Parem de pedir desculpas!

Ana Estela de Sousa Pinto

É final de semana, então ninguém pode dizer que não tem tempo para ler este texto muito legal sobre a falsidade politicamente correta e seus efeitos nefastos.

Está na página de opinião do International Herald Tribune (em inglês).

Não tem nada a ver diretamente com os temas aqui do blog, mas a opinião é tão boa e ele escreve de um jeito tão fluente que resolvi postar.

Um trecho, em tradução livre:

A saída para quando um outro ser humano o está chateando não é “por favor, façam ele desaparecer para sempre”. Precisamos aprender a coexistir, e a verdade é que isso é facinho. Por exemplo, eu acho Rush Limbaugh abjeto [Limbaugh é um âncora de programa de rádio radicalmente conservador], mas eu tenho conseguido coexistir com ele confortavelmente pelos últimos 20 anos usando um método simples: nunca ouço seu programa. O único momento em que o escuto é quando paro num sinal ao lado de uma picape.

[Agradeço a nossa leitora Joana Rizério pela dica] Jóia

Comentários

  1. às vezes parece que estamos vivendo um grande período de libertação, mas este é na verdade o momento da máxima contração. é aquela história do grande hobsbawn: quando há uma crise econômica, quase sempre há um período de contração cultural, fronteiras fechando, controle político, repúdio a imigrantes, intolerância, e o pior (meu adendo): a não vergonha de ser intolerante – vide gente diferenciada & mucho mais. me ofendam tb!

  2. Isso no rádio. Na internet, que permite contabilizar cliques rapidinho, acessar o que se detesta e mostrar o que se detesta para todos os seus amigos detestarem também, se traduz em sucesso de cliques para o detestado.

    Minha avó detesta o Big Brother, mas não perde um episódio. Eu perguntei pra ela por que ela fica dando ibope se acha ruim. “Eu assisto, mas fico aqui criticando essas baixarias”, disse a velhinha. O problema é que o ibope não tem ouvidos…

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