A 55ª turma do Programa de Treinamento em Jornalismo Diário da Folha começou hoje.
O processo seletivo teve mais de 3.000 inscrições. O programa, patrocinado por Ambev, Philip Morris e Odebrecht, dura 16 semanas e inclui conversa com editores e profissionais experientes da Redação, exercícios de reportagem e de pauta, aulas de matemática, inglês, direito e língua portuguesa, além de seminários.
Abaixo, conheça um pouquinho dos trainees, por eles mesmos.
CESAR SOTO – Nasci em São Paulo, no final dos anos 80, Cesar Massaki Teshima Soto, apesar de só assinar o primeiro e último nomes para facilitar. Cursei jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina, onde participei da fundação do Núcleo de Radiojornalismo Esportivo. Durante a faculdade, tive a oportunidade de trabalhar em áreas que jamais considerara, como mídias sociais e a cobertura do mercado de tecnologia, além de uma bem-vinda experiência em um site de jornalismo de humor.
CLARA DE MAGALHÃES VELASCO BASTOS – Meu pai é soteropolitano e minha mãe é mineira, mas, por um acaso, nasci em Jequié, no interior da Bahia. Desde então, passei minha infância brincando na cidade, minha adolescência lendo em Salvador e minha vida universitária nas salas da USP. Formada em jornalismo, continuo entre os prédios de São Paulo. Sempre quis ser jornalista e gosto muito de ler, escrever e de aprender sobre tudo. Meus interesses vão de física a poesia, passando por música, história e maquiagem. Entre uma conversa de bar e outra, gosto de prestar atenção na cidade e de tentar descobrir as histórias por trás da sua rotina.
GIULIA PAGLIARINI LANZUOLO – Tenho 21 anos, nasci em São Paulo e sou formada em jornalismo pela Cásper Líbero. No colegial, tinha uma professora com o hábito de comentar respostas dos alunos ao entregar provas. Numa dessas, ela disse: “Sua resposta está errada, mas até que você escreve bem”. A partir daí coloquei o jornalismo na listinha de possibilidades, ao lado de ciências sociais. Sou um pouco tímida, embora o diálogo seja meu maior aliado profissional. O que não faz de mim menos cara de pau (no bom sentido). Talvez por isso, cá estou, no lugar ideal para aprender a escrever bem de verdade e, agora, sem erros.
HELOISA BRENHA – 24 anos, formanda em jornalismo pela ECA-USP. Criada em Sorocaba, cheguei a São Paulo com 12 anos para nunca mais me imaginar vivendo numa cidade com menos de 1 milhão de habitantes. Passei por Madri, Londres, mas, do interior, ainda guardo o gosto por ouvir detalhes da vida das pessoas. De São Paulo, levo o despertar para outros mundos e o desejo de registrar suas contradições, seus personagens, para, quem sabe, mudar parte de seus problemas. Descobri no jornalismo a linguagem e o meio fértil para esse desejo.
JULIANA FERREIRA, 22 anos – Nascida em uma família de militares, em Pirassununga, no interior de São Paulo, morei em várias cidades do país devido às transferências do meu pai, suboficial da Aeronáutica. Em Belo Horizonte, estudei jornalismo na UFMG, onde descobri a paixão pela profissão. Do militarismo, carrego disciplina, pontualidade e comprometimento. Sou apaixonada por minha família e meus animais de estimação. Adoro ler, viajar e explorar a história, curso em que tenho formação complementar também pela UFMG.
LEANDRO AGUIAR – Iniciei, em 2008, meus estudos de jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais. A grade de disciplinas na UFMG, antes do Reuni bastante aberta e flexível, propiciou que eu me inscrevesse em cadeiras que não constam no currículo convencional do curso de comunicação, como crítica das artes plásticas, antropologia jurídica e literatura argentina. Também nos anos da faculdade estagiei no site-laboratório do curso e na Rádio UFMG, onde produzi durante dois anos um programa radiofônico cujo tema era a diversidade sexual. Me formei aos 22 anos, no meio de 2011 – o atraso de seis meses se deve aos dois intercâmbios que fiz, um para os Estados Unidos, em um programa de “work and travel”, e outro para a Argentina, quando estudei cinema e literatura. Logo comecei a trabalhar no Jornal O Tempo, em Belo Horizonte; cobri as eleições municipais, tendo a oportunidade de participar das sabatinas com os candidatos à prefeitura da capital mineira, e terminado o pleito transitei pelos cadernos de Cultura, Saúde e Cidades. Gosto de escrever, e me interesso sobretudo por música, esportes, cinema e política.
LEANDRO VIEIRA (ele fez igual ao Pelé e escreveu na terceira pessoa…) – Leandro Vieira dos Santos, 30, nasceu em São Paulo. Formado em jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu em 2009,
foi repórter freelancer das revistas “piauí”, “Sentidos”, “Lounge*” e “Lounge* Gourmet”, além de trabalhar na agência Articulando Comunicação como redator. Fundou o blog Levi Dosan, que publica resenhas de livros de não-ficção. Tem interesse em esporte, cultura, saúde e cotidiano.
Chegou a ter um rápido contato com a publicidade, mas percebeu que jornalismo é a sua missão. Escolheu essa profissão porque acredita ser fascinante ir atrás do que está escondido e do que acontece por aí enquanto as pessoas estão no trabalho ou ocupadas de alguma
forma. Para ele, o jornalismo pode não mudar o mundo, mas entregar informação de qualidade pode mudar o mundo de muitas pessoas.
PEDRO HENRIQUE KUCHMINSKI – Sou nascido e criado em Curitiba, formado em administração de empresas pela UFPR e jornalismo pela Universidade Positivo. Nesses 26 anos de vida, percebi que ser crítico é a melhor forma de ser otimista. Soma-se a isso minha eterna curiosidade, minha sede por informação e o prazer por “incomodar” aquele que precisa e/ou merece ser incomodado. Amante do bom futebol (tanto jogado quanto administrado), fã de geopolítica e de cinema, sonhava um dia ser baterista do Rush. Agora desejo é continuar desenvolvendo meu senso crítico e encontrar alguém que compre minha bateria.
RAFAEL LOCATELI TATEMOTO – 24 anos, formado em Direito pela USP em 2012.
Durante o Ensino Médio, tomado pela típica dúvida quanto ao futuro profissional, dei ouvidos ao conselho, também usual, de estudar Direito. Após cinco anos, permaneceu a dúvida, mas ganhou-se uma certeza: se pudesse escolher, não trabalharia na área jurídica. Mais certo dos rumos que gostaria de seguir, retomei a ideia de ser jornalista. Nas horas vagas, hoje mais raras, também gasto os dedos na tentativa de tocar violão.
ROBERTO SZATMARI – Sou Roberto Szatmari, 27, nascido no Rio de Janeiro, e nem o melhor vidente poderia ter previsto minha entrada no mundo do jornalismo. Ao fim do segundo grau, eu estava entre a faculdade de moda, a de biologia, e uma vida de escritor sem graduação. Das três, escolhi uma quarta e fui cursar relações internacionais. Numa vida já itinerante, o curso me rendeu um ano no Japão e uma fascinação com a politica internacional asiática. Quando descobri o programa de treinamento da Folha, vi uma oportunidade única de amarrar tudo isso numa só carreira. Não pude deixá-la passar.
ÚRSULA PASSOS – 25 anos, nasci e cresci em São Paulo, sou formada em filosofia pela USP. Sempre tive interesses que parecem não ter nada a ver um com o outro, e por isso cursei um ano de física até descobrir que a astronomia não era para mim, fui funcionária pública de um banco federal, arte-educadora, tradutora de legendas de filmes e peças, babá de dois francesinhos durante o intercâmbio na Sorbonne. Com a filosofia aprendi a ler cuidadosamente tudo o que cai em minhas mãos e também o cuidado na escrita, o que, aliado a minha curiosidade-que-não-matou-o-gato, espero me ajudar aqui na Folha.
YAJNA MOREIRA – 25 anos, nasci em Porto Alegre, mas já morei em São Paulo, Aspen e Barcelona. Me formei em jornalismo pela PUC-RS, já que meus dotes como cantora nunca foram reconhecidos. Ao contrário dos colegas, que mantêm suas cadernetas de poemas desde a infância, antes de escrever, minha grande paixão é ler. Por isso escolhi o jornalismo como profissão: as grandes histórias e personagens me fascinam. Ainda romântica (há quem diga que o nome disso seja ingenuidade), acho que o jornalismo pode, sim, mudar o mundo e espero não provar o contrário. Entre uma pauta e outra, é possível me encontrar em qualquer boteco que tenha uma boa coxinha e uma cerveja gelada, no cinema ou em qualquer ruela inusitada, mas inspiradora.