A pior profissão dos nossos tempos

Ana Estela de Sousa Pinto

Adivinhem quem ficou no final da fila entre 200 profissões avaliadas nos Estados Unidos pelo Career Cast?

Vou dar umas dicas: o ambiente de trabalho é abaixo da média, o nível de estresse é alto e o horizonte profissional é sombrio.

Pensou em repórter?

Acertou!

Reportagem é a pior profissão de nível superior a aparecer na lista. Pior que ela, só mesmo estas:

  • trabalhador em plataforma de petróleo (péssimo ambiente de trabalho e muito esforço físico)
  • soldado (péssimo ambiente de trabalho e estresse altíssimo)
  • produtor de leite (esforço físico alto, condições ambientais adversas e perspectivas econômicas declinantes)
  • lenhador (risco alto de acidentes, muito esforço físico)

Leia a matéria em português neste link.

É verdade que a situação americana é muuuuuuuito pior que a nossa.

Além do mais, olhando nossos companheiros de lanterna, uma coisa é preciso reconhecer: esta não é uma profissão para fracos! 🙂

ADENDO: só depois de publicar é que vi que a Cris tinha escrito sobre a mesma coisa aqui embaixo. O que acham os leitores? Será que a gente já está na situação da escova de dentes? Ela parece um pouco pessimista? E vocês, como se sentem?

Comentários

  1. Depois de tanta morte de jornalistas em zona de conflito [e de não conflito], de toda a discussão q está tendo no México nos últimos anos, onde colegas são assassinados de forma recorrente, acho que podemos classificar o jornalismo entre as piores profissões na categoria ‘arriscando o pescoço’. Alías, acho q na lista de ‘profissões mais perigosas do mundo’ o jornalismo está entre os primeiros colocados.

  2. Apesar da avaliação ter sido feita nos EUA, acho que também reflete a nossa realidade. Não é nada fácil ser repórter. É obvio, porém, que o mercado americano é muito mais competitivo que o nosso e se aquele vê a profissão de forma sombria, o nosso não fica atrás.

    Q triste! :/

  3. Sou trabalhador de plataforma (estou embarcado neste momento) e adoro meu trabalho. Realmente o ambiente oferece riscos, trabalho de 12 a 16 horas por dia e quero fazer isso até me aposentar. Claro que minha mulher e filho não acham tudo tão bonito assim como eu, mas fazer o que né?

    1. Marcelo, você, como o mais novo e competente vigilante dos números, tem mesmo que desconfiar. Mas, neste caso, eu acho, não é questão de desqualificar a lista, mas de comprá-la pelo que ela vale, ou seja, pelo fato de que as perspectivas do mercado de trabalho para jornalista nos EUA estão são sombrias que ele é hoje a menos promissora profissão de nível superior dentre as pesquisadas.

      1. Claro, entendo essa circunstância. O que eu quis dizer é o seguinte: nem por isso acho menos interessante a profissão. (Assim como não é pelo fato de o Ritchie Blackmore dificilmente aparecer bem cotado nas listas de melhores guitarristas que o Deep Purple cai na minha preferência.)

    1. Plinio, o ranking não se baseia em pesquisa de opinião. Na verdade, a posição ruim do jornalista de deve à perspectiva de contração das vagas nas Redações. Bjs

  4. Tem outro jeito de olhar esses resultados: a profissão de repórter está entre as 200 principais ocupações nos EUA : )

    (Detalhe desimportante: um espaço acabou se metendo no meio de ‘acertou’.)

    []s,

    Roberto Takata

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