Em busca de personagens

Cristina Moreno de Castro

Vamos supor que ocorreu um evento de grandes proporções, que atingiu várias pessoas e foi noticiado por todos os veículos.

Por exemplo, a pane na linha-amarela do metrô.

É claro que o melhor jeito de coletar as histórias é indo às estações e conversando com os passageiros recém-saídos dos trens.

Mas, num caso assim, também é muito fácil conseguir histórias de outras formas. Por exemplo, usando as redes sociais.

Fazendo uma busca no Twitter, dá pra encontrar várias pessoas que estavam no metrô naquela hora.

Outro jeito fácil de achar histórias, que usei ontem pela primeira vez, é perguntar diretamente para seus seguidores ou amigos no Twitter e Facebook: alguém estava no metrô na hora da pane, ou conhece alguém que estivesse lá?

Fiquei surpresa com o retorno: em três minutos, cinco pessoas apareceram.

Já falamos aqui como as redes sociais podem ajudar no trabalho dos jornalistas. Esta é mais uma possibilidade 🙂 Nem sempre dá para ser usada, como em casos em que se corre o risco de entregar uma pauta exclusiva para os concorrentes. Mas, num caso assim, de conhecimento geral, pode trazer ótimas histórias.

Comentários

  1. Muito bom o post, Cris (desculpe a informalidade!)

    Eu li a sua matéria hoje cedo no caderno Cotidiano e entrei no blog agorinha para perguntar exatamente sobre isso para você. Queria saber como conseguiu as fontes, afinal, considerando o fato do “grosso” do problema ter ocorrido em apenas 40 minutos, seria muito mais difícil conseguir personagens levando em conta o tempo gasto entre vocês receberem a notícia na redação e se deslocarem até o local do fato. Vocês poderiam abordar mais esse caso de encontrar fontes na internet e como isso é relativamente novo. Quando estava na faculdade (e isso há menos de 5 anos!) procurar fontes nas redes sociais era quase proibido.

    Em tempo: para quem procura fontes nas redes sociais, existe um perfil no twitter chamado @ajudeumrepórter, que é uma tremenda mão na roda em momentos de aperto.

    1. Oi, Jacqueline! Não peça desculpas pela informalidade 😉
      Pois é, acho que é um fenômeno novo mesmo. Eu já vi esse perfil no Twitter, já divulgamos ele aqui, mas sempre fiquei receosa de pedir ajuda tão publicamente assim — afinal, outros jornalistas acessam esse perfil toda hora e a pauta fica exposta, né?
      Mas quando é um caso como esse, que afetou tanta gente e foi totalmente público, uma pauta imposta, não faz sentido ter receio em sair procurando nas redes sociais ou mesmo perguntando. Tb vale perguntar no MSN, Gtalk, pedir pra amigos perguntarem a seus amigos etc. O importante é termos histórias pra contar e,, num caso como aquele, quanto mais melhor, né?
      bjos!

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