“Sou matemático e TI, tenho mais de 40, e quero ser jornalista”
Jornalismo realmente é uma profissão muito atraente… Vejam o caso do leitor Auricchio:
“Tenho 40 anos, sou matemático de formação, atuo na área de TI há mais de 20, mas sempre tive uma vontade enorme de trabalhar com jornalismo, especialmente o esportivo ou o voltado a ciência e tecnologia.
Imagino que o caminho óbivo, seria buscar a formação superior em jornalismo ou comunicação social, porém, no meu caso, não consigo trilhar este caminho, aí surge minha dúvida: existe uma maneira de me preparar para esse caminho, o jornalismo, na qual eu possa conciliar com a minha atividade atual?”
E a resposta da Ana para ele:
“Existem outras formas de se preparar, como programas de treinamento dos principais veículos e cursos mais rápidos e aplicados.
E cada vez mais o jornalismo precisará de profissionais que entendam de TI, principalmente de desenvolvedores e programadores.
O problema seria começar do zero, como repórter ou algo assim.
Acho quase impossível que vc conseguisse se manter, a essa altura da sua vida profissional, com o salário de um iniciante em jornalismo.
Outra opção seria você fazer uma cobertura jornalística mais amadora. Criar um blog ou um site e ir divulgando seus textos pelas mídias sociais…”
Mas já divulgamos aqui no blog, em outras ocasiões, histórias de pessoas que largaram tudo, com mais de 40, e começaram do zero na profissão. Elas têm que abrir mão do salário que já possuem em suas áreas de origem para começar com o inicial de um foca, que não costuma ser alto. Mas muitas vezes dá certo.
A inspiração mais recente sobre isso que lembro de ter postado foi a história do Rogério de Moraes, que resolver virar jornalista aos 36. Depois vamos perguntar a ele como as coisas estão indo, para dividir com vocês.
Mas alguém aí mudou radicalmente de área depois de muitos anos de experiência e resolveu encarar o jornalismo? Quer dividir conosco? 🙂
Obrigado pelo incentivo, Juliana. Tenho certeza que nosso esforço vai valer a pena e que teremos novas e boas histórias em breve. Sobre o pessoal ser solícito e não dar em nada também é comum.Tinha uma pauta boa pra um editor. Mandei e-mail e ele achando que eu era da mesma editora (talvez de uma publicação diferente), respondeu dizendo que achou boa e pediu pra passar na mesa dele pra discutirmos a pauta. Quando eu disse que era frila ele falou que entrava em contato. Nada. Calhou de eu encontrar ele numa cabine de cinema para imprensa. Não me acanhei. Fui lá me apresentar, falei da pauta. Mostrou maior interesse, trocamos telefones, mas não voltou a retornar. Semanas depois consegui vender a mesma pauta para outra revista. É assim, tem que insistir. Se não deu por um lado, tenta do outro. E vamos tentando. Grande abraço a todos.
Rogério, adoro as coisas que vc escreve. Gosto do modo como vc fala sobre a validade das dificuldades quando elas são destinadas a um objetivo profissional, a um objetivo que nos torna realizados =)
Era funcionário público concursado e pedi exoneração para lutar por um sonho: ser jornalista. Me formei há cinco anos, e estou há dois, em uma redação de um jornal do Interior de SP. A vida é dura, mas não me arrependo nem por um segundo. Jornalismo é vocação, senão, vc não resiste a pressão e aos salários abaixo da média de mercado, como engenheiros, advogados e médicos.
Com certeza!
Oi Juliana, sou de SP e trabalho no Centro. Olha, essa bolsa hoje tá melhorzinha que a do meu primeiro estágio que era 640,00. Mas a gente tem que levar em consideração que viver em SP tá muito caro. Meu vale refeição é de 12,00 e não dá pra terminar o mês, pq eu uso pra almoçar e as vezes pra comer na faculdade tbem… oh dureza!…rs
Mas acho que em empresas pra se fazer comunicação interna, a bolsa é melhor, e os benefícios tbem. Esses dias recebi uma vaga por e-mail da Philips, com bolsa de 1200 mais VR de 24,00, VT e Ass. Méd.
Tenho um amigo que fez estágio na Band, já faz uns 4 anos, e a bolsa era 300,00 um absurdo. A sorte dele é que ele era bolsista na faculdade. Fiz um teste na Recor, e a bolsa era 700 e pouco. Me chamaram na Cultura e a bolsa era 540,00… pra mim sem condições, eu pago isso de faculdade. Claro que eu queria estar fazendo estágio lá, mas tenho que ser racional, no momento não dá, tenho contas pra pagar.
Tem gente que tem pavor só de falar em trabalhar com comunicação interna ou assessoria de imprensa, mas eu encaro isso como aprendizado. Onde eu estou por exemplo, tô conseguindo estudar melhor, aprimorar o meu texto, conhecer gente bacana. Acho interessante levar essas coisas em consideração, afinal, a gente não aprende tudo na faculdade.
Pelo que vejo em jornais e TVs, se paga menos mesmo… aí vai muito do que tu quer fazer.
Gostei da história do Rogério, assim como ele, estou aprendendo muito aqui com as meninas. Gostaria de saber como vc conseguiu os frelas? Quero me aventurar tbem.
Beijos
Márcia, eu imaginei que você fosse de São Paulo mesmo! =). Aí os salários são maiores. Realmente, principalmente para estágio, não se recebe muito. Quando eu estava no segundo período, também consegui um estágio em uma TV, mas era R$250 e eu pagava R$650 de faculdade… Não dava. O que eu fiz foi uma poupança, no sétimo período saí do meu emprego e consegui me manter, mesmo ganhando pouquinho. Temos que fazer sacrifícios mesmo =). Assessoria de imprensa e comunicação interna realmente pagam mais, mas eu sou cabeça dura e insisto em jornal/revista/tv/rádio ainda rs. Sou apaixonada por isso =)
Boa sorte pra gente!
Comecei a trabalhar aos 18 anos, (1991) em uma organização educacional. Depois de alguns cursos, virei câmera e editor de vídeo dessa empresa, na qual trabalhei por muitos anos. Em 2002, então com 29 anos, estava frustrado e decidi fazer um curso superior para tentar crescer na empresa. Fiquei na dúvida entre publicidade e jornalismo. Enviei um email para um amigo (Glauber Filho, diretor do filme Bezerra de Menezes e que era professor dos cursos de jornalismo e publicidade da Universidade de Fortaleza) e ele me incentivou a ingressar na universidade. Em 2003, iniciei o curso de jornalismo mas continuei trabalhando no colégio exercendo as mesmas funções, apenas com equipamentos mais modernos. Sem dinheiro para pagar todas as disciplinas e com uma jornada longa e cansativa, de manhã na faculdade e a tarde e a noite na empresa (até às 22), segui na batalha com o apoio da minha namorada, depois noiva e esposa. Me dedicava nas aulas e procurava sempre os conselhos dos professores sobre os rumos da profissão. Com pouco tempo para estudar, mas com muito esforço, em 2007, já casado e faltando dois anos para a minha formatura e, apesar dos apelos de alguns professores mentores, larguei o emprego e iniciei um estágio no jornal Diário do Nordeste. O objetivo era permanecer os dois anos da vigência do contrato do estágio. Quando acabasse o período, coincidiria coma minha formatura e lutaria para ser contratado. A estratégia deu certo. No fim de 2008 concluí a faculdade como melhor aluno do curso de jornalismo e continuei no jornal como prestador de serviço. Seis meses depois fui contratado. Só conheci o Novo em Folha no fim do curso, mas as dicas do site e do livro ainda me ajudam muito. Tenho 39 e apenas três anos no mercado. A experiência de vida ajudou na área em que estou atualmente no jornal (editoria de polícia), mas o fato de ter mais idade do que a maioria dos novatos, faz com que eu tenha uma postura crítica e procure aperfeiçoamento constante. Acredito que fiz as escolhas certas e hoje já conquistei “algum” sucesso material e pessoal, apesar de trabalhar 14 horas por dia no jornal e em uma assessoria de imprensa. Contudo, meus sonhos são maiores e não coloco a idade como empecilho para alcançá-los. Não descarto novas mudanças radicais na minha trajetória, mas dentro do jornalismo. Só o tempo dirá.
o normal é o contrário. Infelizmente, abandonar o jornalismo por causa dos salários de m* é cada vez mais comum. No interior, uma bolsa de mestrado ou doutorado é maior que um dissídio. Resultado: vazei.
Desistiu mesmo? =O
Sou emotivo. E como todo emotivo, prolixo. Já faz um ano. Nem vi o tempo passar. Fiquei muito emocionado. Até porque foi daqui que vieram os primeiros incentivos para eu insistir na loucura de largar um emprego para tentar realizar o sonho de ser jornalista.
Sem perceber, a Ana deu o primeiro empurrão na minha fé meio bamba. Em um podcast, respondeu o e-mail que eu tinha enviado pedindo dicas de como começar. A certa altura ela dizia: “ele certamente tem talento para jornalismo”, se referindo ao texto que eu escrevera. Aquilo me fez acreditar. Muito obrigado Ana e boa sorte na nova editoria. Muito do que aprendi foi aqui no blog e já perturbei bastante a Cris com algumas dúvidas (e a Cris é outra pessoa a quem devo muito pela ajuda generosa que sempre ofereceu). Devo muito também a este espaço, às pessoas que o fazem e às pessoas que o leem e comentam.
Minha luta continua árdua e a grana escassa. Mas já consegui alguns avanços. Colaboro como frila fixo para o site Cineclick, escrevendo críticas de filmes. Tenho também feito frilas para o site e a revista Época São Paulo. Ontem finalizei uma matéria para um primeiro frila em uma revista de reportagens. E sigo me esforçando para ampliar minha rede de contatos na busca de mais frilas.
O freelancer foi o meio que encontrei para entrar no mercado como jornalista tendo 36 anos e apenas o segundo grau completo. Dizer que tenho só até o segundo grau é sempre uma provocação, pois acredito que o conhecimento não está apenas nos bancos escolares, ele está disponível para quem quer descobri-lo. Sempre foi assim. Com a internet, muito mais. Não acordei um belo dia e disse: “hoje quero ser jornalista freelancer”. Pesquisei antes, me preparei antes. Li muitos livros, passei muitas horas na internet em pesquisas, procurei falar com pessoas da área que pudessem me orientar (exemplo da Ana, da Cris, do Milton Jung, do Heródoto Barbeiro, do Rodrigo Pereira, do Alberto Dines, do Sergio Xavier, entre outros). Só então me arrisquei.
Primeiro tracei um foco: cinema. O foco secundário era escrever sobre cultura. Criei um blog com a intenção objetiva de fazer dele uma vitrine para meus textos. Lá, exercitaria minha redação jornalística, minha objetividade jornalística. Claro que no princípio não saíram textos muito bons, mas fui buscando apuro (que ainda sigo buscando). Passei a deixar a vergonha de lado e, já desvencilhado do emprego, fui correr atrás de pautas para o blog. Puro exercício para perder a timidez, a gagueira e aprender a gastar sola de sapato. Sofri, mas me virei.
O blog deu certo. Chamou a atenção de algumas pessoas e surgiram os primeiros frilas. Também cedi muito texto meu para sites de cinema, com o intuito de tornar meu nome e meus textos conhecidos. Também deu certo. Já com alguns trabalhos publicados, montei outro blog, desta vez como portfólio de verdade. Tudo isso não foi de um dia para o outro. Foi custoso. Ainda é. Muito “não” recebido, muito e-mail ignorado, muita pauta ruim sugerida e muita pauta boa rejeitada. É assim, tem que insistir e acreditar. Mas para acreditar é preciso também se sentir preparado, ler muito, escrever muito para praticar, reescrever muito para praticar mais ainda e aceitar críticas com humildade e atenção. Aprender com elas.
Sei que o discurso ficou meio professoral. Mas a verdade é que sigo praticando todos esses “conselhos” que escrevi, porque acredito neles como fundamentais para me tornar um jornalista melhor todos os dias. Cada lição que aprendo me mostra o tamanho do caminho que ainda falta percorrer, o volume absurdo de coisas que ainda preciso aprender. E isso é bom. Aprender é o que mais gosto na vida.
O diploma faz falta apenas no meu psicológico. Como não o tenho, me sinto na obrigação de provar minha capacidade o tempo todo. Por isso, frequentemente entro numa “pilha” autoimposta de estudo, atualização, busca de informação. Ás vezes é estafante. É ruim carregar a sensação de se estar sempre um passo atrás apenas porque não se tem o documento oficial regulador de uma competência presumida. A minha, tenho de prová-la diariamente. Mas o prazer em tê-la reconhecida, apesar dos desaforos ouvidos e das batalhas perdidas, é inexprimível.
Espero ter ajudado.
Muito legal sua história. Fico feliz em ter ajudado um pouco. bjos
Rogério, você se importa de falar mais sobre o blog e os resultados dele? Você veio para contradizer algo em que eu acreditava: expor textos na internet não leva ninguém a nada. Como você conseguiu frilas a partir disso? Enviava o link para as pessoas? Elas achavam o blog por ser algo que já havia atingido um certo número de leitores? Interessante isso, apesar de eu não ter perfil nenhum de blogueira (pelo menos de blogueira sem o amparo do nome de uma empresa), acho legal saber sobre o assunto =).
Sobre diploma, eu me formei no final de 2010, a maior parte da minha sala já está fazendo pós-graduação e eu sinto o mesmo que você, por eu ter menos estudo do que essas pessoas. Mas, enfim, dá para compensar com outras qualidades, trabalhos, disposição e firmeza, eu acho =)
Olá, Juliana. O blog (blogeucinema.blogspot.com) foi apenas parte dos meus esforços para conseguir chamar a atenção. Ele funcionou inicialmente mais como um exercício que me propus fazer e manter. Em um ano e sete meses já postei 305 textos, entre críticas, resenhas, entrevistas e matérias – quase tudo por iniciativa minha, apenas para praticar. Ele nunca recebeu muita audiência (atualmente cerca de 150 visitas diárias), mas passei a incluir seu link na assinatura dos meus e-mails. Também incluía seu link nos e-mails de contato que enviava, para que os editores pudessem avaliar se eu atendia ao que eles esperavam em matéria de texto e apuração. A maior parte destes contatos deu em nada. Mas alguns deram resultados que, aos poucos, me levaram a conseguir frilas. Mas o blog sozinho dificilmente conseguiria algo, ele fez parte de uma série de ações que passei a executar para conseguir espaço.
Prova de que blog sozinho não faz milagre é meu outro blog, que tem mais de oito anos e 1.700 textos publicados. Ali eu apenas divagava sobre as coisas, escrevia livremente sobre diversos assuntos e esperava que um dia alguém lesse e dissesse: “nossa, esse rapaz escreve bem, vamos convidá-lo para ser nosso correspondente internacional em Londres”. Claro que assim não acontece. Deixei temporariamente de lado a escrita “livre e solta”, de cunho literário, e passei a focar na escrita jornalística. E divulgar. Aí deu algum resultado.
Por fim, só voltando ao tema deste post, que é mudar de carreira, quero ressaltar que apesar de obter algum sucesso em conseguir frilas, eles ainda não são em volume suficiente para me dar tranquilidade. Desde o começo sabia que essa empreitada seria financeiramente árida por um bom tempo. E está sendo. Só insisto porque acho que a realização profissional e pessoal não tem preço e porque consegui alguns avanços nestes 13 meses. Mas muitas vezes a coisa fica quase desesperadora. Isso significa fazer semanalmente um esforço imenso em pensar em pautas, tentar novos veículos, insistir, bater na porta, se descabelar por um frilazinho de qualquer merreca. Acredito que com o tempo, com o estabelecimento de uma relação profissional de confiança entre mim e os editores com quem começo a trabalhar agora, isso melhore. Mas no momento as vacas magras nunca estiveram tão magras. Então é preciso avaliar a real disposição em sacrificar sua qualidade de vida financeira pelo risco e é nesse ponto que cada um sabe como sua roda gira.
Mais uma vez, espero ter ajudado.
Rogério, que legal a sua resposta. Obrigada mesmo =). Acho que praticar na internet é bem legal, ainda mais quando os leitores dão opiniões. Assim, fica bem mais fácil melhorarmos e entendermos quem nos lê. E eu acho muito 150 visitas por dia! Quando você menciona os contatos que faz com as pessoas, as vezes em que foi ignorado e recebeu “nãos”, já aconteceu de as pessoas serem legais e acabar por dar em nada? Já tentei muito contato com editores aqui em BH, pessoalmente e por telefone, muitos são solícitos, afirmam que certamente entrarão em contato em uma oportunidade, mas…. =( rs. Eu achei que, como no seu caso, frilando para uma revista tão grande, as coisas viriam mais fáceis, por você ter uma experiência tão bacana. Mas vejo que não está fácil pra ninguém! rs. Gostei muito do trabalho que vc fez com o blog, toda tentativa é válida, né? E espero que elas continuem surtindo muito mais efeito, para todos nós. Tomara que, daqui um ano, voltemos aqui para contar uma porção de conquistas, que vão ter ainda mais graça por causa de todo esse esforço. Essa nossa dedicação vai valer a pena, nós ainda veremos isso =)
Oi Cris, eu estou tentando mudar de área há algum tempo. Trabalhei por mais de 10 anos com comunicação visual, como designer gráfico, mas sempre quis ser jornalista. Em 2004 criei coragem e entrei pra faculdade, tranquei no 5º semestre, não aguentei pagar sozinha. Fiquei 3 anos fora da faculdade, não me pergunte fazendo o que, pois eu não sei responder, passou tão rápido que não senti. O ano passado voltei pra faculdade, mudaram toda a minha grade e tive que voltar mais um ano, ou seja, estou tendo que fazer quase tudo novamente. O lado ruim é que me atrasou mais ainda. O lado bom, é que estou estudando matérias super novas e sairei mais atualizada. Não fico pensando que era pra eu ter me formado em 2008 e já estar na área, provavelmente ganhando um salário melhorzinho, porque senão, eu vou surtar. Agora, falando de trabalho, fiz um estágio no 1º ano da faculdade, tive que trocar um emprego onde ganhava razoavelmente bem pra ganhar uma bolsa de menos da metade do meu salário. Hoje, depois de ter voltado pra faculdade, estou enfrentando tudo denovo. Já consegui outro estágio numa empresa, neste, escrevo pra uma revista interna. Estou tendo a chance de aprimorar meu texto. A bolsa auxílio? É um pouquinho melhor do que a bolsa de 2006, quase mil reais, mais VR e VT. Só dá pra eu pagar a faculdade, comer e comprar um livro ou outro. Pouco, pra quem já tinha uma profissão, né? Pouco pra quem chegava numa loja de sapatos comprava 3 pares e nem perguntava o preço. Mas o suficiente pra realizar meu sonho.
Continuo tendo que pagar a faculdade sozinha, não tenho pai e minha mãe não pode ajudar, mas hoje, acabei de completar 34 anos, estou mais focada e tenho 100% de consciência de que não posso mais perder tempo. Então, aproveito tudo, as aulas e o estágio, coisa que talvez não aproveitaria tanto aos 20 anos. O próximo passo é tentar o treinamento da folha. Fé em Deus e pé na tábua!!
Boa sorte ao colega!
É isso, o importante é realizarmos os sonhos 🙂
Marcia, de qual cidade você é? Achei tão “alto” o salário, ainda mais por ser estágio. Quando eu fazia estágio em uma Tv, ganhava R$ 130,00. Agora, formada, recebo R$ 800 (mas, com os descontos, cai para menos do que um salário) , trabalhando 9 horas por dia (oficialmente). Quando comecei em meu primeiro emprego, com 18 anos e apenas com um diploma de ensino médio, recebia mais do que eu recebo hoje trabalhando em dois empregos na área, 14 horas por dia. Acho que a questão, também, nem é salário, e sim, até que ponto o fato de tentar aprimorar o currículo pode ser uma solução. Às vezes penso, pelo menos aqui em BH, que é só ter conhecidos na área que conta para arrumar emprego, pois nem anunciadas as vagas disponíveis são =/