Pós em assessoria de comunicação
Cristina Moreno de Castro
A leitora Marcella nos pediu dicas de cursos de pós-graduação em assessoria de comunicação, área em que já atua e pretende seguir.
Como não entendo nada do assunto — e pouco tratamos de assessoria aqui no blog, por ser algo mais ligado a RP do que a jornalismo –, transfiro a pergunta a vocês:
alguém conhece algum bom curso de pós nessa área, que pudesse nos indicar?
Dei uma busca agora na internet e achei os seguintes, mas não tenho condições de aferir a qualidade deles:
- Pós em comunicação organizacional na Cásper Libero
- Pós em comunicação empresarial na Universidade Metodista, em SP
- Pós em comunicação corporativa na Anhembi Morumbi, em SP
- Pós em comunicação empresarial na Universidade São Judas, em SP
- Pós em gestão de comunicação integrada no Senac, em SP
- MBA em gestão da comunicação empresarial, na Aberje, em SP
- (outros cursos da Aberje AQUI)
- Curso de comunicação empresarial na ESPM, em SP
- Pós em assessoria de comunicação na Unimonte, em Santos
- Pós em assessoria de comunicação na Unimar, em Marília
- Pós em assessoria e gestão da comunicação na Unitau, em Taubaté
- Pós em assessoria de comunicação na Facitec, DF
- Pós em assessoria de comunicação na Estácio, no Ceará
Os leitores do blog já fizeram algum desses cursos e podem nos dizer como foi?
Comecei em março o MBA em Gestão da Comunicação Pública e Empresarial oferecido pela UTP em Florianópolis. O campus de Curitiba também tem o curso. Estou gostando bastante. http://www.utp.br
Obrigada pela dica!
Deixando a discussão de lado, alguém aqui já fez/ou está fazendo algum desses cursos?
Quero saber, de preferência em SP, qual fazer.
Obrigada 🙂
Boa!
Delmar Marques, bravo jornalista gaúcho que morreu de ataque cardíaco, sustentou durante muito tempo esse debate no Comunique-se contra assessores de imprensa que ainda se julgam jornalistas. No calor dos debates, foi suspenso várias vezes (e ele estava suspenso, quando morreu) pelo portal. Acho que não há como vencer esse debate no Brasil, considerando-se que assessores de imprensa passaram a dominar alguns sindicatos de jornalistas. O Observatório da Imprensa tem evitado esse tema espinhoso. O que ocorre no Brasil é bem diferente do que acontece, por exemplo, em Portugal: quando um jornalista aceita o convite para se tornar assessor, ele pede desligamento do sindicato de jornalistas. A diferença entre um e outro é simples: o assessor, por razões óbvias, não pode fazer o básico do jornalista: buscar o outro lado do que a empresa ou órgão para quem trabalha está informando. O famoso contraponto.
É isso aí!
Trabalhei grande parte da minha ainda curta carreira em redação, e migrei há dois anos para uma agência de comunicação, onde trabalho produzindo matérias para diversos veículos institucionais (ou seja, sou redatora e repórter). Esse é apenas um braço da comunicação corporativa, que tem muitos caminhos – entre eles assessoria de imprensa. Todos que trabalham comigo são jornalistas formados (exceto designers e programadores). É de uma ignorância enorme dizer que isso é “mais” da área de RP (os RPs são bem-vindos, sem ofensas!). O assessor de imprensa também trabalha com elaboração de pautas, tem que ter senso de notícia e fazer muita, muita apuração – o que é um desafio, muitas vezes, porque cultura de comunicação em empresas é uma coisa rara. Tanto que jornalistas que passaram por redação sempre dão bons assessores. Enfim, não acho que você esteja desqualificando o trabalho de ninguém – mas que você está enganada, está. 🙂
🙂
Tudo bem que essa é uma discussão antiga, mas não concordo quando diz que é algo mais ligado a RP do que Jornalismo, pois os textos que faço são jornalísticos e o Código de Ética contempla a atuação do Assessor.
É uma batalha diária para não deixar de lado os valores básicos do jornalismo. E, vamos refletir? Essa batalha se estende também à redação, onde já atuei e senti que a única diferença entre o assessor e o jornalista de redação é que um defende os interesses da empresa explicitamente e o outro de forma implicita.
Realmente, a discussão é antiga e o objetivo do post não foi retomá-la.
abraço,
Isso que vocês escreveram é uma besteira: “e pouco tratamos de assessoria aqui no blog, por ser algo mais ligado a RP do que a jornalismo”.
Com essa frase demonstraram desconhecimento e preconceito.
Desconhecimento porque quem estuda Assessoria sabe muito bem que as teorias são ligadas ao jornalismo e não ao marketing ou RP.
Preconceito porque ainda tem gente que acha que trabalhar em jornal, revista, rádio ou site é que é o “verdadeiro jornalismo”.
Poupem-me.
Trabalho para uma empresa, não tenho plantões, ganho bem. Foi uma opção minha, depois de anos em redação. Caso troque de emprego, vou procurar em assessoria ou empresa novamente.
Não tenho mais paciência de ficar horas esperando o desenrolar de um caso, trabalhar até altar horas em fechamento e etc.
E outra, pela qualidade dos textos apresentados ultimamente pelo site da Folha, vejo que muitos bons profissionais devem ter migrado para a assessoria.
Não é preconceito: respeito plenamente o trabalho dos assessores de imprensa, só não acho que seja jornalismo. É outro trabalho — e que mal há nisso, já que vc mesma “não tem paciência” de trabalhar em Redação?
abraço,
Apesar de trabalhar dentro de uma assessoria de imprensa, sou redatora. E AI tem muito do jornalismo, pois é uma área criada por jornalistas, é só voltar ao começo de tudo, nos Estados Unidos, Cristina q vc vai perceber isso.
Já fiz diversos cursos na área de extensão, mas não de especialização. A minha é em Comunicação Jornalística com ênfase em Análise da Informação, mas fiz algumas cadeiras de AI na Cásper e, por todos os lugares que passei, o curso deles é o melhor que tem para a área.
Abs,
Danielle
Obrigada pela dica! Já tivemos essa discussão antes no blog (se AI é jornalismo ou relações públicas, e não acho que seja jornalismo, mas há quem concorde contigo). bjos