Novo em Folha https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br Programa de Treinamento Tue, 07 Dec 2021 12:48:26 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Jornalista revela bastidores de ‘Caetano Veloso estaciona carro no Leblon’ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2021/04/07/jornalista-revela-bastidores-de-caetano-veloso-estaciona-carro-no-leblon/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2021/04/07/jornalista-revela-bastidores-de-caetano-veloso-estaciona-carro-no-leblon/#respond Wed, 07 Apr 2021 13:07:15 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/3bf19ddfdc910b9f5b94682f833cdef1026717dacd0d5169af3913eb332adb66_5f20cc5ecdbe7_Easy-Resize.com_-320x213.jpg https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=10777 Um meme, um marco do jornalismo brasileiro, uma catarse. Dez anos após a publicação da fatídica nota sobre Caetano Veloso estacionando o carro no Leblon, a jornalista Elisangela Roxo revelou sua identidade e os bastidores da publicação do material.

Em formato de carta destinada ao cantor na edição mais recente da revista piauí, a jornalista discorre sobre os motivos que a levaram a noticiar esse fato trivial. Na época, era redatora júnior do portal Terra, cobria a 11ª edição do reality show Big Brother Brasil e publicava pequenas notas e galerias sobre feitos de celebridades. “Tudo girava em torno dos tais cliques”, escreve.

Em 10 de março de 2011, já no final de um plantão pós-carnaval, sozinha na Redação e frustrada com a cobertura que fazia, Elisangela buscava por alguma notícia para encerrar o expediente. “Desculpe a minha petulância com sua imagem, Caetano, mas eu precisava rir de mim mesma naquela atividade tão carente de sentido. Precisava me satirizar enquanto satirizava o jornalismo sobre o nada, entende?”.

A jornalista reflete que, quando publicou seu desabafo em forma de notícia, imaginava que ele passaria despercebido. Depois que a nota teve repercussão, evitou revelar sua identidade, visto que o material não era assinado, por medo de comprometer sua carreira. Atualmente, ela mora em Aarhus, na Dinamarca, onde realizou seu mestrado.

Na matéria da piauí, ela discute que seu receio e silêncio estão também associados a questões de gênero, com Redações majoritariamente masculinas, e a definição de determinados temas como destinados a mulheres e tachados como de “baixa cultura”, assim, vistos com desprezo por muitos jornalistas.

A reportagem completa pode ser conferida no site da revista piauí.

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Agência Pública completa dez anos com série de debates sobre o país https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2021/02/25/agencia-publica-completa-dez-anos-com-serie-de-debates-sobre-o-pais/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2021/02/25/agencia-publica-completa-dez-anos-com-serie-de-debates-sobre-o-pais/#respond Thu, 25 Feb 2021 13:54:11 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/reproducao-agencia-publica-10-anos-320x213.png https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=10699 No mês em que a Agência Pública, a primeira de jornalismo investigativo sem fins lucrativos do país, completa dez anos, o veículo promoverá uma série de debates sobre temas relativos aos cenários atual e futuro do Brasil. Serão seis eventos online nos dias 6, 13 e 20 de março, com duas mesas em cada data.

Ailton Krenak, líder indígena, Gregório Duvivier, ator, roteirista e colunista da Folha, e Anielle Franco, educadora e irmã de Marielle Franco, são alguns dos convidados para os debates. A historiadora Lilia Schwarcz e os cientistas políticos José Murilo Carvalho e Marcos Nobre também estão entre os escalados para participar das discussões.

Os eventos são uma parceria da Pública com o Instituto Tomie Ohtake. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site da agência, onde também está disponível a programação completa.

Uma edição especial do podcast Pauta Pública e o lançamento de um livro em parceria com a Editora Elefante, com textos inéditos sobre a atuação da Agência Pública, também fazem parte das comemorações dos 10 anos do veículo.

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Em webinário, jornalistas e pesquisadores debatem a conduta profissional frente ao coronavírus​ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/04/02/em-webinario-jornalistas-e-pesquisadores-debatem-a-conduta-profissional-frente-ao-coronavirus%e2%80%8b/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/04/02/em-webinario-jornalistas-e-pesquisadores-debatem-a-conduta-profissional-frente-ao-coronavirus%e2%80%8b/#respond Thu, 02 Apr 2020 14:09:23 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2020/04/5700f75bf01a3095a953a911797355bbdb884ec6d2a00be39dbc02a0b841b76a_5e78a3d258022.jpeg https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=9806 Em meio à pandemia do coronavírus, o grande desafio para jornalistas é encontrar a melhor forma para realizar a cobertura com rigor profissional e compromisso ético.

“Essa justa medida está na precisão dos dados e na escolha sensível da palavra, da imagem e do som com que estamos narrando esse acontecimento gigantesco”, afirma Mariluce Moura, coordenadora do Ciência na Rua, projeto que busca tornar temas de ciência e tecnologia mais acessíveis para o público jovem.

A jornalista participou do webinário “Jornalismo e Covid-19”, de apoio à cobertura da pandemia, promovido pela Agência Bori e o Instituto Serrapilheira nesta terça-feira (31).

Estiveram presentes o jornalista especialista em dados Marcelo Soares, o jornalista Herton Escobar, o pesquisador Stevens Rehen, do Instituto D’Or, e as coordenadoras da Agência Bori, Ana Paula Morales e Sabine Righetti. Durante a transmissão, os profissionais citaram algumas dicas e ferramentas para auxiliar jornalistas.

1. Não peque pela pressa de dar um furo, seja responsável e apure.

Para Herton Escobar, após tantas tentativas de desacreditar a imprensa e a ciência, o momento é crucial para resgatar a confiança do público. Por isso, a atenção e a checagem precisam ser redobradas. “Estamos lidando com uma situação tão grande e com impactos tão profundos, que a gente precisa ser muito cuidadoso com qualquer coisa que publicamos”. Para ele, o esforço dos jornalistas agora deve ser direcionado para combater a desinformação e não para competir com outros veículos.

“Se tem uma notícia boa nisso tudo, é a retomada do protagonismo do jornalista e do cientista, mas acaba sendo um desafio ainda maior por conta da velocidade da pandemia e da necessidade do combate mais ativo às fake news”, disse Stevens Rehen.

2. Relatos e personagens podem ser mais impactantes que números.

Encontrar os dados necessários nem sempre é fácil. Segundo Marcelo Soares, existem, por exemplo, poucas pesquisas que estimam dados per capita em favelas, justamente pela alta densidade das comunidades. Para Herton Escobar, é preciso saber diversificar o assunto, trazendo outras abordagens que não sejam apenas o número de vítimas. Mariluce Moura sugere procurar o trabalho feito pelas próprias comunidades, como as notícias divulgadas pela Central Única das Favelas e a cobertura da Agência Mural, que recolhe relatos da periferia.

3. Procure por produções jornalísticas confiáveis.

Soares montou gráficos interativos que são atualizados diariamente a partir do monitoramento de informações divulgadas pelas secretarias de Saúde. Nos gráficos, ele traz os números confirmados por dia e região, por município, capitais e os casos por milhões. Além disso, divulga trabalhos sobre o assunto em escala mundial.

A Agência Bori também montou um material de apoio à cobertura do coronavírus, com artigos científicos, pesquisas e contatos de pesquisadores. Para acessar, é preciso se cadastrar gratuitamente na plataforma.

4. Às vezes, menos é mais. E o menos e melhor é muito mais.

Para Marcelo Soares, em tempos de crise, a tendência das Redações é produzir o máximo de conteúdo a respeito do assunto, mas isso nem sempre funciona, em termo de dados e audiência. “O risco de produzir mais com uma equipe menor é faltar com a qualidade e, em uma crise deste tamanho, é um risco muito grande.” ​

O webinário completo pode ser conferido aqui.

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Pulitzer Center lança incentivo para jornalistas independentes cobrirem a crise do coronavírus https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/03/23/pulitzer-center-lanca-incentivo-para-jornalistas-independentes-cobrirem-a-crise-do-coronavirus/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/03/23/pulitzer-center-lanca-incentivo-para-jornalistas-independentes-cobrirem-a-crise-do-coronavirus/#respond Mon, 23 Mar 2020 13:42:55 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/coronavirus-reuters-small.jpg https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=9779 O Pulitzer Center on Crisis Reporting, organização sem fins lucrativos que apoia o jornalismo independente global, lançou o “Coronavirus News Collaboration Challenge”, iniciativa que busca projetos jornalísticos inovadores em relação à cobertura do coronavírus com base na colaboração entre profissionais.

O intuito é que essas propostas de pauta visem o compartilhamento de informações e colaboração entre jornalistas e Redações independentes. São incentivados projetos que concentrem-se em questões pouco tratadas em relação à crise do coronavírus, e utilizem abordagens baseadas em dados.

Para se inscrever, é preciso enviar um projeto, junto de um plano de distribuição, uma metodologia (que indique jornalistas que irão participar da colaboração, quem coordenará, quais recursos serão compartilhados entre equipes e quais resultados são esperados), um orçamento para realização do projeto, três exemplos de trabalhos publicados, três referências profissionais e um currículo.

O Pulitzer Center irá avaliar as propostas e entrará em contato com os participantes, entre uma ou duas semanas após o recebimento da inscrição, para informar se estão cotados para receber o auxílio. A ideia é que os projetos tenham um orçamento que varia de US$ 5.000 (R$ 25.413) a US$ 30 mil (R$ 152.481).

As inscrições estão abertas.

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Instituto Brasil África lança prêmio de jornalismo https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/03/16/instituto-brasil-africa-lanca-premio-de-jornalismo/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/03/16/instituto-brasil-africa-lanca-premio-de-jornalismo/#respond Mon, 16 Mar 2020 13:27:09 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/Prêmio-Ibraf-Jornalismo-2-320x213.jpg https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=9756 O Instituto Brasil África lançou a primeira edição do Prêmio IBRAF de Jornalismo, que busca prestigiar as melhores reportagens sobre o continente africano.

O Ibraf vai reconhecer os trabalhos que apresentarem uma perspectiva contemporânea da África e que contribuam para a quebra de estereótipos e desinformação, mostrando o desenvolvimento, os desafios, as oportunidades e soluções.

O prêmio é dividido em quatro categorias, de acordo com o meio em que o material circulou: 1) jornalismo impresso (jornal ou revista), 2) TV (emissoras de televisão ou canais jornalísticos de plataformas digitais), 3) rádio (emissoras de rádio ou podcasts) e 4) web (sites, portais ou blogs). O vencedor de cada categoria recebe R$ 5.000.

Os critérios de avaliação serão a qualidade, profundidade da abordagem, relevância, multiplicidade de fontes, contextualização, propostas de solução, originalidade e criatividade.

As matérias inscritas precisam ter sido veiculadas entre 1º de janeiro de 2019 e 30 de junho de 2020.

As inscrições vão até 30 de junho de 2020.

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Repórter que sobreviveu a tiroteio dá dicas para entrevistar vítimas de trauma https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/01/02/reporter-que-sobreviveu-a-tiroteio-da-dicas-para-entrevistar-vitimas-de-trauma/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/01/02/reporter-que-sobreviveu-a-tiroteio-da-dicas-para-entrevistar-vitimas-de-trauma/#respond Thu, 02 Jan 2020 11:02:33 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/Selene-1500x1050-320x213.jpg https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=9503 A repórter Selene San Felice já tinha coberto dois tiroteios quando sobreviveu a um massacre na redação do jornal “The Capital Gazette”, de Annapolis (a 50 km de Washington), onde trabalhava. Em junho de 2018, um atirador invadiu o local, matou cinco colegas e feriu outros dois.

Catapultada para o centro das atenções da noite para o dia, San Felice passou boa parte do ano seguinte ao atentado repetindo a história do pior dia de sua vida para outros repórteres de jornais, rádios e emissoras de televisão —e sendo assediada, chantageada e forçada a reviver lembranças dolorosas e a corrigir depoimentos seus que foram distorcidos.

Com base na experiência, ela publicou na quinta-feira (19) um artigo no site Poynter com dicas para jornalistas que pretendem entrevistar pessoas traumatizadas, especialmente no caso de sobreviventes de ataques, que o blog resume abaixo.

Bata na porta da fonte somente em último caso
San Felice relata que ouvir a campainha de casa nos dias seguintes ao tiroteio a colocava imediatamente em um estado de pânico, motivado pela possibilidade de que o atirador poderia tê-la encontrado para “terminar o trabalho”. “Se possível, esgote as possibilidades de entrar em contato com um personagem traumatizado por internet ou telefone antes de aparecer na porta dele”, escreve. “Tente pedir antes a um vizinho para colocá-los em contato.”

Não assedie ou chantageie a fonte
A jornalista recebeu cestas de flores e café da manhã de produtores de programas matinais, o que considerou um gesto de mau gosto —afinal, fica difícil discernir se é uma tentativa de troca de favores ou um presente genuíno. “Uma repórter tentou se aproximar de mim mandando mensagens de texto a todo instante”, conta. “O arranjo de flores que ela me enviou foi a última gota.”

Faça a lição de casa
No caso de um atentado, é fundamental acompanhar toda a cobertura feita previamente sobre o incidente. Ao se informar dos detalhes com antecedência, o repórter evita perguntas que possam fazer com que o sobrevivente reviva momentos traumáticos (os quais ele provavelmente já teve de repetir mais de uma vez).

Não invente detalhes
Uma repórter tentou reconstruir visualmente a cena do crime a partir de um depoimento de San Felice. O resultado final incluía detalhes teatrais e inverídicos, como uma poça de sangue no chão e uma tremedeira nas mãos da jornalista enquanto ela mandava mensagens para os pais no celular.

É errado carregar os fatos com emoções ou propósitos. “Se você achar que alguém agiu com coragem, tudo bem perguntar, ‘Você se sentiu corajoso [ao fazer tal coisa]?’. A resposta provavelmente vai te dizer mais do que qualquer tentativa de reencenação.”

Não limite o personagem ao trauma
Se a fonte começar a descrever o episódio traumático, é dever do repórter saber quando é hora de interromper e fazer com que a entrevista não acabe ali, na pior parte. Mesmo que não vá usar isso na matéria, saiba tirá-lo de lá gradualmente, com perguntas sobre a vida da pessoa para além do trauma. Pergunte do que a pessoa gosta, do seu cotidiano, do que a faz feliz. Isso faz com que ela fique confortável para sair das próprias lembranças na hora que quiser.

Pense duas vezes antes de divulgar imagens de terroristas
“Quando estou tentando levar meu dia e o rosto do homem que matou meus colegas e quase me matou aparece na TV, é como se jogassem um balde de água fria na minha cabeça”, descreve Selene San Felice.

Em vez de publicar imagens de terroristas na busca por cliques, defende, os veículos deveriam mostrar as histórias que mais importam: as das vítimas e sobreviventes. No caso do atentado ao Capital Gazette, por exemplo, seria possível usar fotos da redação, de cada memorial e vigília e do trabalho de reportagem que os jornalistas sobreviventes fizeram de uma garagem vizinha (a edição do Gazette saiu no dia seguinte, com a cobertura completa do incidente).

Leia tambémPesquisadora dá dicas para entrevistar pessoas traumatizadas

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Folha recebe mais de mil inscrições para processo seletivo de estagiários https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2019/04/15/folha-recebe-mais-de-mil-inscricoes-para-processo-seletivo-de-estagiarios/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2019/04/15/folha-recebe-mais-de-mil-inscricoes-para-processo-seletivo-de-estagiarios/#respond Mon, 15 Apr 2019 21:14:12 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2019/02/3d454140ffd43b5189ffc515e50698330af3a6b56b7ce4919baea491328267c3_5a705c671d7f1-320x213.jpg https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=8908

Folha recebeu 1.001 inscrições para o processo seletivo de estagiários, que esteve com inscrições abertas entre os dias 9 e 14 deste mês. Participam da seleção estudantes de jornalismo e comunicação social com matrícula ativa em uma instituição de ensino superior e que morem em São Paulo ou em cidades próximas.

Na terça-feira (16) e na quarta-feira (17), os candidatos que se inscreveram fazem uma prova on-line de conhecimentos gerais, português e inglês.

Os estudantes com os melhores resultados serão convocados para entrevista na sede do jornal.

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Repórter de site norte-americano inventava fontes e usava e-mails falsos https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2016/02/04/reporter-de-site-norte-americano-inventava-fontes-e-usava-e-mails-falsos/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2016/02/04/reporter-de-site-norte-americano-inventava-fontes-e-usava-e-mails-falsos/#respond Thu, 04 Feb 2016 16:57:01 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=4603

O site norte-americano “Intercept”, especializado em reportagens sobre segurança pública, anunciou na última terça-feira (2) que um ex-funcionário inventava citações de entrevistados e, às vezes, até os próprios entrevistados, usando uma série de contas falsas de e-mail.

O repórter Juan Thompson tinha até um e-mail falso para se passar pela editora-chefe do site, Betsy Reed. Ela foi a público para esclarecer o ocorrido.

“Thompson inventava várias citações nas suas histórias e criava contas falsas de e-mail para se passar por outras pessoas, inclusive uma conta de Gmail no meu nome. Uma investigação das reportagens de Thompson encontrou três citações de pessoas que disseram que não foram entrevistadas”, afirmou Reed.

Juan
Perfil de Juan Thompson no “Intercept”

“Pedimos desculpas para as pessoas retratadas nas matérias, para quem foi citado indevidamente e para vocês, nossos leitores”, diz o comunicado. O site corrigiu todas as matérias com citações falsas e incluiu uma nota de esclarecimento nos casos em que não é possível confirmar a veracidade das informações.

O caso que chama mais atenção é uma reportagem sobre os homicídios na igreja de Charleston, em 2015. Thompson inventou um primo de Dylan Roof, suspeito do atentado racista nos Estados Unidos, supostamente chamado Scott Roof.

Na “entrevista”, Scott Roof dizia que Dylan virou racista quando uma garota pelo qual estava apaixonado começou a namorar um homem negro. Vários outros veículos reproduziram a reportagem do “Intercept”. Na checagem feita agora, a família de Dylan Roof disse que nunca ouviu falar de um primo chamado Scott.

Quando o “Intercept” postou a retratação da editora Betsy Reed no Twitter, uma editora do “DNAInfo”, de Chicago, se pronunciou: “Não posso dizer que não esperava isso.” Thompson foi estagiário do “DNAInfo” em 2013 e, aparentemente, não saiu com uma boa reputação.

Procurada pelo “Gawker”, a editora-chefe do “Intercept” enviou uma carta que recebeu de Thompson, em que ele se justifica pela situação.

“Eu tinha um hábito de escrever rascunhos das matérias, colocar o nome das pessoas que eu queria entrevistar, e depois procurar os entrevistados”, comentou, alegando que, depois, esquecia de trocar os nomes. “Era desleixo? Sim? Mas eu sou ‘foca’, e esperava ter uma editora competente e uma estrutura para me orientar, o que eu nunca tive na sua empresa.”

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Jornalistas espanhóis lançam site com seis notícias por dia https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/09/30/jornalistas-espanhois-lancam-site-com-seis-noticias-por-dia/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/09/30/jornalistas-espanhois-lancam-site-com-seis-noticias-por-dia/#respond Wed, 30 Sep 2015 14:22:29 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=4093 Os jornalistas Braulio Calleja e Juan Zafra lançaram nesta segunda (28) uma plataforma de notícias políticas e econômicas na Espanha. No “bez”, a proposta é publicar seis histórias por dia, “com um tratamento informativo rigoroso”, “profundidade” e “precisão”.

Algumas prioridades editoriais, elencadas no projeto do jornal, são a crise econômica europeia e a insatisfação política dos cidadãos espanhóis.

A iniciativa chamou a atenção. Nos primeiros três dias, o “bez” já tem quase 3 mil fãs no Facebook. A intenção é construir uma relação direta com os leitores (“leitores que analisem, que nos ajudem a seguir pistas”, segundo o vídeo promocional do jornal) e fomentar o debate público na Espanha.

Já a aposta em poucas notícias tem como objetivo “diminuir o ruído” da informação da era digital, segundo disseram os fundadores ao site “Periodismo Ciudadano”. A redação também é enxuta: são 12 jornalistas contratados, além de um núcleo de colaboradores.

O modelo de financiamento do portal se baseará na publicidade digital e em conteúdo pago para assinantes. Os fundadores também cogitam criar newsletters pagas, eventos e cursos.

Equipe do Bez.es (Reprodução/Bez.es)
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Revista ‘NME’ agora é distribuída de graça no Reino Unido https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/09/25/revista-nme-agora-e-distribuida-de-graca-no-reino-unido/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/09/25/revista-nme-agora-e-distribuida-de-graca-no-reino-unido/#respond Fri, 25 Sep 2015 18:15:29 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=4076 A revista semanal britânica “NME”, uma das mais importantes na área da música, passou a ser distribuída gratuitamente no mês de setembro.

Em uma declaração no site da revista, o editor Mike Williams disse que o objetivo da mudança é atingir o maior número possível de pessoas.

Para se adaptar ao jornalismo digital, a revista também planeja aumentar os investimentos em eventos ao vivo, produtoras de vídeo e mídias sociais.

Antes, a revista estava à venda por £2,60 (R$ 15). Segundo a revista “Wired”, a gratuidade é uma estratégia para aumentar a tiragem da “NME”, que diminuiu de 75 mil cópias para 15 mil na última década.

Ao tornar a revista gratuita, as impressões iram aumentar para 300 mil exemplares, possibilitando uma reestruturação econômica da marca e um aumento da renda publicitária.

A publicação existe desde 1952, quando se chamava New Musical Express. Hoje, é impressa pela Time Inc., empresa que também é dona da “Time”, “People” e “InStyle”, entre outras.

Pontos de distribuição da NME (Reprodução/NME.com)
Pontos de distribuição da NME (Reprodução/NME.com)

 

 

 

 

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