Novo em Folha https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br Programa de Treinamento Tue, 07 Dec 2021 12:48:26 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Vídeo de repórter falando seis idiomas surpreende a internet https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2021/07/30/video-de-reporter-falando-seis-idiomas-surpreende-a-internet/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2021/07/30/video-de-reporter-falando-seis-idiomas-surpreende-a-internet/#respond Fri, 30 Jul 2021 19:19:46 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/b7c2a14b8111e39ef40709760f167e090059f4b0a28f6f535095de8afc5f8fcb_610183b6b6aa5-320x213.jpg https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=11104 Iraci Falavina

O jornalista Philip Crowther, 40, ganhou a atenção da internet nesta semana. Na segunda-feira (26), o repórter publicou um vídeo em seu Instagram e Twitter no qual, ao longo de um minuto, informa sobre a abertura das Olimpíadas de Tóquio em seis idiomas: luxemburguês, alemão, espanhol, português, francês e inglês.

Durante o que ele mesmo chamou de “pequeno ato de circo”, Crowther atuava como correspondente da rede luxemburguesa RTL, da norte-americana PBS, da alemã DW e da francesa EuroNews, que transmite notícias em 16 idiomas.

O repórter trabalha para a Associated Press, que distribui material jornalístico para diversos veículos, incluindo os apresentados no vídeo.

Philip nasceu em Luxemburgo, filho de pai inglês e mãe alemã. Além desses três idiomas aprendidos naturalmente, ele estudou francês desde cedo na escola, e dedicou-se ao português e espanhol na faculdade.

O vídeo de Crowther obteve bastante repercussão nas redes sociais, e os comentários brincaram com sua fluência. “O cara pegando freela de correspondente internacional em TODOS OS CANAIS”, disse o usuário @RonniePedra do Twitter. “Tá difícil pra todo mundo, replicou @carla_delima.

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Imagens de idosos com Covid rendem Pulitzer a fotógrafo espanhol https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2021/06/24/imagens-de-idosos-com-covid-rende-pulitzer-a-fotografo-espanhol/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2021/06/24/imagens-de-idosos-com-covid-rende-pulitzer-a-fotografo-espanhol/#respond Thu, 24 Jun 2021 20:12:08 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/morenatti-1-320x213.jpg https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=11021 O fotojornalista espanhol Emilio Morenatti, 39, foi vencedor do Prêmio Pulitzer na categoria Feature Photography com a série de fotografias que refletem a luta de idosos na Espanha contra a Covid-19.

Morenatti reside em Barcelona e atua como fotógrafo-chefe da agência Associated Press (AP) para a Espanha e Portugal. Embora seja o quarto jornalista espanhol a receber um Pulitzer, é o primeiro de sua nacionalidade a ser contemplado nesta categoria, recebendo o prêmio de US$ 15.000.

Morenatti possui experiência em zonas de guerra e já trabalhou pela AP no Afeganistão, Paquistão, Israel e territórios palestinos. Ele também já recebeu dois prêmios World Press Photo: um na categoria Temas Contemporâneos (2013) e outro em Notícias Locais (2008).

O fotógrafo começou sua carreira em um jornal local de Jerez de La Frontera, Espanha, onde cresceu. A partir de 1992, Morenatti começou a trabalhar na Agencia EFE, uma das principais do país. Em 2004, o fotojornalista começou a trabalhar exclusivamente para a Associated Press.

Em setembro de 2020, Emilio Morenatti, ao lado de Renata Brito, cobriu uma situação de imigrantes da Costa do Marfim que tentavam chegar à Europa por meio das Ilhas Canárias. Na semana em que a Associated Press fez a reportagem, 20 corpos de pessoas que tentavam cruzar o caminho até a Europa foram resgatados.

A cerimônia da 105a edição do prêmio Pulitzer ocorreu no dia 12 de junho, de forma online. A organização concedeu uma menção honrosa a Darnella Frazier, a jovem de 17 anos responsável por filmar o assassinato de George Floyd, “um vídeo que desencadeou protestos contra a violência policial no mundo inteiro”, segundo o comitê do prêmio.​

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Conheça os trainees da 65º turma de jornalismo diário da Folha https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2021/06/08/conheca-os-trainees-da-65o-turma-de-jornalismo-diario-da-folha/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2021/06/08/conheca-os-trainees-da-65o-turma-de-jornalismo-diario-da-folha/#respond Tue, 08 Jun 2021 20:12:55 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/Screenshot_20210608-165315_Samsung-Internet-320x213.jpg https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=10961 Em uma decisão histórica, a Folha realiza neste ano o primeiro programa de treinamento de jornalismo diário voltado para profissionais negros.

Após seleção entre 2.388 inscritos, 18 trainees participam do 65º Programa de Treinamento em Jornalismo Diário da Folha. 

O programa teve início em 10 de maio e é a segunda edição realizada online, seguindo as medidas de isolamento social. 

Os participantes vêm de seis estados diferentes, das regiões Sudeste e Nordeste. A faixa etária varia entre 20 e 35 anos.

Durante o treinamento, os trainees têm aulas de jornalismo diário, direito, economia e língua portuguesa, além de produzirem uma reportagem final que será publicada no jornal. 

A coordenadora desta turma é a editora de Diversidade, Flavia Lima. 

O treinamento é patrocinado pela Philip Morris Brasil e tem apoio do Nelson Willians Group.

 

Conheça abaixo os participantes:

 

 

Anelise Gonçalves

Anelise Gonçalves, 23, nasceu e foi criada no subúrbio carioca. Na infância, sonhava em ser enfermeira, fez um curso técnico, mas não se encontrou. Também pensou em estudar relações internacionais, conseguiu uma bolsa de estudos, mas não pôde se matricular porque ainda estava no ensino médio. Por se considerar comunicadora e curiosa, optou pelo jornalismo. Hoje, é estagiária de marketing internacional na Rede Globo, trainee de jornalismo na Folha e pretende concluir o curso de jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) neste ano.

 

Catarina Ferreira

Catarina Ferreira, 25, cruzava todo dia 43 quilômetros, do Itaim Paulista, zona leste, até a USP, no Butantã, onde fazia jornalismo. Pegou gosto por educação e hoje, formada, trabalha no Instituto Arte e Escola. A escolha profissional foi incitada pelo pai com revistas semanais. No cursinho pré-vestibular descobriu seu potencial e conheceu o namorado, com quem agora mora na Penha. Sua mãe foi faxineira em uma escola e a irmã mais velha, formada em pedagogia, é coordenadora.

 

Isac Godinho

Atenção à receita: misture uma colher de paixão pela culinária a uma porção de amor ao jornalismo e mexa. Deixe a massa descansar na cidade de Conselheiro Lafaiete, no interior de Minas Gerais, e cozinhe. A história do jornalista Isac Godinho, 26, abre o apetite sobre como sua profissão e a gastronomia podem se harmonizar. Autor do livro “Cozinha em prosa – Sabores da culinária mineira”, Isac é formado pela Universidade Federal de Viçosa.

 

Jairo Malta

Jairo Malta, 33, já trabalha na Folha, no núcleo de imagem, além de escrever o blog Sons da Perifa. Filho de pai tecelão e mãe costureira, foi criado com suas irmãs no Grajaú, em São Paulo. Começou a trabalhar com diagramação aos 16 anos e se formou em artes gráficas pela USP. “Se sou jornalista, se sou designer, se faço direção de arte, se sou fotógrafo, eu não sei o que eu sou. E isso é uma coisa muito boa.”

 

João Gabriel Telles

Definindo-se como um “cara muito curioso”, João Gabriel Telles, 20, gosta de literatura, documentários “reflexivos” e música indie. Filho de pais separados, com três irmãos por parte de pai, João nasceu em Goiânia, mas passou parte da infância em Luanda, na Angola, devido ao trabalho de sua mãe. Em 2010, voltou para Goiás e passou a adolescência em Corumbá de Goiás, uma cidade de interior. Cursando jornalismo na USP, está feliz de morar em São Paulo. “A ideia de voltar a viver em uma cidade grande me atraía muito.”

 

Letícia Ferreira

Letícia Ferreira, 28, nasceu em Piracicaba, interior de São Paulo, e soube que poderia fazer uma faculdade de graça aos 14 anos por um professor que conheceu no projeto de menor aprendiz. Um ano depois, decidiu que queria fazer jornalismo e optou por Bauru, cidade mais barata que São Paulo. Enquanto estudava na Unesp, estagiou em agências da ONU e trabalhou na campanha de um deputado. Em São Paulo, trabalhou para revistas e portais digitais. Depois de tantas experiências, aguarda o dia em que conseguirá uma vaga de jornalista política, seu maior objetivo.

 

Marcelo Azevedo

Na adolescência, Marcelo Azevedo, 21, acostumou-se a ver colegas chegarem à escola conduzidos por motoristas particulares, enquanto ficava horas no transporte para chegar ao colégio militar em Salvador. “Tinha muita vergonha de dizer que não fazia parte daquele universo”, diz. Cursando jornalismo na UFBA, Marcelo deixou a vergonha de lado e faz estágio no jornal A Tarde.

 

Marina Costa

Marina percorria a Rua Silva Bueno, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, quando uma cena atraiu a atenção: microfone em punho, uma mulher conversava com uma câmera. “Era a repórter Ana Brito, da TV Globo”, conta. Empolgada, venceu a timidez e disse à jornalista que sonhava seguir a mesma carreira. Dez anos depois, Marina Costa, 21, é recém-graduada pela Faculdade Paulus de Comunicação (Fapcom). “Cheguei aqui, mas e agora?”, se pergunta.

 

Matheus Rocha

Ao falar sobre o Rio de Janeiro, onde vive, Matheus Rocha, 25, cita a violência policial. Morador da Cidade de Deus, conta que já precisou se esconder em casa enquanto ouvia tiros vindos das ruas. Movido pela inquietude e pela escrita, que o levaram a ser jornalista, Matheus destaca também a efervescência cultural do seu bairro. Aprendeu, diz, a enxergar e contar histórias sobre a beleza de todos os lugares, qualidade que exerce nos trabalhos que faz para a ONG Uma Gota no Oceano.

 

Paola Ferreira Rosa

Quatrocentos quilômetros de distância entre São José dos Campos, interior de São Paulo, e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) era o que separava Paola Ferreira Rosa, 23, do sonho de ser jornalista. Criada pela mãe em uma família multirracial, ela chegou a ter dúvidas se poderia um dia trabalhar em telejornais, já que ouvia de pessoas próximas que não tinha o perfil dos jornalistas de televisão, na sua interpretação, por ser negra. Recém-formada, Paola entende que o jornalismo a deixou mais próxima da compreensão de sua negritude, o que tem feito encará-la como uma das coisas mais definidoras de sua vida.

 

Paulo Eduardo Dias

Paulo Eduardo Dias, 35, estudava jornalismo quando decidiu pegar um bloquinho, caneta e a “cara de pau”, característica da profissão, para cobrir os atos de 2013 do MBL, em São Paulo. “Fui conhecendo pessoas e acabei sendo convidado para escrever na Ponte Jornalismo.” Seu currículo inclui passagens pelo UOL e pelo Destak. Todas as experiências têm algo em comum: o jornalismo social, interesse maior de Paulo.

 

Paulo Ricardo Martins

Nascido e criado em Duque de Caxias, Paulo Ricardo Martins, 20, sabe, desde muito cedo, o peso de sua cor. Aos 9 anos, ouviu da professora: “Olha esse nariz grande, esse cabelo de crioulo”. Filho de pai negro e mãe branca, enfrentou episódios de racismo ao longo de toda a vida. Estudante de jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), trabalha como estagiário na Folha, enquanto frequenta o treinamento. “Foi um processo para eu me aceitar como sou.”

 

Pedro Lovisi

No Savassi, bairro de classe média de Belo Horizonte, o jornalista Pedro Lovisi, 20, vive sem grandes problemas urbanos. Há 11 meses, porém, o bairro periférico Ribeiro de Abreu faz parte de sua rotina de trabalho na rádio Itatiaia. Lá, a linguagem é simples, direta e os jornalistas se desprendem do que Pedro chama de “rebuscamento”. Quando se formar em jornalismo na PUC-MG, ele quer falar de temas cascudos como política.

 

Samuel Fernandes

Samuel Fernandes, 23, sempre gostou de ciências sociais, pensou em estudar filosofia e cinema.  Tantos interesses o fizeram trocar o litoral de São Luís, no Maranhão, pelo planalto central, em um primeiro momento para estudar relações internacionais, mas depois antropologia, curso no qual se formou na Universidade de Brasília (UnB).  Samuel trabalha como designer de experiência do usuário, graças à sua formação técnica no ensino médio. Seu principal trabalho é entender como as pessoas usam aplicativos ou programas digitais para facilitar o uso dessas ferramentas pelo seu público-alvo.

 

Thaís Augusto

Nascida em São Paulo e criada em São Bernardo do Campo, na região metropolitana, Thaís Augusto, 23, se formou em jornalismo em 2018 na Universidade Metodista, uma das mais tradicionais do ABC. “Sempre tive facilidade em escrever e não queria uma profissão que fosse repetitiva, que me obrigasse a fazer todos os dias a mesma coisa.” Atualmente, Thaís trabalha no UOL.

 

Vitor Soares

Natural de Santo André (Grande SP), Vitor Soares, 23, recém-formado em jornalismo na Unesp, campus de Bauru, está com dificuldade em conseguir seu primeiro emprego na área. Enquanto isso, trabalha em uma agência de marketing e faz o treinamento da Folha, que considera como um ultimato à carreira escolhida. “É a minha última chance para o jornalismo; se não der certo, largarei a profissão.”

 

Vitória Macedo

Vitória Macedo, 20, estudante de jornalismo da PUC-SP e estagiária na revista Capricho, define-se como uma pessoa que tem vontade de abraçar o mundo. Durante o ensino médio, Vitória reconheceu-se enquanto mulher negra, o que abriu espaço para uma série de percepções: “Não sou morena, não sou cor de jambo. Eu sou negra. Mulher negra de pele clara”. Hoje, Vitória divide o interesse por assuntos sociais com uma veia artística, que traduz em desenhos e colagens.

 

William Barros

Quando criança, William Barros, 21, dispensava o recreio para conversar com a professora. Brincando, o menino de Aquiraz, no Ceará, fazia entrevistas e desenhava jornais. Hoje, concilia a graduação na Universidade Federal do Ceará, o trabalho na TV Jangadeiro e o trainee na Folha. Encontra tempo ainda para produções próprias. A mais recente é o documentário “Ocupa Marighella”, que retrata a luta por moradia em Fortaleza, onde vive atualmente.​

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Em seu bicentenário, britânico The Guardian lembra os melhores títulos do jornal https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2021/05/17/em-seu-bicentenario-britanico-the-guardian-lembra-os-melhores-titulos-do-jornal/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2021/05/17/em-seu-bicentenario-britanico-the-guardian-lembra-os-melhores-titulos-do-jornal/#respond Mon, 17 May 2021 15:26:55 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/theguardiansplash-320x213.png https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=10898 O jornal britânico The Guardian publicou uma seleção dos melhores títulos e manchetes de sua história como parte das comemorações de seu bicentenário, completado no último dia 5.

“Um bom título não vai vender só a história a que se refere, mas o próprio jornal. Ele deve ser curto, preciso, decente, rítmico, de bom tom e uma insinuação perfeita das 900 palavras seguintes”, diz o texto, que pode ser acessado, em inglês, no site do jornal.

Embora tenha 200 anos, o Guardian só passou a publicar manchetes na primeira página há menos de 70 anos, a partir de setembro de 1952. Até aquele momento, a primeira página do jornal era dedicada a anúncios e classificados.

Alguns títulos, além dos que fazem uso de figuras de linguagem e som, se referem a outros acontecimentos. O título para uma resenha de 1977 do filme Guerra nas Estrelas, “Lucas in the sky with diamonds” (“Lucas no céu com diamantes”), brinca com a canção Lucy in the Sky with Diamonds, dos Beatles, lançada cerca de 10 anos antes, para falar do sucesso do diretor George Lucas.

Outros títulos, ainda que de forma leve, ajudam a chamar atenção para notícias com uma temática mais pesada. Exemplo disso é o vencedor de 2002 da competição interna que o jornal faz dos melhores títulos publicados: “The banned played on” (“Os banidos continuaram a tocar”) brinca com as palavras de mesmo som band (banda) e banned para anunciar a história de músicos que desafiavam o Taleban.

 

Veja 10 títulos e manchetes selecionados pelo Guardian:

 

Amo, amas … a mouse mat? Vatican’s Latin test

Amo, amas… um tapete de rato? A prova de latim do Vaticano

O título brinca com a semelhança entre o som das conjugações do verbo amar em latim e as palavras “mouse mat” –que não fazem sentido na frase– para falar sobre a tentativa do Vaticano de incentivar o uso do latim, idioma estudado e parte da liturgia católica, mas não mais utilizado para comunicação cotidiana.

 

But is it weather?

Mas isso é clima?

O título de uma pequena nota sobre uma exposição com a temática do clima, na seção de meteorologia, faz referência à frase “But is it art?” (“Mas isso é arte?”).

 

Champagne super over

Quando a Inglaterra venceu a copa do mundo de críquete contra a Nova Zelândia, em 2019, depois de um “super over” –espécie de prorrogação do esporte– que também terminou empatado e foi decidido por um detalhe, o jornal brincou com o título da música “Champagne Supernova”, da banda britânica Oasis, para noticiar a vitória.

 

A man, a plan, a canoe: Panama

Um homem, um plano, uma canoa: Panama

Título de 2008 brinca com um famoso palíndromo (frase ou palavra que é a mesma se lida de trás para frente) de língua inglesa, “A man, a plan, a canal: Panama”, para contar a história de um casal que foi pego após fraudar o seguro de vida, alegando que o homem havia morrido num acidente de caiaque, e fugir para o Panamá.

 

From the ladle to the grave

Da concha ao túmulo

Em notícia sobre protestos de merendeiras contra o aumento da idade de aposentadoria da categoria, título de 2010 brinca com a frase “From the cradle to the grave” (“Do berço ao túmulo”), expressão que representa algo que dura por toda a vida.

 

Hung, withdrawn and re-quartered

Enforcada, retirada e re-esquartejada

Acompanhado da foto da então primeira-ministra britânica Theresa May, o título choca pela ambiguidade das três palavras usadas.

A notícia referia-se à polêmica ocorrida na Universidade Oxford, onde May se formou, sobre a inclusão de um retrato da primeira-ministra numa exposição. “Hung” pode ser traduzido também como “pendurada”, “withdrawn” pode se referir tanto à retirada do quadro da parede quanto à retirada da primeira-ministra de seu cargo, e “re-quartered” também pode significar algo como “realocada”. 

 

I fed the newts today, oh boy

Eu alimentei as salamandras hoje

O título sobre a história da infância de John Lennon em meio à natureza brinca com o primeiro verso da música “A Day in the Life”, dos Beatles, que diz “I read the news today, oh boy” (“Eu li as notícias hoje”).

 

Metaphorically speaking: How Van-Tam is beating the PM at his own game

Metaforicamente falando: como Van-Tam está vencendo o primeiro-ministro no seu próprio jogo

Durante a pandemia do novo coronavírus, o primeiro-ministro Boris Johnson abusou do uso de metáforas em seus pronunciamentos –segundo o jornal, mais como uma tentativa vergonhosa de enrolar a população do que comunicar, sem firulas, o que era necessário. O contraste era feito por Jonathan Van-Tam, que ocupava o cargo equivalente ao Ministro da Saúde, e fazia analogias claras e úteis para comunicar com efetividade sobre a pandemia.

 

This charming man: Morrissey states his views on the Guardian

Esse homem encantador: Morrissey expõe sua opinião sobre o Guardian

O título usa o nome de uma famosa música do The Smiths, banda da qual Morrissey foi o vocalista, para ironizar o cantor, que aparece em uma foto usando uma camiseta com a frase “Fuck The Guardian” (Dane-se o Guardian).

 

Zhumaskaliyev stuns Serbia for make benefit glorious nation of Kazakhstan

Zhumaskaliyev atordoa Sérvia para beneficiar a gloriosa nação do Cazaquistão

Ao noticiar a vitória do time de futebol do Cazaquistão no primeiro jogo da equipe depois de ter ingressado na Uefa (confederação europeia de futebol), o autor da reportagem fez referência ao “mockumentary” (documentário simulado ou satírico) Borat, do inglês Sacha Baron Cohen. 

No filme, cujo subtítulo tem a mesma fórmula do título da reportagem (“Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan”, em inglês), Cohen encarna um suposto jornalista cazaque que vai aos Estados Unidos e interage com a população local.

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Jornalista revela bastidores de ‘Caetano Veloso estaciona carro no Leblon’ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2021/04/07/jornalista-revela-bastidores-de-caetano-veloso-estaciona-carro-no-leblon/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2021/04/07/jornalista-revela-bastidores-de-caetano-veloso-estaciona-carro-no-leblon/#respond Wed, 07 Apr 2021 13:07:15 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/3bf19ddfdc910b9f5b94682f833cdef1026717dacd0d5169af3913eb332adb66_5f20cc5ecdbe7_Easy-Resize.com_-320x213.jpg https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=10777 Um meme, um marco do jornalismo brasileiro, uma catarse. Dez anos após a publicação da fatídica nota sobre Caetano Veloso estacionando o carro no Leblon, a jornalista Elisangela Roxo revelou sua identidade e os bastidores da publicação do material.

Em formato de carta destinada ao cantor na edição mais recente da revista piauí, a jornalista discorre sobre os motivos que a levaram a noticiar esse fato trivial. Na época, era redatora júnior do portal Terra, cobria a 11ª edição do reality show Big Brother Brasil e publicava pequenas notas e galerias sobre feitos de celebridades. “Tudo girava em torno dos tais cliques”, escreve.

Em 10 de março de 2011, já no final de um plantão pós-carnaval, sozinha na Redação e frustrada com a cobertura que fazia, Elisangela buscava por alguma notícia para encerrar o expediente. “Desculpe a minha petulância com sua imagem, Caetano, mas eu precisava rir de mim mesma naquela atividade tão carente de sentido. Precisava me satirizar enquanto satirizava o jornalismo sobre o nada, entende?”.

A jornalista reflete que, quando publicou seu desabafo em forma de notícia, imaginava que ele passaria despercebido. Depois que a nota teve repercussão, evitou revelar sua identidade, visto que o material não era assinado, por medo de comprometer sua carreira. Atualmente, ela mora em Aarhus, na Dinamarca, onde realizou seu mestrado.

Na matéria da piauí, ela discute que seu receio e silêncio estão também associados a questões de gênero, com Redações majoritariamente masculinas, e a definição de determinados temas como destinados a mulheres e tachados como de “baixa cultura”, assim, vistos com desprezo por muitos jornalistas.

A reportagem completa pode ser conferida no site da revista piauí.

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National Geographic publica galeria com fotos históricas de 2020 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/10/13/national-geographic-publica-galeria-com-fotos-historicas-de-2020/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/10/13/national-geographic-publica-galeria-com-fotos-historicas-de-2020/#respond Tue, 13 Oct 2020 13:44:26 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/Steve-Johnson-Unsplash-320x213.jpg https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=10275 O ano de 2020 ainda não acabou, mas os eventos que já aconteceram foram tão fortes que justificam a National Geographic publicar, em agosto, uma coleção de fotos marcantes.

Embora a pandemia seja o tema dominante, há o rastro deixado pelo foguete SpaceX Falcon 9, uma exposição de carros e uma borboleta extinta há quase 80 anos.

Um dos registros mais simbólicos é a foto de Paolo Woods e Gabriele Galimberti, da obra As Três Graças (1812-1817), de Antonio Canovas, na Galleria d’Italia de Milão, na Itália. Em um momento em que o coronavírus assolava o país e que o isolamento total foi imposto, as três jovens na imensidão da galeria vazia passa a impressão de que estão consolando uma à outra.

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Associação e coletivo lançam galeria online para ajudar profissionais de imagem https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/05/20/associacao-e-coletivo-lancam-galeria-online-para-ajudar-profissionais-de-imagem/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/05/20/associacao-e-coletivo-lancam-galeria-online-para-ajudar-profissionais-de-imagem/#respond Wed, 20 May 2020 14:24:56 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/Alteração-2.0-1.png https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=9894 A Arfoc-SP (Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos no Estado de São Paulo), com o apoio do coletivo Fotógrafos pela Democracia, lançou o projeto Galeria Solidária de Fotografia no Instagram (@galeriasolidariadefotografia).

O objetivo é auxiliar profissionais de imagem que estão sendo impactados pela crise do coronavírus e construir uma rede de solidariedade.

Cada fotógrafo participante do projeto oferece uma foto de sua carreira para venda. Todas as imagens são colocadas no perfil com ampliações no tamanho 20 x 20 cm, vendidas pelo valor único de R$ 220 e padronizadas em impressão jato de tinta em papel algodão.

São três opções de participação: o autor pode escolher doar 100% do valor da venda para a gestão do projeto e os cadastrados que precisam do benefício, doar 50% do valor ou se cadastrar para receber a doação também.

O projeto é coordenado por Levi Bianco, Marcello Fim, Marcos Muzi, Silvia Zamboni e Vinícius Pereira e terá duração até o dia 20 de outubro.

Podem participar fotógrafos associados da Arfoc-SP e membros do coletivo Fotógrafos pela Democracia.

Cada fotógrafo poderá enviar até três​ imagens. Os editores Mônica Zarattini e Toni Pires vão escolher a que tiver mais chance de comercialização.

Mais informações sobre o projeto podem ser conferidas no site da Arfoc-SP.

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Fotógrafa finalista do Pulitzer retrata traumas sexuais de ex-militares https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/05/12/fotografa-finalista-do-pulitzer-retrata-traumas-sexuais-de-ex-militares/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/05/12/fotografa-finalista-do-pulitzer-retrata-traumas-sexuais-de-ex-militares/#respond Tue, 12 May 2020 15:14:09 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/sixmen_002_1.jpg https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=9872 Paul Lloyd estava no mercado procurando por lâmpadas e parou para cheirar algumas velas expostas nas prateleiras. De repente, Rachel Lloyd viu o marido chorando no chão, com as mãos cobrindo o rosto. Uma das velas tinha um cheiro muito similar ao xampu que ele usava no banho durante o treinamento no Exército em 2007, quando foi espancado e estuprado por outro recruta.

“Quando isso acontece, você volta para lá. Sua mente volta à dor do momento da agressão de ser jogado contra a parede várias vezes, ser forçado a fazer coisas, ter sua mandíbula aberta à força. É um inferno, e não há como escapar disso”, relata Paul Lloyd, 30, para a fotógrafa Mary F. Calvert, que registrou o exato momento em que o cheiro serviu como gatilho para lembranças assombrosas do ex-militar.

A imagem faz parte de uma fotorreportagem publicada no jornal The New York Times ​que retrata seis homens sobreviventes de agressão sexual nas forças armadas. Calvert foi finalista do Pulitzer deste ano pelas imagens dessa matéria, escrita por Dave Phillipps, correspondente que cobre assuntos militares.

A fotojornalista tem se dedicado, nos últimos seis anos, a retratar os traumas na vida civil de mulheres e homens que serviram no Exército. Primeiro, seu trabalho focou as mulheres que foram vítimas desse assédio. Em um relatório do Pentágono em 2019, 6,2% das mulheres disseram que já sofreram agressão sexual, enquanto as respostas dos homens corresponderam a 0,7%.

Porém, como há muito mais homens do que mulheres no Exército, o número absoluto de vítimas tem sido aproximadamente semelhante. Estima-se que a cada ano cerca de 10 mil homens são agredidos sexualmente nas forças armadas norte-americanas, sendo as vítimas geralmente jovens recrutas de baixa patente.

Na maioria dos casos, o que predomina é o silêncio das vítimas, que se sentem humilhadas e envergonhadas de delatar as agressões.

Lloyd passou 14 dias no hospital com sangramento interno e o reto rasgado e não contou para os médicos o que havia acontecido. “Eu senti que não podia dizer nada. Pareceria um fracasso total para a minha família, meu pelotão e para mim mesmo.”

Em 1973, após ter sido estuprado quatro vezes, Bill Minix, 64, foi denunciar os ataques sexuais e recebeu um status de dispensa não honroso. A vergonha impediu que ele contasse para a família o motivo de ter saído e seus pais morreram sem falar com ele e sem saber a verdade.

“Entrei na Força Aérea uma pessoa e saí outra. Sinto que minha masculinidade foi tirada de mim.” Ele conta que participou, junto de outros recrutas, de uma “iniciação” imposta pelos militares mais velhos. “Fomos forçados a fazer atos sexuais que nenhum de nós queria.” Os adolescentes foram obrigados a fazer sexo oral ou eram sodomizados.

Em 1966, a falta de recursos que protegiam as vítimas era ainda mais acentuada. Jack Williams tinha 18 anos quando um sargento da Força Aérea o estuprou na mesa de seu escritório. “Se você dissesse que foi estuprado, as pessoas iam pensar que você era homossexual ou pedófilo e seria tratado como se a culpa fosse sua”, disse Williams, 71.

Os estupros se tornaram recorrentes, mas, assim que Williams terminou seu treinamento básico, relatou às autoridades o que tinha acontecido e aguardou por uma investigação, que nunca foi feita. Ele passou a receber críticas da cadeia de comando pela sua atuação, que estava debilitada porque ele perdia treinamentos para receber tratamento para os rins e reto danificados. Jack Williams foi considerado clinicamente inapto e forçado a sair das Forças Aéreas.

Atualmente, são cerca de 61 mil veteranos reconhecidos como vítimas de agressão sexual pelo Departamento de Assuntos de Veteranos, que oferece tratamento e compensação pelos danos causados. Williams é um deles. “Eu tinha um futuro, queria servir meu país e fui bom no que fiz. Isso tudo foi tirado de mim.”

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Fiquem em casa, diz repórter da BBC que visitou UTI https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/04/14/fiquem-em-casa-diz-reporter-da-bbc-que-visitou-uti/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/04/14/fiquem-em-casa-diz-reporter-da-bbc-que-visitou-uti/#respond Tue, 14 Apr 2020 15:41:40 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2020/04/dca3d33772a9282ca19ff04b0c689d67fff76ff8ad62df283aa7b4c424f87cb4_5e959a12742c1_Easy-Resize.com_.jpg https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=9825 Na segunda-feira (6), o telejornal News at Six, da BBC, transmitiu uma longa reportagem com os bastidores de uma unidade de tratamento intensivo do hospital UCLH Trust, em Londres.

A matéria mostra um centro de recuperação pós-operatória convertido em UTI. O espaço funciona bem, mas está claramente sobrecarregado. Um dos médicos chama a situação de “completamente inimaginável”; outro lamenta a própria ingenuidade por ter acreditado que o vírus só afetaria pacientes mais velhos e doentes.

Na falta de respiradores, cerca de dez profissionais se juntam para virar os pacientes de lado e aumentar, desse modo, o fluxo de oxigênio em seu corpo. Todos trabalham com equipamentos de proteção pesada, que provocam forte dor de cabeça após algumas horas.

O jornalista entrevista um dos pacientes, Ertan Nazim, um motorista de ônibus de 70 anos. Deitado, ele descreve seus sintomas e fala da esposa, das filhas e netos que o aguardam em casa.

Após a transmissão, o repórter Fergus Walsh entrou ao vivo no estúdio para comentar suas impressões sobre a cobertura. “A equipe quis passar o recado: fiquem em casa. Se alguém tem dúvidas sobre o que o coronavírus pode fazer, espero que as imagens dessa reportagem as dissipem”, disse Walsh ao âncora. “É absolutamente vital que as pessoas levem o distanciamento social a sério.”

O repórter chamou o desempenho da equipe de esplêndido e disse ter sido profundamente impactado pela resiliência e profissionalismo dos trabalhadores. “A situação está exigindo deles um sacrifício imenso, e é por isso que devemos fazer o possível para prevenir a disseminação do coronavírus.”

A reportagem da BBC é uma exceção na cobertura da crise do coronavírus. Como o jornal “The Washington Post” relatou na semana passada, os jornalistas têm sido excluídos da linha de frente do combate à doença —os hospitais— devido a uma mistura de preocupação com a segurança dos repórteres e com a privacidade dos pacientes.

Muitas reportagens em vídeo sobre o tema têm dependido de vídeos amadores, gravados em segredo pela equipe dos hospitais. A falta de imagens produzidas profissionalmente, argumentam os repórteres do “Post”, pode levar dúvidas quanto à seriedade da crise de saúde pública provocada pelo vírus.

Nesse sentido, a reportagem de Fergus Walsh para a BBC sugere possíveis caminhos para filmar a pandemia de forma ética: todos os rostos dos pacientes —com exceção de Ertan Nazim, que autorizou sua entrevista— foram borrados para impedir a sua identificação, e a empresa pública de mídia doou roupas de proteção ao hospital para compensar pelo equipamento usado pelo repórter e pelo câmera.

O The New York Times também enviou o colunista Nicholas Kristof para dois hospitais no Bronx, em Nova York, para testemunhar o dia dos profissionais de saúde com os pacientes de coronavírus e a luta pela sobrevivência. “Essa pandemia não será lembrada pelos pronunciamentos da Casa Branca, mas pelos problemas na linha de frente.”

A filmagem mostra filas de leitos e expõe, a partir das entrevistas, a pressão que médicos e enfermeiros têm sofrido. Segundo o jornalista, a médica Deborah J. White parece um general comandando um campo de batalha. Ela está constantemente contando leitos e acompanhando cada paciente. “É para isso que fomos treinados”, diz White.

Ao mesmo tempo que expõe as dificuldades no atendimento pelas lotações nos hospitais, a reportagem mostra como o emocional dos profissionais é impactado. “Quando você chega em casa, finalmente respira e é aí deixa escapar tudo, porque você não tem tempo de processar essas emoções aqui”, conta a residente Nicole Del Valle.

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Plataforma mapeia mulheres que protagonizam a produção científica brasileira https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/03/09/plataforma-mapeia-mulheres-que-protagonizam-a-producao-cientifica-brasileira/ https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2020/03/09/plataforma-mapeia-mulheres-que-protagonizam-a-producao-cientifica-brasileira/#respond Mon, 09 Mar 2020 18:00:11 +0000 https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/SOCIAISAPLICADAS_MariaAparecidaMoura-cópia-320x213.png https://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/?p=9715 O projeto Open Box da Ciência, lançado em fevereiro, mapeou 250 pesquisadoras para dar visibilidade à produção científica feita por mulheres no Brasil. A iniciativa é da organização de mídia Gênero e Número.

Para chegar aos 250 nomes, o projeto criou um algoritmo para analisar dados extraídos da plataforma Lattes e estabelecer uma pontuação para cada pesquisadora a partir de critérios como a quantidade de artigos publicados, a ordem de autoria e os prêmios recebidos.

As pesquisadoras foram divididas em cinco grandes áreas de conhecimento: ciências biológicas, ciências exatas e da terra, ciências da saúde, ciências sociais aplicadas e engenharias.

As 50 primeiras mulheres de cada categoria estão ranqueadas como as protagonistas da produção científica em suas áreas.

O Open Box da Ciência também levantou dados para analisar a representatividade racial entre as cientistas brasileiras.

De acordo com os dados do Censo da Educação Superior 2018, analisados pelo projeto, as professoras doutoras negras na pós-graduação representam apenas 2,4% das docentes no Brasil.

Reportagens, entrevistas e perfis das pesquisadoras estão disponíveis no site do Open Box da Ciência. A plataforma apresenta, ainda, uma espécie de calculadora para que as leitoras possam ter uma noção aproximada de suas posições na escala da produção científica do país.

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