Novo em Folha https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br Programa de Treinamento Tue, 07 Dec 2021 12:48:26 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Provas para o Lab 99, sobre mobilidade urbana, acontecem no dia 24 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/07/22/provas-para-o-lab-99-sobre-mobilidade-urbana-acontecem-no-dia-24/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/07/22/provas-para-o-lab-99-sobre-mobilidade-urbana-acontecem-no-dia-24/#respond Wed, 22 Jul 2020 13:46:00 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/lab-1.png https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=10077 A partir das 11h de sexta-feira (24), estará disponível a prova online que selecionará os participantes do Lab 99 + Folha de Jornalismo​, oficina gratuita de treinamento focada na cobertura de mobilidade urbana.

A parceria inédita entre a Folha e a empresa 99 recebeu 354 inscrições, que se encerraram no dia 19. A seleção para as 30 vagas do curso, destinadas para jornalistas recém-formados e estudantes do último ano da graduação, será feita a partir da prova e da análise de currículo.

Em caso de dúvidas, escreva para treina@grupofolha.com.br.

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Folha recebe nova turma de Treinamento em Jornalismo Diário https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/06/16/folha-recebe-nova-turma-de-treinamento-em-jornalismo-diario/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/06/16/folha-recebe-nova-turma-de-treinamento-em-jornalismo-diario/#respond Tue, 16 Jun 2020 19:24:44 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2020/06/Montagem.jpg https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=9966 Após seleção entre 3.388 inscritos, 20 trainees começaram a participar do 64º Programa de Treinamento em Jornalismo Diário da Folha. O programa teve início na segunda-feira (8) e é a primeira edição realizada completamente online, seguindo as medidas de isolamento social.

Os participantes vêm de nove estados diferentes, a faixa etária varia entre 20 e 48 anos e há pessoas com formação universitária em diferentes áreas.

Durante o treinamento, os participantes vão ter aulas de jornalismo diário, direito, economia e língua portuguesa, além de produzirem uma reportagem final que será publicada no jornal. O coordenador desta turma é o repórter especial Ricardo Balthazar.

O treinamento é patrocinado pela Philip Morris Brasil.

Conheça os trainees:

Andrei Ribeiro, 22

Formado em humanidades pela Universidade Federal da Bahia e estudante de jornalismo na mesma instituição, o baiano já colaborou como repórter para a Agência de Notícias das Favelas e para a Mídia Ninja.

Andressa Canova Motter, 23

É formada em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria, cidade onde vive no Rio Grande do Sul. Já escreveu sobre ciência, cultura, educação e tecnologia.

Artur Búrigo, 23

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina e natural de Cocal do Sul (SC). Seu trabalho de conclusão de curso foi sobre a greve dos caminhoneiros. Com passagens por rádio e TV, tem experiência na cobertura de esporte.

Bárbara Blum, 24

É bacharel em relações internacionais pela PUC-SP, onde faz mestrado. Trabalhou no espaço cultural Tapera Taperá e hoje colabora com o programa Terra em Transe, da TV PUC. Gosta de fotografar.

Bruna Souza Cruz, 33

Paulistana formada em jornalismo pela Universidade Metodista, é repórter de tecnologia do UOL. Teve passagem pelas editorias de educação, carreira e notícias.

Carolina Marins, 24

Estuda jornalismo na USP e é redatora no portal UOL. Nasceu em Cotia, mas mora na capital paulista desde 2015. É apaixonada por jornalismo internacional.

Christopher Kapaz, 22

Paulistano, formou-se em administração pública pela FGV depois de uma rápida passagem pelo curso de direito. Trabalhou no Banco Maré e é atualmente servidor público na Prefeitura de São Paulo, onde desenvolveu o interesse pelo jornalismo.

Cleber Souza, 28

Veio do interior baiano para o bairro do Grajaú, na periferia da zona sul de São Paulo. Já trabalhou com vendas e merchandising. Está no último ano do curso de jornalismo da Universidade Nove de Julho e faz estágio no UOL desde 2019, onde participa da cobertura de assuntos da cidade. ​Define-se como um jornalista da quebrada.

Felipe Corona, 35

Jornalista rondoniense, tem 16 anos de carreira. Formado em jornalismo na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), trabalhou para várias redes de televisão (Cultura, Bandeirantes, SBT e RedeTV) e escreveu matérias para a agência EFE (Espanha) e a revista Globo Rural. Vive em Porto Velho.

Flavio Latif, 22

Recém-formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Foi estagiário na Rádio Transamérica e no UOL Esporte.

Gabriela Brito, 28

Mineira formada em comunicação social na Universidade Federal de Minas Gerais e se especializou em documentário em Nova York. Decidiu mudar-se para São Paulo no ano passado. Colabora com a ONG Teto.

Gabriela Caseff, 33

Publicitária pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, atua há dez anos em organizações sociais como a Festa Literária de Paraty e a Doutores da Alegria.

Gustavo Soares, 20

Nascido em Minas Gerais e estudante de economia da USP, envereda pelo jornalismo para tornar sua área mais legível para os leigos. É também interessado por cinema e lê livros desnecessariamente longos.

Jairo Barbosa, 48

Nasceu no Acre, é formado em jornalismo e direito, tem 28 anos de experiência. É colaborador da Agência Folha desde 2013.

João Augusto Cataldo de Toledo, 23

É estudante da Faculdade de Direito da USP e estagiário da Defensoria Pública Paulista, Núcleo de Direitos Humanos. Busca no Treinamento da Folha ampliar seu horizonte profissional.

João Guilherme Bretas, 31

É portador de paralisia cerebral. Vive em Andradas (MG), graduou-se em jornalismo em 2018. Trabalhou na produção de documentário, uma paixão.

Paulo Veras, 28

Jornalista pela Universidade Federal de Pernambuco e programador pelo IFAL, trabalhou no Jornal do Commercio e na Folha de Pernambuco. Checador no Comprova e voluntário no Brasil.IO. Nasceu há 28 anos na terra de Zumbi dos Palmares.

Sheyla Santos, 30

Carioca da zona norte, é jornalista formada pela PUC-Rio com MBA. Mora em Brasília, onde trabalhou na Câmara dos Deputados. Tem interesse por política, judiciário, economia e infraestrutura.

Thiago Bethônico, 25

Formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, o jornalista reside em Belo Horizonte e possui grande interesse em política. Gosta de literatura e já trabalhou em livrarias.

Victor Lacombe, 23

Natural de Ourinhos (interior de SP), é formado em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina, onde escreveu uma reportagem sobre violência policial em Florianópolis como trabalho de conclusão de curso.

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A neurocientista que trocou a medicina pelo jornalismo —e se deu bem https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/10/16/a-neurocientista-que-trocou-a-medicina-pelo-jornalismo-e-se-deu-bem/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/10/16/a-neurocientista-que-trocou-a-medicina-pelo-jornalismo-e-se-deu-bem/#respond Fri, 16 Oct 2015 14:06:36 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=4179 Por Cláudio Goldberg Rabin

Com a passagem do furacão Katrina, em 2005, as águas começam a subir em New Orleans, nos Estados Unidos. Ilhado, um hospital precisa ser evacuado. Há centenas de pacientes e nem uma dezena de helicópteros para resgatá-los. Quem deve ser salvo primeiro? Os bebês? Os mais velhos e experientes? Os funcionários, que podem ajudar os demais? Os pacientes da UTI, que precisam dos aparelhos e morrerão quando a luz acabar? Qual, afinal, deve ser o critério de decisão?

Mostrar como os profissionais do local reagiram a essa situação limite rendeu um Pulitzer à jornalista americana Sheri Fink, que falou sobre seu trabalho no festival piauí/Globonews de jornalismo em São Paulo, no último final de semana.

Em um oásis de tempo jornalístico, a repórter teve dois anos para apurar e escrever a reportagem “Five Days at Memorial”, publicada pelo site ProPublica em parceria com o “New York Times”, e mais tarde transformada em livro.

Entrevistada pelo publisher da “piauí”, João Moreira Salles, e pela repórter da “Época” Cristiane Segatto, Sheri contou que se encantou pelo jornalismo depois de participar de um programa da universidade que colocava cientistas dentro das redações. Na época, ela era formada em medicina e cursava o doutorado em neurociência pela Universidade Stanford.

 

Sheri Fink no festival piauí/GloboNews de jornalismo (Crédito: Bruno Santos/Folhapress)
Sheri Fink no festival piauí/GloboNews de jornalismo (Crédito: Bruno Santos/Folhapress)

 

A ideia era aprender a escrever sem jargões e ajudar a melhorar o nível de conhecimento científico dos jornalistas. Deu “errado”: ela trocou a medicina pelo jornalismo.

Em seu primeiro trabalho, ainda com MD (medical doctor) na assinatura, a americana desembarcou em Srebrenica dois anos depois do fim da guerra da Bósnia para contar a história do hospital da cidade que saltou de 5 mil para 50 mil pessoas atendidas durante a guerra.

Sheri articula a narrativa do livro de 2003 “War Hospital: A True Story of Surgery and Survival” em torno de seis médicos e suas decisões éticas e morais em um ambiente de extrema pressão e de desintegração social.

Ela afirma trabalhar com o arquétipo literário do personagem na ilha deserta, no qual os meios externos e a sociedade deixaram de existir, mas é preciso sobreviver de alguma maneira.

De certo modo modo, foi o cenário que encontrou na cobertura do vírus ebola na Libéria pelo “NYTimes”, que lhe rendeu seu segundo Pulitzer. Desta vez, contudo, a cobertura foi quente —a repórter estava no local à medida em que os fatos estavam se desenrolando.

Ela considerou que sua contribuição mais importante foi revelar ao mundo que a surto da doença havia começado antes do que pregava a narrativa oficial e que os primeiros indícios foram ignorados por causa dos cortes nos repasses à Organização Mundial da Saúde depois da crise de 2008.

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Um veterano de guerras https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/10/15/um-veterano-de-guerras/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/10/15/um-veterano-de-guerras/#respond Thu, 15 Oct 2015 21:23:13 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=4175 Por Ricardo Lerman

“Hersh é o ponto onde o jornalismo americano mais se aproxima do terrorismo.” A sentença poderia fazer pensar que o premiado trabalho do jornalista Seymour Hersh, 78, não é digno de crédito. Depende do ponto de vista.

Autor de reportagens que marcaram a história do jornalismo americano, Hersh ficou célebre com a publicação de “My Lai 4: A Report on the Massacre and Its Aftermath”, em 1969, que revelou que o Exército americano havia matado 109 civis em uma aldeia vietnamita.

A reportagem, reconhecida com o Prêmio Pulitzer de 1970, intensificou a impopularidade da campanha militar dos EUA no Vietnã e ajudou a mudar os rumos da guerra.

Desde então, Sy, como é conhecido, vem construindo uma carreira consagrada, marcada por críticas a sucessivos governos de seu país e por enfrentamentos como os que provocaram a fúria de Richard Perle, membro do governo Bush durante a guerra do Afeganistão –e autor da frase que abre este texto.

Hersh veio a São Paulo na última semana para o Festival Piauí GloboNews de Jornalismo. Ele esteve na Folha, na última sexta (9), para um bate-papo, em que falou principalmente sobre jornalismo e política internacional. Confira a seguir algumas de suas declarações.

 

PEGAR LEVE

Eu acho que a mídia é sempre muito suave com os presidentes. Nos EUA, [Bill] Clinton perdeu muitos créditos por causa do escândalo sexual, depois nós tivemos a administração [George] Bush. [Barack] Obama vive uma situação de alívio. Ele gosta de repórteres, os recebe bem, socializa e os convida para jantar: assim pode controlar a narrativa que contam sobre ele. Há sempre uma narrativa oficial, eu prefiro pensar na narrativa que há por trás dessa.

JORNALISMO ATUAL
Está ruim. O lado bom é que nós temos toda uma nova geração de blogs e veículos de internet que estão transformando e levando o jornalismo para outros patamares. Você pode imaginar toda a comunicação que está sendo produzida hoje em dia? Em um acidente de avião, por exemplo, temos observadores diretos que podem estar online, escrever a respeito do que viram. Temos muito mais acesso à informação do que antes. Há um potencial incrível. Por outro lado, é muito mais difícil checar as informações e há um monte de canais estúpidos de TV, mas isso vai melhorar, porque simplesmente não pode ficar pior.

GUERRAS
Quando eu cobri a guerra do Vietnã, me dei conta da total loucura dos homens. Não somente de um ponto de vista político ou ideológico, mas de um ponto de vista moral. Se você fosse um menino iraquiano de dois ou três anos em 2003, agora mesmo você seria um psicopata, pronto para matar qualquer um. O que fizemos naquele país foi imoral e perigoso e não fizemos nada para consertar.

PONTO DE VISTA
Repórteres podem ter pontos de vista. A ideia de que não devemos tê-los ainda é muito forte, mas o fato é que somos seres humanos. É possível ter um ponto de vista e ainda assim ser profissional. Nós sabemos que o mundo é comandado por pessoas estúpidas que cometem erros todo o tempo. Nossa missão é não comprar a história deles. O trabalho do jornalista é mostrar ao mundo o que está acontecendo, buscar sempre a outra verdade da história.

BOAS HISTÓRIAS
Eu me dedico muito às histórias e lembrem-se, eu tenho tempo para isso. Não é somente escrever o que você acha que é uma boa história, mas checar e ter certeza do que você divulga. Na maior parte do tempo, eu preciso começar a escrever para perceber que a história tem lacunas. É a escrita que te mostra. Quando você começa a escrever, não consegue simplesmente pular um fato que você não verificou e que pode ser relevante. Isso pode se virar contra o seu próprio material no futuro.

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Turma de Foto e Vídeo começa Treinamento com ‘selfie’ coletiva https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/10/13/turma-de-foto-e-video-comeca-treinamento-com-selfie-coletiva/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/10/13/turma-de-foto-e-video-comeca-treinamento-com-selfie-coletiva/#respond Tue, 13 Oct 2015 16:18:21 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=4150 A 1ª turma de Fotojornalismo e Vídeo da Folha começou na segunda-feira (4) já com um desafio. Munidos com suas câmeras e tripés, os 15 trainees foram até o heliponto, no terraço do jornal, em busca do melhor ângulo —de si mesmos. Cada um fez uma “selfie” coletiva: muitos clicando e correndo para frente da lente para aparecer.

As favoritas entraram para a galeria abaixo. A “selfie” de Thiago Foresti foi eleita a foto oficial pela própria turma.

E você, de qual gosta mais?

O Programa de Treinamento em Fotojornalismo e Vídeo é patrocinado por Friboi, Philip Morris Brasil e Odebrecht.

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Trainees de Ciência e Saúde fazem guia de alimentação a partir dos 50 anos https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/07/09/trainees-de-ciencia-e-saude-fazem-guia-de-alimentacao-a-partir-dos-50-anos/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/07/09/trainees-de-ciencia-e-saude-fazem-guia-de-alimentacao-a-partir-dos-50-anos/#respond Thu, 09 Jul 2015 20:11:13 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=3518 Para seu projeto final, a 3ª turma de trainees de Ciência e Saúde produziu um guia de alimentação para pessoas com 50 anos ou mais. O especial “Alimentação 50+” foi publicado na quinta-feira (9/7) pela Folha.

São treze matérias tratando de assuntos desde como montar um cardápio saudável sem abrir mão do prazer, a companhia na hora das refeições até a discussão de mitos e verdades da nutrição, como os efeitos da dieta mediterrânea e do álcool no organismo.

A publicação completa pode ser conferida aqui. O Programa de Treinamento em Ciência e Saúde da Folha completou sua 3ª edição neste ano, com patrocínio institucional da Pfizer. Acompanhe a abertura de vagas do curso aqui no Novo em Folha.

 

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Diretor do Instituto Paulo Freire cobra defesa do direito à alfabetização https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/05/04/diretor-do-instituto-paulo-freire-cobra-defesa-do-direito-a-alfabetizacao/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/05/04/diretor-do-instituto-paulo-freire-cobra-defesa-do-direito-a-alfabetizacao/#respond Mon, 04 May 2015 18:04:53 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=3171 Por Carolina Linhares

Com redução de 0,1% na taxa de analfabetos com mais de 15 anos desde 2011, o combate ao analfabetismo está estagnado no país. Na opinião do professor da Faculdade de Educação da USP e diretor do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti, cabe à mídia e à sociedade exigir avanços.

“O tema do analfabetismo não apareceu na pauta das eleições. Eu tinha fome de falar sobre isso”, disse Gadotti em palestra para jornalistas da Folha nesta terça (28), na sede do jornal.

(Crédito: Reprodução/Instituto Paulo Freire)
(Crédito: Reprodução/Instituto Paulo Freire)

“A demanda da alfabetização vem de pobres e negros, espalhados no meio rural e sem barganha política. É preciso que a sociedade seja convocada para defender esse direito”, disse.

Para o professor, o Estado prefere investir nas crianças seguindo o conceito de “alfabetização na idade certa”. “Essa ideia é equivocada e deixa de lado 46% de analfabetos, que têm mais de 60 anos”, afirmou.

Outro erro, segundo Gadotti, foi o afastamento da sociedade civil e do movimento sindical na reestruturação do programa Brasil Alfabetizado, em 2007. “O programa foi entregue a municípios que não tinham tradição de Educação de Jovens e Adultos”.

POLÍTICAS FRAGMENTADAS

Para Gadotti, a descontinuidade e a fragmentação das políticas públicas são “o grande mal da educação brasileira”. “A repartição federativa é ruim, não há um sistema nacional de educação. As boas políticas são as colaborativas entre as três esferas do governo”, disse.

Desde a Constituição de 1988, o país se propõe a eliminar o analfabetismo em até dez anos. A promessa foi renovada em 2014, com o Plano Nacional de Educação. O número mais recente, da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2013, aponta que 8,5% dos brasileiros com mais de 15 anos não sabem ler e escrever.

“Eu não acredito que essa meta será cumprida até 2024”, afirmou Gadotti. “Com a troca de ministros no início do ano, ainda não vimos o carro da educação brasileira andando em 2015”.

EMANCIPAÇÃO

Gadotti, que foi chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Educação da capital entre 1989 e 1990, na gestão de Paulo Freire (1921-1997), defende as ideias do educador.

O professor diz que a educação não pode ser um fim em si mesmo e, principalmente na educação de adultos, deve haver uma perspectiva emancipadora e política. Isso estimularia os alunos a mudarem sua realidade.

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‘Assessor de imprensa não é jornalista’, afirma Eugênio Bucci https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/04/17/assessor-de-imprensa-nao-e-jornalista-afirma-eugenio-bucci/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/04/17/assessor-de-imprensa-nao-e-jornalista-afirma-eugenio-bucci/#respond Fri, 17 Apr 2015 21:00:42 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=3094 Por Leonardo Neiva

“Somos um país que não sabe a diferença entre jornalismo e assessoria de imprensa.” A frase é do jornalista e professor da Escola de Comunicações e Artes da USP Eugênio Bucci, que fez críticas ao Código de Ética da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) nesta quarta-feira (15), em palestra para jornalistas da Folha, na sede do jornal.

Eugênio Bucci, em 2013. Crédito: Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Eugênio Bucci em 2013. (Crédito: Moacyr Lopes Junior/Folhapress)

Bucci afirmou que o documento permite a atuação de assessores de imprensa dentro das redações de jornais, apesar do conflito de interesses existente entre as profissões. “Deveriam existir dois códigos diferentes se a entidade quisesse representar as duas atividades”, disse.

Autor da apresentação da nova tradução do livro “Todos os Homens do Presidente” (ed. Três Estrelas, 424 págs.), Bucci citou o caso Watergate –que levou à renúncia do presidente americano Richard Nixon, em 1974– como o evento que firmou a tradição do jornalismo investigativo, demonstrando a força da imprensa como órgão fiscalizador do poder.

O jornalista também defendeu a existência de grandes redações para garantir uma retaguarda sólida aos profissionais. Segundo ele, essas instituições devem funcionar como escolas formadoras do pensamento.

Durante o evento, Bucci apontou para a complexa relação entre jornalismo e poder no Brasil. Ele considera que o jornalismo não nasceu de uma demanda da sociedade civil no país, e sim a partir de uma iniciativa do Estado, o que enfraqueceu a fiscalização do poder pela imprensa.

Para o jornalista, essa falta de vigilância do poder tem origem histórica, já que os primeiros censores teriam chegado ao Brasil nos navios da família real portuguesa, em 1808. “Somos um país em que a censura nasceu antes da imprensa”, afirmou.

Bucci também condenou a publicidade oficial, que, para ele, beira a troca de favores. “No Brasil, é difícil saber se a imprensa contestou mais o poder ou se serviu mais o poder”, declarou.

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História de presos que usam Daime, revelada em especial de trainees, ganha destaque no “NY Times” https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/04/13/historia-de-presos-que-usam-daime-revelada-em-especial-de-trainees-ganha-destaque-no-ny-times/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/04/13/historia-de-presos-que-usam-daime-revelada-em-especial-de-trainees-ganha-destaque-no-ny-times/#respond Mon, 13 Apr 2015 17:22:12 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=3064 Durante quatro meses em 2014, os integrantes da 58ª turma do Programa de Treinamento em Jornalismo Diário da Folha foram a oito Estados brasileiros e produziram um especial com dez iniciativas positivas no combate à criminalidade.

A série de reportagens, publicada no projeto multimídia “Violência tem cura?”, buscou apontar soluções inovadoras para o problema da criminalidade no Brasil.

Uma das reportagens, “Daime contra rebeliões”, relevou que uma ONG de Rondônia havia adotado o uso da ayahuasca com detentos do sistema penitenciário do Estado. O chá, que tem propriedades alucinógenas, é usado no ritual do Santo Daime, religião surgida na Amazônia no século 20. O texto é de Thiago Nascimento.

Em março, o “New York Times” deu destaque ao assunto em suas edições impressa e digital. A reportagem “In Brazil, Some Inmates Get Therapy With Hallucinogenic Tea” foi feita por Simon Romero, chefe do escritório do jornal para o Brasil e América Latina.

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Em busca de um post melhor: 6 dicas para fazer uma matéria online bombar https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/04/06/em-busca-de-um-post-melhor-seis-dicas-para-fazer-uma-materia-online-bombar/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2015/04/06/em-busca-de-um-post-melhor-seis-dicas-para-fazer-uma-materia-online-bombar/#respond Mon, 06 Apr 2015 20:27:32 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=3042 Por Cláudio Goldberg Rabin

Para capturar a atenção do leitor na internet, a qualidade na apresentação de uma notícia é mais importante do que a quantidade de textos publicados. Na palestra “Como focar a pauta para aumentar a audiência”, Marcelo Soares, especialista em dados da Folha, deu dicas de como tornar um conteúdo mais atrativo.

1 – O leitor é um gato na frente de um ponteiro laser

Boa parte dos leitores chega à notícia pelas redes sociais e pelos buscadores online. A reportagem, portanto, pode ser o primeiro contato que o leitor tem com o site do jornal. Seja cuidadoso com os elementos da página e deixe uma boa impressão desde o início.

 2 – Um título ruim pode matar uma reportagem boa

No online, o título é a principal pista visual para o leitor saber a relevância de uma reportagem. Ele individualiza o conteúdo e deve conter palavras que possam ser encontradas nos mecanismos de busca mais facilmente.

 3 – O poder de atração da imagem

Fotos, vídeos e infográficos ajudam o leitor que chega ao texto permanecer nele. Uma imagem bem escolhida contribui para chamar a atenção nas postagens em redes sociais.

4 – Ajude o leitor a encontrar as notícias

Cada texto no site faz parte de um “ecossistema digital”. Nele, as reportagens podem dar “carona” umas às outras. Coloque hiperlinks para valorizar o conteúdo produzido.

 5 – Jornalismo online não precisa embrulhar peixe no dia seguinte

Na internet, a reportagem não “morre” depois de publicada. Sempre que o assunto for relevante, ela pode voltar na forma de link.

 6 – Pense diferente

O que é feito da mesma maneira como sempre foi feito, sem dar audiência, pode ser diferente. Em vez de publicar uma reportagem sobre as oscilações do dólar, mais vale reunir o conteúdo em um liveblog ou em uma calculadora, por exemplo.

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