Existe imprensa imparcial?
Lá na nossa outra vida (ou seja, no blog antigo, =) ), a Luisa escreveu sobre a cobertura da desocupação do Pinheirinho: a dificuldade de informar direito sem correr riscos, o cerceamento ao trabalho dos jornalistas em nome da segurança.
Para quem quiser ler ou reler, o post está neste link.
Nos comentários, alguns leitores disseram algo mais ou menos assim:
Vocês pedem liberdade de imprensa só para poderem ser sempre parciais. Falarem bem dos políticos de que os donos de jornais gostam, e mal dos outros.
A esse respeito, nosso leitor Willian mandou algumas reflexões.
O que acham? Concordam com o Willian?
Ana, boa tarde!
Ao observar o post e o debate criado nos comentários, acho que dois pontos merecem destaque na discussão desta história.O primeiro é sobre as condições de trabalho dos jornalistas. Sim, cobrir manifestações populares, protestos ou mesmo acompanhar ações da polícia envolve riscos. Se não envolvesse, os oficiais de justiça cumpririam seus mandatos sem a necessidade de uso da força policial, para eventuais confrontos.
Por outro lado, é claro que as restrições impostas pela polícia nada tem a ver com a segurança dos jornalistas, e sim, com a limitação da cobertura, privando a imprensa de registrar eventuais embates entre policiais e manifestantes.
De qualquer forma, temos que entender que faz parte do jogo e procurar maneiras de conversar com os envolvidos, fazer imagens, enfim fazer a cobertura possível e a melhor possível.
O segundo ponto a ser destacado é sobre a imparcialidade ou não da imprensa, ponto levantado por alguns colegas nos comentários.
Claro, não é função da imprensa tomar partido numa cobertura. Por outro lado é legítimo o veículo ter opinião, se posicionar, e, de certa maneira, expor sua visão dos fatos ao leitor.
Neste sentido, há outra questão relevante a ser destacada: as reportagens da mídia convencional (grandes veículos de comunicação), em minha opinião foram baseadas por critérios técnicos, éticos… O mesmo não ocorreu com os blogs e sites feitos por ativistas políticos, que levaram o leitor a fazer um juízo errado da situação, com uma cobertura emocional, apaixonada e mentirosa.
Abaixo, enumerei alguns problemas que vi em comentários e posts nas redes sociais, sites e blogs:
1° o governo nada tem a ver com o caso, uma vez que a reintegração de posse ocorreu por determinação judicial. Ou seja, deveriam protestar na porta do Tribunal de Justiça, ou não? Mas os manifestantes preferem o contrário e vão à sede da Prefeitura de São Paulo, aos eventos na capital paulistana para ofender pessoas que nada têm a ver com a situação do Pinheirinho.
2° Divulgaram informações não confirmadas como se fossem oficiais.
3° Em momento algum levaram em consideração o fato de que a Polícia Militar estava lá também por ordem judicial.
Só gostaria de acrescentar algo que minha experiência (seis anos) como jornalista me mostrou:
Nós jornalistas não podemos nos preocupar com eventuais críticas dos leitores (desde que a informação esteja correta, claro). Afinal, sempre haverá alguém que reclamará da reportagem, da abordagem… Especialmente quando o assunto envolve política e coisas do gênero.
É comum pessoas que não se sentem representadas pelo jornal reclamarem. Acho que é por isso que os grandes veículos recebem duras críticas. Outros reclamam por reclamar, talvez para tentar pressionar a imprensa ou para conseguir alguma publicidade, por se mostrar discordante dos grandes veículos.
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Sonho com o dia em que as pessoas abandonarão o conceito (mítico e utópico) da imparcialidade, e começarem a debater os conceitos da isenção e da independência no jornalismo.
Independência, apartidarismo e, principalmente, pluralismo! Tudo isso só enriquece a informação! Ana
Eis o maior falso dilema da história do jornalismo: a existência ou não da imparcialidade jornalística. O que vou dizer é polêmico, mas esse debate se tornou o maior desserviço à imprensa. É claro que não é imparcial, isso já está claro – é um fato. Mas o que fazemos com isso? Vamos repetir esse lugar-comum pra sempre? Faz as pessoas se sentirem inteligentes, né? Mas quer dizer que, se ninguém é imparcial mesmo, a The Economist é igual à Veja? Claro que não. O principal valor jornalístico, acredito, não é a imparcialidade – é a honestidade. Que envolve buscar ser objetivo, ter boa vontade. Vamos parar com essa lenga-lenga e seguir em frente.
A propósito da cobertura de Pinheirinho, o William, com todo respeito, está pecando por “objetivismo” (Nelson Rodrigues chamava de idiotice da objetividade, mas achei que soaria ofensivo, já que o William não parece idiota). Sou jornalista, da “imprensa golpista”, que defendo sempre, mas acho que a cobertura foi enviesada.
Ele fala de leis e decisões judiciais. Tudo certo, devemos respeitá-las. Mas leis servem para atender a princípios universais, que estão acima delas. É por isso que podemos combater constituições autoritárias. Elas são lei, mas desrespeitam princípios. O Executivo e o Judiciário colocaram as pessoas de Pinheirinho no olho da rua. Isso é certo, sob qualquer prisma? Para mim, está claro que houve falhas de todos os lados – inclusive dos movimentos sociais, plantando mentiras na internet. Mas eles encarnaram a indignação de quem conhece os princípios que deveriam nortear nossa vida. E pegou mal para nós, jornalistas, parecer que estávamos do outro lado.
Excelente debate! Obrigada por manterem a conversa no alto nível! Ana
Legal Maurício. Concorco com você. As Leis deveriam servir para proteger os cidadãos, mas servem apenas para atender aos interesses de alguns, que dominam este sistema ‘legal’, jurídico. É como dizia Francesco Carnelutti ‘a Lei é igual para todos, assim como a chuva molha a todos. Mas quem tem guada-chuvas molha menos’. Mas este debate não é muito nosso, né? Fica a dica pro nosso colega que comenta direito na Folha Online. Poderia fazer um post sobre Direito Natual e Direito Positivo, para nos esclarecer como as Leis funcionam e por qual razão nem sempre o que achamos certo é realmente certo. Por outro lado, seu comentário explicou bem aquilo que intencionei dizer: os movimentos sociais plantaram mentiras na internet e tem muita gente que se esforça para negar a realidade: os movimentos sociais, partidos de esquerda e afins estão pouco ou nada interessados no bem social. Querem apenas poder e espaço político. Talvez uma boa pauta pra Folha seria investigar quantos imóveis os dirigentes e familiares dos dirigente de movimentos pró-habitação têm. Afinal, eles prometem manifestações severas em São Paulo. Sobre o objetivismo: não tem nada de errado ou de idiota. Informar é, antes de tudo, um exercício de honestidade, caráter… Não acho muito justo com o leitor publicar números não confirmados, dados mentirosos e muito menos culpar pessoas pelo que elas não devem.
Vou repassar sua sugestão para nosso professor Gustavo Romano, do Para Entender Direito. Obrigada!! Ana
Olá Mateus. eu deixei um comentário no seu blog. Lá está meu contato. Mas posso deixar aqui: ramirogon@uol.com.br
Abraços
Ramiro
Em primeiro lugar, cabe ressaltar que não se trata de conformismo com o dado oficial. É responsabilidade mesmo! E, minha experiência com jornalismo –que não é pouca-, ensinou-me que a boa reportagem é aquela feita com responsabilidade, apuração e acertividade. O repórter qualificado, com alta credibilidade, é aquele que consegue expor com clareza determinada realidade ao seu público. E esta clareza não se limita a palavras, mas aos dados contiodos na matéria. Se o repórter viu corpos caídos no chão, deve informar na matéria. Se houviu apenas boatos, tem a obrigação de checar e tentar confirmar a informação. Caso não consiga, pode escolher entre deixar claro ao leitor que se trata de um boato ou, omitir a suposta informação falsa e aguardar um melhor momento para noticiar aquilo, caso se confirme verdade. Desta maneira, concluo que achismos, dúvidas, emoção e convicções políticas e sociais devem ficar em casa, ou serem expressos em um blog ou nas redes sociais. Talvez nem aí: podem ficar restritos a conversas informais com amigos e parentes. Resumo: a boa reportagem é aquela que se confirma. Já no caso da Justiça, posso esclarecer o seguinte: houve um conflito de competência e a Justiça Estadual usou de sua prerrogativa para comprir com o que manda a Lei. Neste caso também, se não me engano, o STJ já havia decidido pela legalidade da ação, fato inclusive, aplaudido pela OAB. Se, por outro lado, havia alguém com interesse em adiantar a desocupação e, por isto, ‘manipulando’ o processo –coisa comum na Justiça Brasileira- é outra coisa. E, para ser noticiado, isto deve ser confirmado, apurado com responsabilidade e publicado. Afinal, não podemos fazer o que o jornalista Carlos Matos chama de jornalismo moleque. A inércia do Governo Estadual em arrumar uma solução para aquelas pessoas, concordo que houve. Mas a prefeitura local também tem essa obrigação e o Governo Federal também poderia intervir em favor daquelas pessoas e não o fez. Em fim, minha crítica é quanto ao carnaval que fizeram em cima de um assunto, enquanto a lógica apota para outro caminho.
Grato Takata pelas sugestões. Ramiro
Minha pesquisa sendo comprovada -> As notícias com mais Comentários e Comentaristas:
1o) Esportes (Vejam repercussão do Post sobre Leifert x jogador Palmeiras)
2o) Política (este post)
3o) Celebridades (falta testar esse aqui)
4o) Economia
Estou estudando um desenho de experimento na qual será avaliada se “uma notícia com comentários atraia mais audiência que notícia que não os tenha”. Preciso de ajuda de um jornalista para construir um modelo. Se você for estudante e tiver interesse entre em contato. Abs Prof Ramiro FIA USP / UFPR
Ramiro,
Pode usar o modelo do Music Lab de Duncan Watts http://migre.me/83uNp
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[]s,
Roberto Takata
É preciso levar em consideração que as mais comentadas fazem parte de uma lista visível no site da Folha. Isso automaticamente acaba atraindo mais visitantes.
Será preciso tb isolar a causalidade invertida: as notícias com mais visitação acaba levando a mais comentários.
[]s,
Roberto Takata
Professor, eu tenho interesse na área de sua pesquisa, já manifestei-o no seu post do dia 15/02.
Imparcialidade é diferente de viés ideológico.
É totalmente plausível um jornal ter em seu projeto editorial o compromisso com direitos humanos, liberdade, democracia ou qualquer outro ideal.
Também é plausível, ainda que estranho para brasileiros, que os compromissos sejam com ideais comuns com um partido político, como é a Fox e o Partido Republicano nos EUA e como a Veja é com o PSDB e a Carta Capital com o PT, ainda que não assumam.
Isso tudo faz parte do jogo democrático, a imprensa é um agente político.
A parcialidade patológica é aquela feita através do jornalismo canalha, com mentiras (ainda que se fale apenas a verdade, como diz a clássica propaganda da Folha com o Hitler), perseguições, omissões, sem ouvir o outro lado.
Sergio, voce foi muito feliz nos seus comentários, com o qual concordo.
Acontece que como sempre, primeiro deixam invadir e depois acontece o que aconteceu.
Se na primeira casa alguém proibisse não aconterecia a segunda, terceira, etc. Mas nossos governantes em função de eleição, de falta de escrupulos, deixam acontecer, para depois usar as imagens em propaganda política.
Aguarde que principalmente o PT vai usar as imagens contra as campanhas do PSDB.
E se fosse ao contrário, as imagens também seriam exibidas.
Este é só uma gota de água no oceano, porque tem muitos casos iguais a esses que nem Cristo se ressucitasse, tiraria as pessoas das invasões.
Ana Estela, parabéns por disponibilizar este comentário do Willian.
Willian, bravo! Bravo! Bravíssimo.
Willian gostei muito de seu comentário, mas infelizmente existe parcialidade por parte de alguns órgãos de imprensa. Voce mesmo deve saber que jornalistas foram demitidos de alguma emissora por criticar desmandos do governo, e caso não o fizessem, seria alijados das verbas de propaganda de Bancos Oficiais, de propgandas enganosas deste mesmo governo. Perto de uma Argentina, Venezuela e Cuba, graças aos Órgãos Oficais de Imprensa, ainda somos previlegiados, pois pelo Sr. Franklin Martins os órgãos só poderiam noticiar noticias do ” bem” deste governo, críticas seriam censuradas. Devemos a esta noss Imprensa as acusações e fiscalizações do Mensalão, Ficha Limpa, das demissões dos politicos corruptos. Pena que ainda não chegaram no Maranhão, Alagoas e Pará.
Willian mais uma vez parabéns pela pauta.
Espero que um dia nossos órgãos de comunicação principalmente a televisiva seja mais imparcial, e voces devem lutar para tirar dos politicos as geradoras de seus estados.
A imprensa, e também os leitores que fazem comentários nos jornais, deixaram de lado, ou esqueceram, aquilo que é, a meu ver, o principal problema do que ocorreu no Pinheirinho: o fato de que, durante 8 anos, tanto a Prefeitura de São José dos Campos, quanto o Governo do Estado, assistiram passivamente a ocupação daquela área. Não fizeram absolutamente nada, deixando que a ocupação aumentasse, e se transformasse no grande problema em que se transformou.
O que poderiam ter feito Prefeitura e Governo do Estado? Ora, poderiam ter desapropriado a área; ou poderiam ter construído casas populares para aquela gente.
Mas nada fizeram; será que Governadores e prefeitos que passaram por aí tinham dúvidas de que, ao final das contas, a Justiça iria decidir pela reintegração de posse? Claro que não tinham dúvidas; simplesmente não deram bola para aquele problema, que era um “problema de gente pobre”…
Agora, está aí o resultado: homens, mulheres e crianças dormindo no chão de ginásios, escolas municipais, etc., na maior sujeira e promiscuidade.
A PM nada fez de errado, cumpriu determinação judicial;e a Justiça, simplesmente decidiu pela aplicação da Lei.
Os culpados, como sempre, são os governantes irresponsáveis.
Me espanta uma pessoa que se diz jornalista, ter preguiça de investigar e aceitar a visão oficial (um pecado para um jornalista), a empresa que pediu a reintegração devia milhões em impostos para a prefeitura de São José dos Campos, portanto a mesma poderia decretar a área como de interesse social a fim de evitar esta desocupação, segundo moravam lá crianças e adolescentes, segundo o ECA é dever do Estado fornecer moradia adequada as mesmas, o que não foi feito. Por último um jornalista decente deveria procurar um urbanista respeitado para ver quais eramos procedimentos possíveis.
O “jornalista” que fez este texto deve se lembrar que existem jornalistas que defendem com unhas e dentes tanto o governo estadual quanto o federal, um jornalista de verdade deve deixar suas paixões de lado e INVESTIGAR e nunca aceitar passivamente os números oficias, pois sabemos são muitas vezes manipulados de acordo com o interesse do governo de plantão.
Resumindo esse cara acima vai é um jornalista bem mediocre !
Ivanildo: pensei muito antes de aprovar seu comentário, porque a gente preza pelo respeito às pessoas aqui no blog. Se observar os demais comentaristas, nenhum deles jamais parte para ofensas pessoais. Vc pode discordar do que o rapaz escreveu, mas daí a inferir que ele é ou será um jornalista medíocre, é algo inaceitável por aqui. Aprovei seu comentário apenas para usar a oportunidade para esclarecer a outros leitores que vieram aqui pela primeira vez que no NEF não existe o ringue que já domina outros espaços da blogosfera.
abraços,
Cris
Sr. Roberto Takata desmontou os “critérios técnicos e éticos” com bastante facilidade. Ele merecia uma resposta do autor do texto. A Polícia Militar cumpre ordem judicial, mas “de que maneira”, aí entra a responsabilidade da Secretaria de Segurança e do governo do Estado, que opta claramente por uma política de segurança pública muito truculenta e intransigente – talvez nem tanto para este periódico, mas para diversos organismos internacionais pró-direitos humanos, sim. Inclusive, caro jornalista, informe-se sobre o que disse o ex-procurador do Estado do “ex-governador petista” Mário Covas. É de ofício do jornalista noticiar esse tipo de reação aos fatos.
Aliás, onde estiver a referência ao jornalista, me desculpem, dirijam ao leitor Wilson.
Esta discusao vai longe,primeiro desde que voce possua um patrao jamais sera livre o redator chefe sempre pressionara a edicao,aja visto nas ultimas eleicoes que o estadao declarou o seu voto como desafio, ecomo a globo ja manipulou resultados de eleicoes…acho que impressa livre e crise de conciencia de jornalistas….
“1° o governo nada tem a ver com o caso, uma vez que a reintegração de posse ocorreu por determinação judicial.”<=Não é exatamente verdade.
A) Pelo que se consta havia duas decisões judiciais: uma na esfera estadual pela reintegração; e uma na esfera federal suspendendo a reintegração. Uma vez que havia tal conflito, o governo – e a PM – deveriam esperar pelo julgamento da competência pelo STJ. Coisa que não ocorreu. O julgamento pelo STJ (dizendo que a competência era do tribunal estadual), só ocorreu *depois* do início da operação de reintegração.
B) O governo e a PM deveriam ter planejado o processo de reintegração. Em primeiro lugar, acalmando os ânimos dos moradores. Havia *quatro* meses desde a ordem inicial da juíza estadual pela reintegração. Era perfeitamente possível montar abrigos decentes e ter iniciado o processo de licitação de casas populares. Os aliados do governo alegam que os abrigos foram sabotados por agitadores. Sério que ficaram *quatro* meses sem conseguir dar segurança aos abrigos montados?
C) O governo estadual, se considerasse a medida desumana e incabida, poderia perfeitamente recorrer da decisão da juíza estadual – o caráter da decisão não era terminativo. Governos (de todas as esferas) frequentemente recorrem das decisões judiciais – só ver os inúmeros precatórios de pagamento adiados por manobras protelatórias.
[]s,
Roberto Takata
Essa tal de parcialidade ou imparcialidade é na verdade um assunto que nunca vai se esgotar. Estou no quarto ano de faculdade e quase toda aula acaba descambando para esse debate. No primeiro ano, então, era pior ainda. E como já estou farto dele, gostaria de comentar a excelente charge que você usou, Ana. Me lembrou o caso que meu chefe comentou comigo uma vez. Nas chuvas da região serrana do Rio, um repórter de TV, ao vivo, perguntou ao menino “cadê seu irmão?”. O irmão, no caso, estava morto. Esse é um dos principais desafios nesse tipo de cobertura, e não falo de não ser sensacionalista, mas sim de não ser abusivo. Você pode ser sensacionalista sem ser abusivo.
Abraços!
Belissimo comentário do Willian.A verdade é que a imprensa tem medo da opinião pública. No caso da desocupação do Pinheirinho isso ficou muito claro: relação de mortos que estavam vivos ( sic), falta de informação sobre o que é um mandato judicial, Até a emissora de tv do governo federal foi obrigado a vir a público e pedir desculpas. A verdade é que o jornalista coloca a sua matiz ideologica na noticia e que se dane a verdade