Jornalismo e matemática
Já falamos disso aqui dúzias de vezes, mas hoje parei pra pensar como estou sentindo na pele, e resolvi compartilhar.
Tem gente que faz jornalismo crente que vai se livrar da matemática, mas ela está presente em todas as editorias, em vários tipos de pautas. Tabulações, juros, percentuais, levantamentos estatísticos, comparações de grandeza, tudo isso existe em cobertura de cidades, de economia, de política, de futebol.
Desde fevereiro comecei a cobrir trânsito e percebi que, nessa área, a matemática é ainda mais usada do que em qualquer outro tipo de cobertura que eu tinha feito até então.
Afinal, trânsito lida com engenharia de tráfego, com estatísticas de acidentes, com balanço de multas, com comparações entre fluxo de veículos em determinados períodos, com entendimento sobre capacidade das vias e velocidades usadas nelas etc.
É raro eu passar um dia sem entrar no Excel e mexer em tabelas. Principalmente quando quero fugir da dependência de dados oficiais.
E, pessoalmente, gosto muito disso, porque sempre adorei matemática. Mas fica como mais um exemplo para os que achavam que tinham se livrado dela 😉
Realmente, a matemática é uma ferramenta, útil para todas as áreas
A gente aprende coisa “desnecessária” em todas as áreas, né?
Ou, por outro lado, todo conhecimento é necessário, mesmo cultura inútil 😉
As pessoas não precebem que TODAS as matérias estão interligadas e acham que se escolher um curso da area de humanas vão dar adeus as exatas.
Mas de qualquer forma, o jornalista aprende muita coisa desnecessária de matemática no ensino médio.