica para um não-iniciado, a primeira leitura revelou um tema árido, especialmente porque minha formação acadêmica é em direito, com alguns semestres cursados na faculdade de jornalismo. Ciência e saúde não são, em princípio, as áreas que mais domino, ainda que o fato de ter médicos na família tenha ajudado um pouco. 

O texto saiu. Custou um pouco, mas saiu. Ajudou bastante a entrevista com um médico especialista na área. Mais que responder às minhas perguntas ou comentar simplesmente o novo artigo publicado, ele fez uma grande explicação sobre os temas tangencialmente tocados pelo artigo. Isso me ajudou a entendê-lo dentro de um contexto maior e a enxergar os principais achados ali informados.

Acho muito interessante a participação na escala de plantões. É sempre útil ter o seu texto lido e analisado por jornalistas experientes, especialmente quando muitos de nós trainees não cursamos a faculdade de jornalismo e estamos menos acostumados ao texto fluido das páginas impressas.