O Knight Center for Journalism, ligado à Universidade do Texas, disponibiliza a partir de 1º de junho um curso on-line gratuito de matemática para jornalistas.
Lecionado em inglês, o “Math for Journalists Made Easy: Understanding and Using Numbers and Statistics”, é dividido em quatro módulos distribuídos pelas quatro semanas em que os materiais ficarão disponíveis, até o dia 28 de junho.
Os conteúdos vão de cálculos básicos, frações e porcentagens, na primeira semana, até o uso de técnicas avançadas de estatística e como aplicá-las ao jornalismo. As informações completas estão disponíveis no site.
Cada tópico conta com uma aula em vídeo e material de apoio, como leituras, testes e um fórum para discussão com outros participantes e com os instrutores do curso.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas inclusive após o início do curso. Como as aulas não têm horário específico e os conteúdos ficam disponíveis para o acesso até a data final, os participantes podem definir o ritmo de realização das atividades.
Para se inscrever, o participante deve se registrar na plataforma Journalism Courses, que dá acesso também a outros cursos oferecidos pelo Knight Center, e seguir as instruções de registro.
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Eles listaram os piores erros (e muito comuns) que jornalistas cometem ao lidar com números.
Quatro deles foram destacados pelo site da ICFJ:
Conhecendo melhor nossos erros, podemos ficar atentos para não cometê-los de novo toda vez, certo? 😉
]]>“Em São Paulo, não conheço um curso específico; ouvi falar de uma ou duas especializações, mas não faço ideia da qualidade delas. Ainda assim, existem jeitos de estudar por conta própria.
Fazer as pazes com a numeralha se compara à arte apenas num ponto: não dá pra pintar a Mona Lisa sem antes desenhar o que tem no quarto. É dedicação gradual.
Se ela vem “verde” de afinidade com números pra mergulhar de cabeça na estatística, pode acabar se assustando no primeiro cálculo de desvio-padrão. Matemática é gradual – soma auxilia subtração, ajuda na multiplicação, que dá lógica à divisão, que é e base das frações, que podem virar decimais, que se tornam percentagens e assim segue o bonde. Por isso, acho que primeiro vale a pena refrescar a memória do que viu na escola.
Uma boa maneira de fazer isso é comprar aqueles fascículos de banca voltados para o Enem. Fazer todos os exercícios e ir vendo onde estão suas dificuldades. Depois fazer mais exercícios. Outra possibilidade é o “Matemática para pais e filhos”, que saiu pela Publifolha. Mas gosto das questões do Enem, que lidam muito com os números do noticiário, e essas estão nos fascículos. Quando eu editei fascículos assim, em 2010, tudo o que ela precisava para ficar à vontade estava no volume 1 (de 3). Mas cada editor tem um critério.
Quando estiver bem à vontade com matemática do ensino fundamental e médio (que ela já viu antes, então não deve tomar muito tempo o refresco de memória), ela pode comprar o livro “Estatística Aplicada a Ciências Humanas“, de Jack Levin. E fazer todos os exercícios, capítulo por capítulo, com lápis e papel, calculadora quando complicar. Os exercícios são muito bons e bem realistas.
Se o seu inglês for bom, recomendo o livro “All the math you’ll ever need“, de Steve Slavin, para os exercícios de matemática básica. Ele é bem didático e tem muitos exercícios. Bem razoável pra ir construindo aos poucos. Minha diversão no final do ano foi ficar sentado à sombra na praia fazendo exercícios dele com lápis e papel.
Aí, também se o inglês dela for bom, recomendo procurar no iTunesU o curso “Introduction to statistics“. É muito bom e gratuito. Boas aulas em vídeo, excelentes exercícios e o livro didático “Collaborative statistics” é gratuito e tem exercícios ainda melhores.”
E as dicas dos leitores do blog:
MARCEL – “Vale uma olhada no didatismo deste site: http://www.profcardy.com/cardicas/. Para algo mais específico, há vídeo-aulas no http://www.veduca.com.br, que congrega matérias de faculdades de vanguarda dos EUA – e vários deles são legendados.”
TATIANA – “Não conheço cursos voltados para jornalistas, mas vou indicar dois aplicativos que uso no meu iPad e são ótimas fontes de conhecimento: iTunes U e Khan Academy. No iTunes U, há cursos em inglês, espanhol e português. Sugiro pesquisar por universidades. A Khan Academy já conta com alguns vídeos em português, mas todos os vídeos são legendados, o que facilita o acompanhamento.”
TIETRI – “Recomendo a leitura de INNUMERACY: MATHEMATICAL ILLITERACY AND ITS CONSEQUENCES de John Allen Paulos. Houve uma tradução da Nova Fronteira com o título ANALFABETISMO EM MATEMATICA E SUAS CONSEQUENCIAS, mas parece estar esgotada.”
DANIELA – “O Knight Center oferece um curso de Matemática para Jornalistas.”
]]>Não faz muito tempo e repetimos aqui no blog sobre a importância de estudar e entender matemática para a nossa profissão.
A leitora Fabiana percebeu isso na pele:
“Nunca fui uma aluna exemplar de matemática na escola. Confesso que, até hoje, não tenho um relacionamento muito bom com os números. Acho que isso contribuiu para que eu passasse longe da área de Exatas e me refugiasse em uma turma de Humanas no Ensino Médio. Durante a faculdade de Jornalismo, dei graças a Deus por não ter de lidar com contas e mais contas. Mas depois que me formei e comecei a atuar como repórter me arrependi de não ter prestado uma atenção maior às aulas de estatística. É impressionante a quantidade de informações relevantes que está à nossa disposição, mas que não percebemos nem sabemos traduzir para o leitor/telespectador/ouvinte/internauta simplesmente porque os dados são números. Por isso decidi: vou me debruçar sobre os livros e aprender de uma vez por todas essa arte que é a estatística. Nesse sentido, vocês poderiam me ajudar dando sugestões de cursos nessa área voltados para jornalistas em São Paulo?”
Vocês têm sugestões para dar a ela?
Amanhã vou postar aqui, junto com as dicas de vocês, a resposta do professor MARCELO SOARES, que hoje trata da numeralha também no novo blog Afinal de Contas 😉
]]>Como ontem eu falei sobre a importância da matemática no jornalismo, pensei em dividir dicas de cursos de Excel por aqui hoje.
Procurando no Google, achei um que é aparentemente gratuito e todo online. Vejam AQUI.
Achei também, no Youtube, alguns vídeos bacanas, divididos em várias etapas, como este que pus aí em cima.
Se souberem de outros, deixem aí nos comentários pra eu subir pro post depois 😉
]]>Já falamos disso aqui dúzias de vezes, mas hoje parei pra pensar como estou sentindo na pele, e resolvi compartilhar.
Tem gente que faz jornalismo crente que vai se livrar da matemática, mas ela está presente em todas as editorias, em vários tipos de pautas. Tabulações, juros, percentuais, levantamentos estatísticos, comparações de grandeza, tudo isso existe em cobertura de cidades, de economia, de política, de futebol.
Desde fevereiro comecei a cobrir trânsito e percebi que, nessa área, a matemática é ainda mais usada do que em qualquer outro tipo de cobertura que eu tinha feito até então.
Afinal, trânsito lida com engenharia de tráfego, com estatísticas de acidentes, com balanço de multas, com comparações entre fluxo de veículos em determinados períodos, com entendimento sobre capacidade das vias e velocidades usadas nelas etc.
É raro eu passar um dia sem entrar no Excel e mexer em tabelas. Principalmente quando quero fugir da dependência de dados oficiais.
E, pessoalmente, gosto muito disso, porque sempre adorei matemática. Mas fica como mais um exemplo para os que achavam que tinham se livrado dela 😉
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